10- O que eu faço?

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Não consegui dormir essa noite, será que aquilo realmente aconteceu ou foi apenas um sonho?
Meu Deus eu não sei o que pensar mais, eu estou perdida na vida.
Me olho no espelho e estou com enormes olheiras por não ter dormido. Passo um pouco de corretivo para não gerar perguntas dos meus pais e desço para tomar café da manhã. Quando entro na cozinha a campainha toca.

-Quem será uma hora dessas? - diz minha mãe e vai atender a porta.

-Muito obrigada- diz minha mãe fechando a porta.

- O que é isso? - pergunta meu pai.

Quando me viro para ver o que é minha mãe está com um enorme buquê de flores.

- Não é pra mim. É pra você. - E me entrega o buquê.

O quê? Como assim pra mim?

-Arrumou um namorado é? - pergunta meu pai.

- Não tenho namorado não, juro que não sei de quem é. - o Professor não tem cara que quem manda buquês. Mas quando leio o cartão que veio junto apenas tem uma assinatura com a letra A, mas é impossível não reconhecer aquele A, é um A tão lindo, o meu A é apenas um A normal, mas aquele A é sem a menor dúvida do professor Anderson.

Meu Deus eu recebi flores do meu professor!
O que é receber flores perto do que aconteceu ontem não é Amanda?
Mas eu não sei nem o que pensar, isso que está acontecendo não é certo, eu não deveria ter deixado isso chegar a esse ponto. Mas como eu não sou mal agradecida mando uma mensagem para ele agradecendo pelas flores mesmo assim.

Me arrumo para ir para a faculdade, pelo menos hoje não é dia da aula dele, se não ia ser muito constrangedor não seria?

- Que cara de felicidade é essa? - Me pergunta a Ana Paula.

A não, será que está tão na cara assim?

- Nada, será que nem feliz a gente pode ficar mais?

-Tabom, vou fingir que acredito. - Ela me responde.

...

Os dias se passam e chega o dia da aula com o professor Anderson, eu não parei de pensar nem um minuto naquele dia maravilhoso mas também eu não parei para pensar como que eu vou agir de agora em diante.


Entro na sala com a Ana Paula e o Juliano, quando de repente chega o professor.
Tento agir normalmente, mas nessa hora olhando assim para ele eu percebo que eu realmente gosto dele, não é apenas alucinação da minha cabeça, mas ao mesmo tempo eu percebo que é melhor eu dar um basta nisso antes que um de nós se machuque. Eu ainda vou fazer 18 semana que vem e se alguém chegar a descobrir ele vai se meter em um problemão, e também isso não pode dar certo, é melhor eu esquecê-lo.

Eu não vou conseguir ficar nessa aula, pelo menos não agora, depois de tudo.
Pego minha mochila e me levanto.

- Vai aonde?- me pergunta o Juliano.

- Eu estou com muita dor de cabeça, eu vou tomar um ar lá fora.

- Quer que a gente vá junto? - pergunta a Ana Paula.

- Não, vocês fiquem e depois me passem o que foi feito na aula. - e finjo um risadinha.

Na hora que eu vou em direção a porta eu percebo que o olhar do professor cai sobre mim, mas eu não olho devolta, apenas saio.

Eu me sento em uma das mesinhas da cantina e compro um café, nada melhor que um café quando se está perdida na vida.

Quando chega o intervalo vou para a biblioteca ler um pouco, pois não quero me submeter as perguntas da Ana Paula e do Juliano.

Começo a ler um pouco quando vejo que uma pessoa se senta ao meu lado.

-Está tudo bem?

Quando eu olho é o professor Anderson quem está ali.

A não, ele é a última pessoa que eu queria ali agora.

- Sim, só estou com um pouco de dor de cabeça mesmo. - minto.

- Amanda me fala a verdade, o que aconteceu? Você não gostou? Eu machuquei você foi isso? - Ele me pergunta.

-Não foi nada disso não, eu jamais vou esquecer aquele dia, mas eu acho que isso não vai fazer bem pra nenhum de nós dois, e também ninguém poderia descobrir sobre a gente.

-Olha Amanda, desde a primeira vez que eu te vi, na verdade desde quando você derrubou meus livros, eu nunca parei de pensar em você. - ele me diz e eu fico vermelha.

- Eu também desde a primeira vez que eu te vi sempre pensei em você. - resolvo ser franca.

-Olha eu te entendo, sei que isso é horrível ter que ficar escondido e tudo o mais, eu vou te deixar pensar, fica bem tá. - E beija meu cabelo. Ele está louco é? Olho rapidamente mas por sorte não tem ninguém ali e a bibliotecária está ajudando alguém a procurar um livro.

-Obrigada pelas flores- digo quando ele vai em direção a porta, ele me olha e me dá um daqueles sorrisos que eu adoro e sai.

My Love Is My TeacherWhere stories live. Discover now