Capítulo 41 - O frio das memórias

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Caminhando entre as ruas de Velaris consigo sentir aconchego é como se a própria cidade nos escolhesse de uma forma tão boa

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Caminhando entre as ruas de Velaris consigo sentir aconchego é como se a própria cidade nos escolhesse de uma forma tão boa.....

Os flocos de neve caem fazendo tudo parecer mais mágico, As luzes acesas mais cedo e o frio acolhedor.

-Eu ainda não sei por que eu concordei em deixar você botar essa coisa em mim.
Aidan resmunga em minha mente.

-Para de ser chato Aidan, você esta uma gracinha com a coleira de pescoço e de corpo, você devia aprender com Asha.

Olhamos para a coelhinha que anda fascinada com a neve na coleira.

- Essa coisa me assusta.
Ele diz se afastando de Asha.

Sorrio ao ver as pessoas encantadas com meus animais.

Estou cheia de sacolas de compras, ou melhor presentes.

Aperto mais o meu casaco em volta de mim assim como as luvas.
Suspiro sentindo a leve brisa enquanto me sento em um banco nas margens do pequeno rio que passa.

Asha se aconchega ao meu lado enquanto Aidan está de prontidão na minha frente.

- Desculpe, esse lugar está ocupado? - Me viro encontrando um homem com aparência desgastada e cabelos brancos.

- Ah não, fique a vontade - Eu digo sorrindo dando espaço.

Ele se apoia na bengala e se senta.
Olho confusa para Aidan que começa a rosnar para ele.

- Me desculpe senhor, não sei o que deu no meu gato, geralmente ele é tão doce. - Eu digo cutucando Aidan.

-O que houve?
Não consigo ouvir ele, estranho.....

- Não se preocupe querida, As vezes não percebemos como as coisas são de verdade. - Ele diz olhando fixamente para Aidan.

- Não é engraçado? O homem grisalho pergunta.

- O que?

-A ganância por poder, geralmente enlouquece alguns seres os fazendo capazes de entrar na vida de alguém apenas para benéfico próprio.- O senhor diz olhando para a neve caindo.

Aidan começa a chiar para ele, ainda não consigo me comunicar pela mente.

- É uma filosofia e tanto. - Eu digo e o vejo sorrir.

Uma borboleta voa e pousa delicadamente na mao do senhor ao meu lado.

- É linda não é? - Ele me pergunta observando a borboleta, tão linda.....

Suas cores vibrantes, suas asas incríveis mais é estranho.

É como se ela estivesse em câmera lenta, olho confusa para ela.

-E-eu eu já vi....., não é? Eu murmuro tentando lembrar, eu devia, sinto que devia.

É como um Dejavu estranho, mais não sei o que está faltando.
Estou hipnotizada pelo movimento da borboleta, olhando para ela sinto uma dor de cabeça.

-Vamos Ayla, Vamos lá, lembre-se..... - O senhor susurra.

Aidan arranha meu pé fazendo com que eu saia do transe me virando para ele.

- Aí! Aidan! - Eu grito e quando me viro para o lado, não tem mais ninguém.

- Aidan, o que houve? - Eu pergunto enquanto ele sobe no banco e me olha.

Não, não, não....
Uma sensação toma conta de mim.
Alguma coisa devia estar aqui, não é?

Eu vim da rua, me sentei e o que houve depois?

Tem algo faltando, por que?, eu devia me lembrar, do que?

Engulo a seco balançando minha cabeça.

- Você está bem, Ayla? - Aidan me pergunta preucupado e eu assinto mesmo estando um pouco desnorteada.

- Acho melhor descansar um pouco, você parece mal, vamos para casa Ayla.- Ele pula do banco me esperando.

- Você tem razão, acho que só estou cansada. - Me levanto o seguindo junto com Asha

Olho para trás onde eu estava sentada e por um momento quase inexistente eu podia jurar que vi alguém.

Corte de Sombras e LiberdadeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora