16- Viagem

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Acordo sem disposição nenhuma, e ainda tenho que ir para a faculdade fazer um trabalho que combinei com a Ana Paula. Os dias que se passaram foram um pouco confusos, depois do meu "acidente", mas agora tudo está voltando a normalidade, agradeço todo dia por o professor já estar saindo quando eu criei coragem para expressar meus sentimentos, imagina se ele tivesse ouvido eu falando que amava ele?

Crio coragem para levantar da cama, tá uma chuvinha lá fora e muito bom para dormir, mas não quero enfrentar a ira da Ana Paula se eu deixar ela na mão.
Como eu conseguia ir para a escola todo dia de manhã com disposição para estudar? Preciso reencontrar isso em mim.

Me olho no espelho e estou com uma cara pessima, ontem fui dormir tarde então minhas olheiras estão ainda piores que o normal e meu cabelo uma bagunça só, no momento não tenho tempo e nem paciência pra arrumar o cabelo e mesmo que eu arrume a chuva estragaria tudo, então o jeito é prender tudo em um rabo de cavalo mesmo e minhas olheiras vão assim mesmo, eu heim que vou passar maquiagem logo de manhã. Visto uma saia longa e uma camiseta e saio de casa antes que eu me atrase.

Chego na faculdade e a Ana Paula está sentada em uma mesa da cantina com uma xícara que deve ser de chá já que ela odeia café, me diz que ser humano odeia café?

- Bom dia Amanda. - Ela me diz super animada.

- Bom dia, que animação toda é essa?

- Você não viu suas mensagens não? - ela me pergunta.

- Você acha que eu tenho cara de quem vê mensagens logo quando acorda?

- Bom mas deveria ver, lembra daqueles artigos que concorriam a uma viagem no museu da casa da moeda? - ela me pergunta

- Lembro. - Digo me recordando e pensando que a algum tempo atrás eu era igual a Ana, hoje eu ando mais no mundo da lua do que no planeta terra.

- Então nós duas fomos umas das contempladas, a gente vai conhecer o Rio de Janeiro. - Ela me diz gritando de empolgação.

- Aa eu não acredito nisso- Digo a abraçando.

Passamos a manhã toda planejando nossa viagem enquanto fazíamos o trabalho, como nenhuma de nós conhece o Rio de Janeiro, na verdade eu praticamente nunca saí de Curitiba, a gente estava super empolgada.
A manhã passou como um sopro e eu não vi nem sinal do professor Anderson, se bem que eu quase nem saí da biblioteca.

Depois do almoço a Ana vai atender o celular, pois o José acaba de ligar pra ela e eu vou dar uma volta pelo campus só para distrair. Vou para o gramado, dou uma volta perto dos laboratórios e volto para o prédio, e entro no elevador, quando ele está prestes a subir alguém aperta o botão lá fora e ele se abre novamente, meu coração quase salta pela boca ali está quem eu tava procurando.

- Oi Amanda - Ele diz e me abraça. - Tá fazendo o que de dia hoje?

- Vim fazer um trabalho com a Ana Paula.

- Aproveitando que você tá aqui eu quero te dar uma coisa.

Entramos em sua sala e ele tira um estojinho da mochila.

- Eu sei que nada vai compensar o que você fez por mim mas eu vi essa lembramcinha e lembrei de você.

Abro o estojo e tem uma correntinha dourada com um pingente com a letra A de Amanda ( que também pode ser de Anderson) penso.

- É lindo, mas não precisava ter se incomodado sério.

- Incômodo algum. Deixa eu colocar em você.

Ele coloca meu cabelo de lado e coloca a correntinha, ele encosta os dedos em minha pele enquanto a fecha e eu me arrepio toda com seu simples toque. Meu Deus como eu preciso dele.

Quando eu me viro de volta eu o beijo, eu precisava sentir aqueles lábios nos meus. Quando eu começo a abrir sua camisa ele se afasta.

- Eu queria te perguntar uma coisa, você não se sente mal com a nossa situação, tipo a gente ficar escondido e tudo o mais, as outras garotas da sua idade todas com namorados e tals e você a sei lá eu tenho medo de estar te privando de algo. - Ele desabafa.

- Ei não pensa assim não, eu nunca fui como as outras garotas e também nem quero ser, você não está me privando de nada muito pelo contrário, com você eu me sinto mais viva.

- É mesmo é? - Ele diz e depois me beija.

- Uhum.

Ele me escosta na parede, levanta minha saia e tira minha calcinha, abre sua calça e coloca a camisinha. Depois me me levanta e eu enlaço minhas pernas em volta dele e ele me penetra. Nossa como eu precisava disso agora, dele dentro de mim, ele vai se movimentando devagar e depois apressa os movimentos e eu gemo, torço para que ninguém tenha passado pelo corredor agora, ele continua seus movimentos até que eu desabo sobre ele e ele também chega no seu ápice.

- Caramba Amanda, o que você fez comigo?

Na verdade é o que ele fez comigo, mas não falo.

Olho no relógio e faltam apenas 5 minutos para uma hora da tarde.

- Eu vou deixar você ir trabalhar, se não vai se atrasar - digo.

Ele me dá mais um beijo antes de eu sair, quando eu desço as escadas encontro a Ana Paula.

- Que felicidade toda é essa? - Ela me pergunta.

A meu Deus será que está tão na cara assim?

- Nada só tava fazendo planos pra viagem. - minto.

My Love Is My TeacherOnde histórias criam vida. Descubra agora