Carta para Ace.

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Aviso de conteúdo e gatilhos- a história falará sobre sentimentos de dor e solidão, citara depressão e morte. Se for sensível, não leia.

O sol se põe no horizonte, uma bela mistura de cores colore o céu do final da tarde, junto com as poucas nuvens no céu colorem a volta para casa de [Nome]. O clima não está insuportavelmente frio, está gélido mas agradável, uma calça mais grossa, um casaco e botas são mais que o suficiente para manterem a mulher aquecida e bem para voltar para casa. O caminho é rápido e rotineiro, já havia o feito mil vezes e o faria mais mil vezes, andava se equilibrando nas linhas do chão como uma criança.

A garota tinha tido um dia comum, melhor que o anterior, que foi melhor que o antes desse e com sorte pior que o de amanhã. Aos poucos sua vida ia caindo em uma rotina confortável, a tristeza e a dor não eram mais as únicas coisas que preenchiam seu peito. A saudade não era mais sufocante ao ponto de parecer que ia mata-la, tinha que seguir em frente, precisava seguir em frente, Ele não gostaria que ela ficasse triste e em casa para sempre, nem por um dia na verdade.

Ao chegar em casa [Nome] coloca sua bolsa e casaco no suporte na porta de casa, retira seus sapatos e sente o calor que estava em sua casa.

- Faísca? Cadê você Faísca? - O gatinho mia alto chamando atenção da dona.

O bichano se encontra deitado no meio das almofadas, se não fosse pela sua cor alaranjada chamativa ele facilmente poderia se esconder lá.

- Aí está você! A casa está quente, por que você está aí? Preguiça ou frio? - O bichano se levanta e vai até a dona - Preguiça né seu gorducho, está com fome? - O felino levanta e mia - Claro que está, você sempre está, é igual seu pai, vou colocar comida para você.

[Nome] pega um sachê em sua cozinha e coloca no potinho do Faísca, aproveita que já está lá e enche seu pote de água. O gatinho foi um companheiro fiel durante seus momentos de maior tristeza, nunca saia do seu lado e a obrigava a levantar nem que fosse para dar comida para o mesmo.

O gato, após terminar de comer, seguiu a dona até o banheiro e a observou tomar banho e colocar um pijama quente. A espiou enquanto ela preparava algo para comer e ganhou um petisco enquanto [Nome] comia, sempre quase grudado nela.

Os miados do gato de repente se tornaram padronizados, a garota sabia que seu celular estava tocando, havia virado uma rotina, todas as noites sua mãe ligava e depois Luffy. Ambos muito preocupados com a saúde e bem estar de [Nome], ela havia ignorado muitas ligações durante uma longa semana, até o moreno ir em sua casa e quase arrombar a casa.

Ao abrir a foto [Nome] se lembrava de rum baixinho moreno todo molhado e muito bravo com ela, enquanto a garota vestia seu mesmo pijama a uma semana. Luffy não gritou com ela ou foi grosso, apenas pediu para passar a noite já que chovia muito lá fora. A cena hoje era cômica na memória da garota mas também lembrava de como o cunhado havia sido importante para a sua melhora.

Luffy não ficou com ela um dia mas sim três, no primeiro a ajudou a limpar a casa - "ajudou" ele praticamente a obrigou e deixou a garota fazer tudo sozinha - a fez tomar banho e comer uma refeição decente, que o moreno havia pego com Sanji. Nos outros dois dias ouviu e chorou muito com [Nome] ambos tristes com tudo que havia acontecido mas ambos também sabiam que um dia teriam que seguir em frente. Luffy a convenceu a conversar com a mesma psicóloga que ele e Sabo passavam, mesmo sendo totalmente contra no começo a garota acabou aceitando e indo. Ir aquela psicóloga foi a melhor coisa que a garota fez, junto com uma psiquiatra, a [Nome] começou um tratamento para depressão e aos poucos conseguiu sair do buraco que havia se enfiado sem perceber.

Após terminar suas obrigações - as ligações da mãe e cunhado - a garota se sentou na sua comoda com uma xícara de chocolate quente com marshmallows. Pegou sua caneta favorita e esperou a inspiração vim para escrever uma carta para seu amado. Fora um concelho de sua psicóloga, colocar tudo para fora em formas de cartas.

"De- [Nome]
Para- Ace, o amor da minha vida.

Olá meu amor!

Eu estou bem, eu realmente estou bem dessa vez, sem fingimento ou mentiras, estou simplesmente bem.

A dor aos poucos diminuí e eu vou voltando a ter uma rotina, (você sabe como eu amava e ainda amo ter uma rotina), a tristeza não mais me domina e o sentimento de solidão os poucos vai diminuindo. Eu sei que estou tendo progressões, Luffy, minha mãe e minha psicóloga me parabenizam sempre por feitos pequenos.

Hoje mesmo fui convidada para uma festa e não neguei eu aceitei e ir e fiquei animada! É incrível não? Não sei ainda qual roupa exatamente eu vou vestir, atualmente está frio então provavelmente vou com aquele meu sobretudo bonito e que foi caro mas não tenho certeza.

Ao voltar para casa eu fiz aquilo que nos fazíamos, andei na linha do chão da rua. Sozinha eu me senti um tanto boba mas me lembrei como você gostava de fazer isso comigo então me animei e fiz, foi divertido, não posso negar.

O Faísca continua comilão igual você e não engorda igual você também, acho incrível, será a genética da sua família que de alguma forma foi para ele? Nunca saberemos. Ele foi meu maior companheiro durante o que hoje eu chamo de Dias de Agonia.

Não me lembro de ter te falado sobre os Dias de Agonia, foi logo após você morrer, não quero dar detalhes para você não se preocupar mas foi ruim ao ponto do Luffy ter que vim aqui e me dar umas broncas. O Luffy! O desastrado e bobo Luffy

Mas passou, não totalmente, tenho que tomar uns remédios que me deixaram meio zoada no início mas agora estou bem. Não estou precisando tomar nada para comer nem para dormir. Tudo voltando ao normal.

Um normal estranho, sem você, Faísca sente sua falta, as vezes ele ouve um barulho de moto e fica esperando você chegar mas você nunca vem, ele fica meio triste mas eu brinco com ele para escrever.

Ah Ace... Essa é minha última carta para você, acho que agora é hora de eu seguir sozinha. Eu nunca vou te esquecer! Nunca! Você foi uma parte importante da minha vida, me ajudou e me fez feliz por anos, nós nos casamos afinal, não casaria com alguém que eu não amasse mais que tudo e eu te amava mais que tudo.

Mas todos concordamos que está na hora de fechar essa página e como eu disse inicialmente eu estou bem!

Então... Não sei como finalizar essa carta.

Eu já disse que te amo e direi novamente, eu te amo de todo meu coração e alma, muito obrigada por tudo, eu nunca te esquecerei."

Pela primeira vez desde que começou a escrever as cartas, [Nome] terminou sem chorar mas comum sentimento de alívio.

- Adeus Ace, dessa vez para sempre.

Com um isqueiro [Nome] queima a carta e joga na lixeira.

O corpo de Ace havia sido enterrado a um tempo mas a alma havia ficado presa com nome.

O garoto havia morrido em um acidente de moto a alguém meses, foi repentinos pegou todos de surpresa, quem mais sofreu foram os irmãos do moreno e [Nome], que estava esperando ele e presenciou tudo. Doeu como se ela mesma tivesse morrido, ver seu amado morrer e não ter conseguido fazer nada.

Mas finalmente a alma de Ace poderia descansar em paz e [Nome] poderia voltar a viver.

One Piece- ImaginesWhere stories live. Discover now