CAPÍTULO 2

75 13 108
                                    

Desde pequena, fora imposto à mim excelência

Oops! Această imagine nu respectă Ghidul de Conținut. Pentru a continua publicarea, te rugăm să înlături imaginea sau să încarci o altă imagine.

Desde pequena, fora imposto à mim excelência. Era minha incumbência. Nunca puder ser menos que ótima no que fazia, e só aceitavam que eu fosse perfeita - ou o mais próxima disso. Minhas notas tinham que ser perfeitas, meu quarto, meu cabelo tinha de estar perfeito, minhas roupas, meus patins, meu corpo. Agora que minha saúde estava esmorecendo, sentia que seria cobrada por aquilo, como se fosse algo que estivesse sob meu controle. Como ser responsabilizada por algo que não podia controlar?

Bem, era isso que aconteceria. Foi exatamente o que aconteceu quando liguei para Romeo pela manhã para avisar que não iria para o treino. Ele me culpou por estar doente e ouviu alguns desaforos de meu pai, que me proibiu de pisar no ginásio ao longo do dia.

Acordei com muitas dores no corpo. Efeito colateral do remédio. Fiquei quase uma hora chorando e gemendo feito uma criança enquanto esperava a droga agir em seus efeitos positivos sobre mim. O Azatioprina era uma bênção e uma maldição na mesma proporção. Meu pai me carregou até o banheiro quando aleguei que não podia faltar na aula, e Willow me ajudou no banho. Nunca precisei daquilo, o que me envergonhou e fez com que eu ficasse mais meia hora definhando na cama antes de me arrumar para sair.

Uma queda repentina de energia acabou com a aula no começo do dia. Todos foram dispensados, Atlas foi para casa e Molly e eu paramos numa cafeteria próxima ao ginásio para comer algo.

- Roosevelt está me deixando maluca - Molly resmungou, apoiando os antebraços no balcão.

- Tenha um pouco mais de paciência. Mais alguns meses e estaremos livres dele - sorri fraco.

- Paciência é uma arte que eu não domino, amiga. Nosso professor infelizmente só não sabe disso.

- Então faça ele saber - me virei para a balconista. - Um mocha e um capuccino, por favor. - Já escolheu seu monólogo?

- Sim - Molly entrelaçou os dedos no cabelo crespo. - Eurípides.

- Eu gosto.

Recebemos nossos cafés e nos acomodamos em uma das mesas próximas à janela da loja. Aproveitei para esquentar minhas mãos na xícara fumegante. Molly tirou o celular do bolso e eu beberiquei um gole da minha bebida enquanto a observava. Passamos o último mês tão ocupadas com questões pessoais de ambos os lados que mal tivemos tempo para sair ou sequer estudar juntas, como de costume.

Molly acabou ficando entretida durante alguns segundos. Meu celular vibrou em meu bolso. Havia uma mensagem de Atlas.

- Ah, droga!

- O que foi?

- Esqueci minhas chaves no carro do Atlas. Ele disse que vai trazer, mas está no trabalho, então só vem mais tarde.

- Casey, eu realmente adoraria ficar mais, mas preciso ir. O trabalho também me chama - Molly levantou e beijou minha bochecha. - Nos vemos segunda-feira.

O Melhor de NósUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum