Capítulo 23

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Vanessa nunca poderia ter imaginado que já haveria pessoas vivendo em Marte. Muito pelo contrário, na primeira reunião no 500o andar, o Comandante disse explicitamente que ninguém habitava o Novo Mundo. Agora, sabendo que não eram os únicos, como a tripulação compartilharia as suas terras com mais um povo? E quem eram eles? Bélicos? Pacíficos? Humanos? Marcianos? Quem?

– A Terra não é mais habitável – disse o Comandante – Por isso buscamos uma nova alternativa de sobrevivência.

– Tentamos há quinze anos buscar uma forma de viver em Marte – disse Adriano – Para isso, tivemos a ajuda de inúmeros profissionais de diferentes áreas.

– O que vocês fazer aí no superfície? – disse o estranho sujeito – Perigoso. Vir com eu para uma segura lugar.

O estranho sujeito chamou a tripulação para uma espécie de buraco dentro do chão. Ainda que com um pouco de medo de terem sido chamados para uma emboscada, todos o acompanharam. Às vezes era bom confiar em estranhos.

As centenas de pessoas da tripulação desceram em uma espécie de escada em direção ao subsolo. Essa, ao contrário daquela da Torre, era extremamente frágil; parecia ser improvisada.

Depois de algum tempo, chegaram em uma espécie de santuário bem iluminado. Lá havia algumas plantações de vegetais, mesas de madeira e milhares de homens e mulheres e crianças vestindo roupas brancas. Todo o ambiente se assemelhava a algum tipo de hospital estranho.

– Minha nome Dmitri – disse o estranho sujeito que se chamava Dmitri – Eu trabalhar médico. Aqui estação 3. Outros 10 na subsolo. Sejam bem vindos à República Socialista de Marte.

Uma passagem para MarteWhere stories live. Discover now