0.6. Alfa [Αα]

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O corpo de Jeongguk estava inquieto sobre o colchão. Ele estava tentando  dormir desde que chegou do trabalho às cinco da manhã, mas não conseguia pregar os olhos. Sua mente trazendo o pensamento de que aquele beta contratado por sua mãe não era dos melhores e que não merecia estar trabalhando na casa de seus pais.

Tinha o conhecido há três dias e desde de então estava com uma pulga atrás da orelha. O cheiro forte de maracujá que Hanse tinha ainda estava presente em seu corpo, mas seu lobo não se agradava nenhum pouco. Ele estava recuando cada vez mais e o alfa tinha medo de que aquilo não fosse apenas os seus instintos mandando-o se afastar.

Sua mãe não estava errada em dizer que ele não apresentava perigo, não tinha ficha criminal aberta e nem mesmo envolvimento com ninguém ruim. Era somente a sua expressão facial, sua personalidade e o seu jeito vulgar de ser que não o agradava. Nem de longe ele parecia com o ômega da Fusion, mesmo que colocasse os dois lado à lado e analizassse-os da cabeça aos pés. Conheceu o ômega e transou com ele em um ambiente de pessoas que geralmente tinham uma vida delinquente, já o beta, conheceu por ser o cara que cuidava da casa de seus pais e, aparentemente, ele parecia ter um currículo pior do que o do outro.

Sentou-se na cama e ligou seu celular afim de se distrair, quando menos notou já estava ligando para o seu pai e ele já tinha atendido.

Guk? Filho, são seis e quarenta da manhã, o que aconteceu para me ligar tão cedo? — Yejun perguntou alarmado, costumava se assustar facilmente por ter um histórico policial vivenciado por ele mesmo. Jeongguk demorou a responder o que o deixou ainda mais preocupado. — Jeon Jeongguk, responda! — Disse com sua voz predominante de alfa pai.

— Quero que fique de olho em Do Hanse. — Foi o que o Jeon mais novo respondeu não se preocupando em listar exatamente os motivos. Era uma tática para ver a reação de seu pai, sabia que aquele beta não era de confiança.

O que? Além de ser assanhado eu não vi nenhum deslize dele até agora.

— Preciso que fique de olho nele de toda forma. Fui aí há três dias, segundo ele o senhor e Omma tinham saído para um jantar com antigos colegas de trabalho. Tentei fazê-lo responder as minhas perguntas, Omma não tinha falado sobre minha profissão mas falou sobre ter um filho alfa. Hanse disse que se sentiu instigado apenas em ouvir meu nome e tentou me seduzir. Quero que fique de olho nele e quero que contratem outro funcionário, de preferência um ômega. Quero ver como ele vai se portar diante do colega.

Filho, calma! Por que isso seria um problema? Digo, Hanse é um beta sem marca e é bonito, porquê seria ruim se você e ele tivessem algo?

— Porque appa, eu ainda tenho o cheiro de ômega em mim.

Ômega? Jeongguk, que ômega? Você está se relacionando com alguém e não me contou?

— Não, abeoji. Eu não estou me relacionando com ninguém, apenas conheci um ômega e nós ficamos, só isso.

— Só isso? — O alfa mais velho perguntou, retórico. — Você ficou com um ômega, está com o cheiro dele em seu corpo e ainda diz "só isso"? — Repetiu incrédulo não acreditando nas palavras usadas por seu filho. — Quão irresponsável você está sendo, Jeon Jeongguk? Você sabe que nem eu e nem sua mãe cobramos nada de você relacionado a casamento, nós queremos que você seja feliz independente de suas escolhas. Mas você acha certo usar um ômega e ser apenas isso? A menos que o trabalho dele seja satisfazer outras pessoas sexualmente, você não deveria pensar que apenas ficaram. Já basta agir com irresponsabilidade no trabalho, agora você vai querer "pegar geral"?

— Appa! — Jeongguk gritou irritado. — Acha mesmo que eu não queria ele? Acha mesmo que seria somente isso? Eu queria ele! Queria não, quero! Mas eu não sei o nome dele, não sei onde ele mora e nem sei onde ele trabalha. Por mim nós teríamos ficado juntos desde a primeira noite, mas ele não me permitiu fazer a marca, disse que não queria a mordida de um alfa que conheceu em uma balada.

Porque O Seu Cheiro Ainda Está Em Mim - TaekookWhere stories live. Discover now