Sua Cadelinha!

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Pov's Any

A gravata cai sobre meus pés com uma suavidade única, apresso os olhos, fuçando com o olhar aguçado todo o canto e cada detalhe do novo quarto, do nosso novo quarto.

As cores que forram o quarto de
cima a baixo já não são mais as
mesmas, as paredes antes cinzas,
agora estão pintadas de um
vermelho escuro, como uma maçã madura, no ponto certo entre boa para comer e estragar nos próximos minutos.

As prateleiras, na parede
esquerda do quarto, que antes
eram brancas e simples, agora são grandes nichos de vidro, onde as únicas cores que se destacam são as dos chicotes separados por tamanho, cor, estilo e finalidade.

Um grande e luxuoso armário
fosco da cor preta se coloca no
canto do quarto, revestido de
gavetas com os puxadores
dourados, os quais eu não preciso perguntar para saber que é ouro puro.

Um pouco abaixo das gavetas, os
fundos buracos dão espaço para
garrafas de vinhos, todos
colocados milimetricamente no
mesmo lugar e na mesma ordem,
tanto de cores quando de marca.

Olhando para a parede direita, me surpreendo ao ver ligas, também douradas, pregadas a parede e entre elas, correntes e algemas penduradas, e nem preciso dizer que também estão separadas por cores e tamanhos, tanto as  algemas para os pés quanto para os pulsos.

No canto do quarto ao lado da
porta, está o pequeno banquinho
revestido de couro vermelho, do
mesmo tom das paredes, acima
dele, penduradas no teto, as
correntes pratas brilham, com
algemas já fixadas nas pontas da
duas ligas, o que faz-me perguntar silenciosamente se usaremos esse canto hoje.

Um lustre no meio do teto faz com que o quarto fique iluminado, não tanto quando eu gostaria, mas o suficiente para não andarmos esbarrando nas coisas. A luz fraca faz com que o ar do quarto mude, tornando-se algo sensual e bem diferente do clima lá de fora.

Fixando o olhar na cama, não
posso deixar de notar as algemas
penduradas nos quatro cantos da
mesma, elas brilham como as
correntes que estão penduradas
no teto, e são muito convidativas.
A cama é toda escura, da cor
preta, como a porta, o lençol
preto, as fronhas dos três
travesseiros pretos, a cabeceira,
tudo, exatamente tudo que está
em cima da cama e inclusive o
material de que a cama foi feito, é da cor preta.

Ao lado esquerdo da cama, no
canto, há um pequeno tapete de
pelinhos aparentemente macio,
também preto, é apenas um
círculo, e acima dele, fixado na
parede, a pequena prateleira de
vidro da apoio a coleiras, de todos os tipos e cores possíveis, e como se já não bastassem elas, as ligas para os puxadores também
estavam ali, e o bom e velho       “Vou, fodê-la como minha cadelinha” nunca fez tanto sentindo antes.

Ao lado direito, os mosquitões
descem pela parede até o chão, já
usamos ele uma fez, da vez que
ele fodeu-me em pé, com minhas
mão presas nos mosquitões e
minhas pernas entrelaçadas em
volta de seu corpo. Sorrio com a
lembrança, mas o sorriso logo se
desfaz ao ouvi-lo caminhar até a
porta e a fechar.

- Gostou, baby? - Ele pergunta
baixo, sua voz rouca ecoa pelo
quarto, me fazendo fechar
brevemente os olhos.

- Sim! - Respondo rapidamente.

- Resposta errada, amor! - Sinto
outra chicotada em minha bunda, a batida forte faz com que, por reflexo, eu dê um minúsculo passo para frente.

- Sim, Daddy!

- Agora sim, baby... - Ele da uma
volta completa sobre mim, me
analisando de cima abaixo, com o olhar profundo e penetrante –
- Sabe qual parte do quarto
usaremos hoje? - Ele pergunta
sorrindo - Ou devo perguntar,
qual parte você gostaria de ser
minha por essa noite?

YES, DADDY ¤¤ "Beauany"Onde histórias criam vida. Descubra agora