5- Meu primeiro beijo

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O restante da semana passa como um sopro e logo chega o fim de semana devolta, ainda não superei a minha cena com o professor, mais com o tempo ele não lembrará mais disso, assim eu espero.

Provo alguns vestidos que estão em meu guarda roupa e os quais eu nunca uso para ir ao tal lugar que o Juliano vai me levar, hoje é o dia que eu passo outra vergonha até por que eu não danço nada bem.
Me decido por um vermelho com rendas nas costas e na altura do joelho e uma sandalha de salto reto e não muito alta, pois de salto alto eu seria três vezes mais desastrada do que eu já sou.
Arrumo meu cabelo e passo um pouco de maquiagem e me olho no espelho.
Nada mal.

Nesse momento ouço um carro estacionar, é o Juliano.
Ele desce e beija a minha mão.
Isso é normal para o século XXI?
- Você está deslumbrante. - ele me diz.

- Obrigada, você também está. - ele está com uma calça social e uma camisa branca com uma gravata borboleta, acertei por um vestido.

Ele abre a porta do carro para mim, gente daonde surgiu esse ser humano?

Quando me dou conta de que ele vai dirigir.

- Você pode dirigir? - eu e e minha mania de regras devolta.

- Sim, eu tenho 19 anos já, e tenho carteira de habilitação. - e me mostra a CNH.

- Desculpa é que eu e minha mania de ser tudo certinho.

- Relaxa, eu gosto disso em você.

Agora é que eu fico corada como terça-feira.

-Chegamos. - ele diz - olha eu tive a idéia de te trazer aqui mais agora pensando bem não sei se você vai gostar, você vai me achar um chato.

- E por que eu acharia?

- É que desde criança eu vinha acompanhar a minha avó nesses bailes de idosos, e sempre tem pessoas mais novas também, mas acho que é melhor a gente ir para outro lugar.

- Não, eu sempre achei o máximo isso sério, eles são muito animados e mil vezes melhor um baile de idosos do que um com adolescentes chatos sabia?Ainda mais para uma pessoa que não sabe dançar, pelo menos eles não vão ficar zombando da minha cara por isso.

- Então você quer ir?

-Lógico - e me viro para descer.

- Deixa que eu abro a porta.

Juntos chegamos no local e tá lotado de gente de todas as idades, esses lugares podem ser muito divertidos.
Os idosos já estão dançando e gente do céu como eles dançam bem.

- Aquela ali é a minha avó- o Juliano aponta para uma velinha de vestido azul.

A música termina e a próxima mais pessoas entram na pista.

- Vamos dançar?- ele me pergunta.

- Claro, só não prometo que não vou pisar no seu pé.

- Não tem problema - e sorri.

Começamos a dançar e eu deixo me guiar pelos seus passos, caramba ele dança muito bem, deve ser a convivência com a avó. Pisei três vezes no seu pé mais ele não reclamou, ainda bem. Na terceira música já fui ficando mais confiante, quem sabe eu ainda aprenda a dançar.
Paramos para beber alguma coisa.

- Olha mais que bela moça. - me viro para ver quem está ali e é a avó do Juliano

- Muito obrigada, a senhora também é muito bela. - eu respondo - principalmente quando dança.

- A querida, imagina só uma velha como eu, eu danço para me distrair e deixar os últimos anos que me restam um pouco mais alegres, vocês jovens tem que aproveitar a vida enquanto podem.

E ficamos conversando durante um bom tempo com a dona Catarina, que é a avó do Juliano e voltamos a dançar mais um pouco.

Fazia tempo que eu não me divertia assim sério, aqui eu me senti livre, você não precisa ser um dançarino profissional pois aqui todo mundo dança para se divertir e não para ver quem dança melhor que quem, os adolescentes aprenderiam muitas coisas legais se passassem mais tempo com os idosos ao invés de sair falando que eles são chatos.

- O que achou deles?- me perguntou o Juliano.

- Eu adorei eles, acho que nunca tinha me divertido tanto assim, muito obrigada por ter me convidado para vir.

- De nada, e eu achei que você iria me achar um chato por isso.

Quando eles dançaram a última música que eles haviam ensaiado, e como devem ter ensaiado pois nenhum errou um passo se quer, quem me dera eu dançar assim.

- Muito obrigada por terem vindo, apareça mais vezes garota. - diz dona Catarina.

- Claro, quando eu puder eu apareço aqui novamente. - respondo .

- Olha que eu vou cobrar. - ela diz e sorri.

Vamos para o carro e ele abre a porta para mim novamente. Quanto cavalheirismo.

-Minha avó é uma figura. - Diz o Juliano.

- Eu adorei ela, super de bem com a vida, bem otimista.

- Eu nem consigo acreditar que você gostou, são sabe como me deixa mais aliviado.

- Claro que gostei, e você foi o primeiro cara que me convida para ir a algum lugar sabia.

- Como assim?, você é linda deve estar cheio de caras correndo atrás de você.

- Se estavam nunca ninguém demonstrou.

- Pois eles não sabem o que estavam perdendo.

E quando eu menos espero ele cola seus lábios nos meus.

Eu não esperava por isso, pelo menos não hoje, e eu queria ter me preparado antes porque eu nunca havia beijado ninguém antes. E se meu beijo for ruim?

Eu apenas sigo seus movimentos e caramba, beijar é muito bom.

- Me desculpa, eu peguei você desprevenida.

Aí meu Deus eu devo ter beijado mal.

- Foi meu primeiro beijo.

- Isso é sério? Me desculpa de verdade, se eu soubesse...

- Não precisa se desculpar.

E eu o beijo novamente, dessa vez não tão perdida quanto antes.

My Love Is My TeacherWhere stories live. Discover now