29 C A L U M

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Michael realmente apareceu depois de meia hora com duas garrafas de vinho e uma pizza, não tocou na conversa que tivemos pelo telefone, isso torna as coisas menos constrangedoras, na realidade espero que ele esqueça essa merda. Já estamos indo pra segunda garrafa de vinho depois de pouco mais de uma hora de conversa fiada, eu me sinto mais falante e eu tenho a impressão que Michael está cada vez mais próximo, eu tenho certeza que ele não vai esquecer essa merda.

- Quer tentar? - Michael perguntou deitando a cabeça no meu ombro.

- Isso não vai funcionar. - Tentei argumentar. - Você é meu melhor amigo.

- Então só imagina que sou outra pessoa. - Michael faz eu me sentir um idiota, e me sinto ainda mais idiota porque normalmente ele ocupa esse papel.

- Se eu tentar vai parar de insistir?

- Cal se não quiser eu não vou insistir, só vamos terminar essa garrafa de vinho e dormir apertados no sofá. - É nessas horas que lembro porque Michael é meu melhor amigo.

- Tentar não vai me matar. - Eu fechei meus olhos porque eu tenho certeza que se eu ver a cara do Michael eu vou cair na gargalhada e isso não vai adiantar de nada, ele provavelmente vai ficar bravo comigo por eu não estar levando a sério.

Poucos segundo depois eu senti os lábios de Michael esmagados contra os meus, no começo eu relutei, porque a ideia do que tá acontecendo ainda me é incomoda, mas se eu não tentar vou ter passado pelo momento traumático que é beijar meu melhor amigo por absolutamente nada.

- Vem aqui e não abre os olhos. - Michael me guiou até seu colo e eu o obedeci, não abri meus olhos, não abriria nem se ele me torturasse.

Seus lábios desceram dos meus lábios até meu pescoço, Michael era gentil em cada beijo, eu ainda me sinto um tanto inseguro, mas eu não posso negar que sensação dos seus lábios no meu pescoço é gostosa. Suas mãos estão por dentro da minha camiseta, fazendo um carinho sútil nas minhas costas que me causa arrepios maravilhosos, eu gosto quando tocam minha pele dessa forma, devagar e leve.

- Quando quiser que eu pare é só dizer. - Ele disse contra meus lábios e eu apenas concordei com a cabeça.

Seu beijo é lento, seus lábios são quentes e eu gosto da forma como suas mãos agora me seguram pela cintura com mais firmeza, eu instintivamente em algum momento emaranhei meus dedos em seu cabelo, e quando notei isso só me conformei que as coisas estavam saindo do controle. Suas mãos escorregaram da minha cintura até minha bunda e isso por um instante me assustou, e então ele com calma me beijou o rosto, seguinte uma trilha de beijos pela lateral do meu pescoço, ele me aperta e eu gosto disso, eu não sei dizer se é por conta do álcool ou se realmente estou gostando disso, mas eu sei que estou entregue, os suspiros e gemidos baixos que escapam da minha boca entregam isso.

- Quer que eu continue?

- Por favor. - Pedi grudando mais meu corpo contra o seu, Michael gemeu baixo em meu ouvido e isso me fez arrepiar, meu Deus que merda eu estou fazendo?

Eu já não me importo mais com o que está acontecendo na realidade, porém isso só me deixa mais apavorado, se eu não abrir meus olhos tudo bem, isso é bom, ele me segurando firme pelos quadris e me empurrando pra frente e pra trás me deixa excitado, eu confesso, e foi uma realidade terrível quando eu notei o quão duro estava quando Michael colocou a mão espalmada sobre o tecido grosso da minha calça, por Deus eu quero que ele arranque ela, eu só me inclinei pra trás e deixei que ele me tocasse, se eu já cheguei até aqui que diferença faz?

- Eu acho melhor não passarmos daqui ou eu tenho certeza que vai chorar durante uma semana por ter feito isso. - Michael voltou a subir suas mãos de volta pra minha cintura, agora deixando os toques de lado, fazendo apenas um carinho sútil, como ele sempre faz quando estamos próximos.

- Eu já vou chorar por uma semana de qualquer forma. - Dei de ombros o abraçando em seguida.

- E eu posso saber o por que?

- É sério que vai me fazer dizer em voz alta? - Perguntei finalmente abrindo os olhos, Michael sorria.

- Com certeza, se não disser não parece tão real.

- Eu talvez tenha gostado, mas isso não torna menos estranho ter sido com você, só pra deixar bem claro.

- Foi um prazer te ajudar Calum Hood. - Michael riu no final da frase assim que deixou um beijo no meu rosto. - Agora vai tomar um banho frio enquanto arrumo a cama pra gente ir dormir.

E ele realmente arrumou, e no final de tudo era só eu e Michael mais uma vez, dois melhores amigos dormindo enrolados e encolhidos em cobertores tentando nos proteger do frio.

Lost Boy ** CASHTONWhere stories live. Discover now