Capítulo setenta

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Merda

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Merda.

Saio tropeçando pelo campus sem conseguir ver realmente o que está ou não na minha frente, porque meus olhos estão cobertos por lágrimas. Não faz nem cinco minutos que minha mãe me avisou que papai teve uma piora súbita, então, agora, estou correndo para o hospital o mais rápido que posso.

Não encontrei Jackson e ele não está recebendo nenhuma das minhas mensagens, Oliver não está na faculdade hoje para me ajudar com uma carona e nenhum carro de aplicativo está aceitando a corrida, então estou me adiantando enquanto corro pela calçada.

Mal viro a primeira esquina quando o carro de Christian para ao meu lado e ele abaixa o vidro.

— Elizabeth? Você está bem?

Reviro os olhos e continuo andando, mas seu carro começa a me seguir pelo meio fio.

Elizabeth. — Chama.

— Estou ótima, Christian. Volte para a sua vida e me esqueça.

— É complicado esquecer a cara que está fazendo agora, como se estivesse assustada.

Olho para o aplicativo aberto em meu celular onde nenhum motorista aceitou a corrida ainda. Que saco.

— Venha, eu te dou uma carona. — Ele insiste.

Olho para ele de soslaio, sorrindo com deboche.

— É só uma carona. — Faz bico. — Eu sumo logo depois.

Meu celular vibra e eu vejo uma nova mensagem de mamãe nele:

Mamãe: Já está a caminho?

Paro de andar, fecho os olhos e xingo baixinho. Então, olho para Christian com relutância — é só uma carona...

— Tá. — Dou a volta e ele destrava a porta para que eu possa entrar e me sentar ao seu lado. — Vamos para o hospital onde meu pai está internado.

— Ele está bem? — Christian acelera.

Suspiro, olho para frente e faço que não com a cabeça.

— Sinto mui...

— Apenas dirija, Christian. — Rosno. — Não quero conversar.

Mamãe e eu passamos a noite em claro na sala de espera do hospital esperando por notícias dos médicos de hora em hora sobre o estado do meu pai. E, nesse meio tempo, tentei entrar em contato com Jackson de todas as maneiras possíveis, mas ele simplesmente parece ter desaparecido da face da terra.

Estou à beira de um surto, preciso muito dele agora.

Mamãe está sentada ao meu lado de cabeça baixa há, pelo menos, meia hora quando o barulho do filtro de água chama sua atenção. Ela olha na direção de Christian, servindo-se em um copo de plástico, e depois para mim.

Os opostos não se atraem, se completam.Onde histórias criam vida. Descubra agora