Capítulo 4 - Eu sou uma Deusa

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Tem alguma coisa errada, Muito, muito errada

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Tem alguma coisa errada,
Muito, muito errada.

Outro tremor, muito maior do que o último e diferente, tento identificar o que é, magia? Talvez.

Tento me mover, e não consigo como sempre.

Minha magia, todo o meu poder está sendo drenado.

Não, não, nao........
Isso não pode acontecer.

Outra visão, consigo ver um campo de batalha, guerra, sangue.

Começo a tentar acordar, mais esse maldito está me obrigando a ver.

Um macho alado morrendo no chão , consigo identificar a fêmea que está em cima dele, é ela.

A mesma que me roubou.
Tento me puxar dali.
Sair dessa visão horrorosa,
Seja lá o que estiver acontecendo lá fora não está nada bonito.

Uma guerra.
Feericos tolos e idiotas, sempre buscando e matando por poder e território.

Comeco a sentir um tremor muito forte.
O caldeirão está de desfazendo...
Como isso é possível?
Não sei, e não estou a fim de ficar aqui para descobrir.

Correntes aparecem em meus pulsos, o caldeirão está me prendendo.

Nao Consigo.
Suspiro.
Acabou.

Liberte se, Ayla.

LIBERTE SE

Pai, ouço ele.
Ouço sua voz.

Não desista

Você é fogo Ayla
Você queima.
Alina, ouço a voz de Alina.

Não consigo, não dá.
O caldeirão está virando poeira.

Lute, Ayla
Não por mim, não por qualquer pessoa.
Lute  por você.
Até o último suspiro, tenha até que não sobre mais nada para o que acreditar.
Viva até chegar sua hora, não é agora Ayla.
Liberte a besta.

Mãe......
Não consigo, não dá!
Eu susurro em meio a dor.

Deusas não susurram querida, elas gritam.
Grite, Ayla.

Abro meus olhos e queimo as algemas, queimo as correntes até que não sobre nada.

Deixo meu poder crescer, busco qualquer resquício de magia dentro de mim.

Adrenalina corre em minhas veias.
Sinto meu poder queimar dentro de mim.

Já esperei tempo demais para alguém me libeartar.
Eu mesma vou fazer isso.
Não me importo com o infeliz que me colocou aqui, nem com a porra do caldeirão, esse não vai ser o meu fim.

-Meu nome é Ayla e não preciso de nenhum Deus para me salvar, nem do Darius, nem do macho das visões e muito menos das estrelas.
Eu sou a porra de uma Deusa.
Dane-se o destino, eu escrevo a minha história e esse concerteza não vai ser o final dela.

Eu recebo e líbero poder nesse maldito caldeirão, não é como se eu pudesse parar, é automático.
Eu sou o equilíbrio.

Estou recebendo mais poder do que o normal, sinto meu sangue esquentar, uma energia começar a surgir.

Meu peito está ardendo, não consigo controlar o que está acontecendo.

Tento sair de onde estou, mais o caldeirão não permite.

Tento liberar o poder que está entrando em mim como um parasita, tento e  fracasso.
Ele está rachando, o caldeirão está desmoronando como uma peça quebrada.

Respiro, e me concentro, fecho meus olhos, procuro dentro de mim qualquer coisa que possa me ajudar.

Me agarro a esse fio de esperança, que resta em meu ser e liberto meu poder.
Liberto cada gota dessa magia que arde em meu peito.
Liberto a fera que rugi em meu peito, que anseia por libertação.
Deixo que se liberte, deixo que meu poder tome conta de mim.

O caldeirão não está suportando, e se ele explodir, não sei o que acontece comigo.

Alguém , tem alguem tentado repara-lo, é como se estivesse colando as rachaduras com magia pura, viva e sombria, diferente de qualquer escuridão que eu já tenha sentido, por que essa, ao contrário  das outras é bela

Uma brecha, uma pequena e mínima abertura, é a minha chance, minha única chance.

Tento alcançar minha saída, fecho meus olhos e me agarro a esse laço de amor e esperança que sinto em meu coração.

-Guie-me para a luz.
Peço e imploro-lhe, me puxe  para fora dessa imensidão de escuridão.

Sinto que o caldeirão está me puxando e retirando metade da minha magia.

Não vou desistir, não me importo de ficar com apenas um pouco do meu poder, não  me importo com mais nada a não ser sair desse inferno.

Consigo sentir uma corda invisível ou um imã me puxando em direção a saída, e me permito ser guiada para a liberdade.

Enjaular uma besta era a mais difícil e perigosa das façanhas, mais liberta lá depois de um longo período de cárcere era absolutamente letal.

O espírito de Ayla estava vivo, intacto e flamejante dentro dela.
Nada afetaria aquela fêmea. Jamais.

Completamente oposta à criatura submissa, trêmula e de voz baixa que ela exibia sempre.

Uma armadura, uma proteção, uma prisão.

A primeira coisa que vejo é luz.
Não sei como conseguir sair do caldeirão, mais de alguma forma consegui.

Está tudo embaçado, não consigo distinguir nada do que está acontecendo ao meu  redor.

Ouço uma voz perguntando:
-Quem ou o que é você?!

Tento responder para seja lá quem disse isso;
-Eu sou o que vocês chamam de Caldeirão.

Não  consigo respirar, ou me mover e muito menos sentir algo.
Estou esgotada, sinto que vou desmaiar.

E a última coisa que vejo antes de fechar meus olhos, é ele, o macho que me pegou, os mesmos olhos com de mel que me asombraram durante anos.

Corte de Sombras e LiberdadeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora