Yes Daddy- Daddy?

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14:20 p.m.


- Então, Any.. Quanto tempo você
já estava naquele orfanato? - Primeira
fala dele depois que entramos em seu
carro, muito luxuoso por sinal, muito
confortante e macio, os bancos de couro cinza e o cheiro de novo exalando dentro do veículo, deve ser última geração de alguma marca qualquer, que ele deve ter o prazer de estampar por aí - Como foi parar lá?
Estamos a algum considerável tempo
aqui dentro, com ele dirigindo de olho
na estrada e eu olhando as árvores, com a cabeça encostada no vidro.




- Hm... Eu.. - Ah Gabrielly, por que
tão idiota? - Eu fui parar lá com 12
anos, porquê minha família era
meio "conturbada" - Faço aspas com
os dedos - E eu não tinha um bom
relacionamento com minha mãe,
então ela me colocou lá... - Falo mais
baixo, entrando em um curto transe e
relembrando de como tudo aconteceu.



- Está tudo bem agora, ok? Eu cuidarei
de você, baby! - Ao mesmo tempo em
que falava, ele acariciava minha mão
com seu polegar - Eu tenho algumas
regras que você deverá seguir, tudo
bem?


          Regras? Como assim regras?
      Do que esse homem tá falando?                                                          


- Sim... Quais são elas? - Pergunto
curiosa, um pouco confusa.



- Primeira, essa é crucial, você vai
sempre me chamar de Daddy.  Segunda, nunca me desrespeitar ou ser mal criada comigo. Terceira, me diga quando algo estiver lhe incomodando, daremos de imediato um jeito nisso. E a última, teremos uma frase segura para nossos momentos mais íntimos, mas
isso depois nós vemos...

              Momentos íntimos?   
             Chamá-lo de daddy?               
       Momentos mais íntimos?

Antes mesmo de pensar em algo para
responde-lo, acabo por pegar no sono,
com a cabeça confusa.

(...)

- Baby, acorde! Chegamos! - Sinto sua
mão em meu cabelo, o acariciando e
ouço sua voz distante.


- Chegamos? Desculpe, eu estava com
sono... - Falo esfregando os olhos.

- Não se desculpe, mas vamos logo.


Descendo do carro eu não pude deixar
de dar um belo grito fazendo com que
ele coloque as mãos nos ouvidos.
Dramático.



- QUE PUTA CASA MAIS LINDA! PUTA
QUE PARIU EU VOU MORAR AQUI? -
Logo que termino a frase ele solta um
riso anasalado.


- Sim, baby! Você irá morar aqui,
e aproveitará tudo que essa casa
oferece. Olhe os modos, não fale tantos
palavrões assim - Ele me repreende.


- Desculpe... - Falo abaixando a cabeça.

- Desculpe, o que? - Pegando em meu
queixo, ele levanta minha cabeça com
cuidado, fazendo-me olhar em seus
olhos.

-Desculpe, Daddy.



Boa menina! - Ele sorri satisfeito -
Vamos, os empregados estão a nossa
espera e ansiosos para lhe conhecer.

YES, DADDY ¤¤ "Beauany"Onde histórias criam vida. Descubra agora