Novo Começo

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10 ANOS DEPOIS

Pov Éric Calore

Saio montado em meu cavalo branco, galopando a todo vapor, um pouco revoltado pelo rumo que as coisas tomaram, a escuridão da meia noite me engolia a cada galope, uma nova guerra está prestes a estourar após quase 20 anos de paz, o governo de meus pais se encontram em colapso após o novo governador de Lakeland se mostrar interessado em voltar ao antigo governo monárquico, sinto o suor descendo de meu rosto, apesar da neblina e do tempo frio, eles haviam começado a me preparar para o que quer que acontecesse a ambos, que iriam lutar na guerra independente de minha mãe Mare, ser a presidenta, e como meu pai não a deixaria entrar nessa sozinha, ele também se comprometeu a lutar na guerra.

Eu seguiria os passos deles lutando no front de guerra pelo meu país, pela minha família e eu daria meu sangue por eles, daria continuidade a minha linhagem em breve assim que encontrasse a mulher perfeita para mim.

Eu teria que fazer tudo certo para ser aceito e votado pelo povo para assumir a nova presidência, minha mãe e pai, sempre foram realistas com relação ao resultados de uma guerra, ainda mais uma tão grande quanto essa. Mas acho difícil achar a mulher de meus sonhos em tão pouco tempo, meus pais seguirão para o campo de guerra ao amanhecer e eu não estou pronto para assumir com minhas obrigações, mas não ousei a dizer isso, ao contrário saí pela madrugada para esvaziar a cabeça, agora tenho 17 anos, foi a idade que meu pai assumiu o trono após um golpe, um erro, e acho difícil conseguir ser presidente tão jovem, como minha mãe ou meu pai que assumiram grandes responsabilidades jovens.

A chuva gelada começa a cair, de repente, aumento o açoite no cavalo para ele ir mais rápido, eu tenho que voltar para o palacete antes que minha mãe ponha a guarda atrás de mim, sinto minha pele fria, minha blusa de linho branca havia ficado completamente transparente e encharcada grudando em minha pele pálida, os fios de cabelo negros grudando em minha face, muitos diziam que eu era a cópia de meu pai desde a pele aos olhos, azuis e frios, mas o gênio era igualzinho ao de minha mãe, pelo menos era o que a maioria das pessoas que eu conhecia dizia.

A estrada de chão desaparece devido a chuva grossa, tento ir ainda mais rápido sacudindo as rédeas.

-YAA!- Grito instigando o animal, o ar gélido sai pela minha boca formando uma fumaça pequena. -YAA!- grito mais uma vez e meu cavalo freia bruscamente ao ver alguém passar em sua frente, a pessoa grita e o cavalo relincha e eu voo metros a frente batendo na pessoa a minha frente com força, ambos caímos e rolamos pela ladeira lamacenta, eu mal tive tempo de distinguir algo, pois meu corpo rolava junto a pessoa, até finalmente pararmos ao bater em um tronco de árvore grosso.

-AÍ!- murmuro ainda no chão, a pessoa que havia sido o motivo de minha queda, ergue a cabeça de meu peito, a capuz que lhe cobria o rosto cai, e os olhos cinzas me acertam, eu jamais tinha visto olhos tão bonitos quanto aqueles, os cabelos pretos lisos e longos caiam escapando de sua capa, e fazendo cócegas em meu rosto, me sinto hipnotizado por seu olhar, seu rosto está extremamente próximo do meu e nossas respirações se misturam. -Quem é você- pergunto abobado com a beleza dela, eu nunca a tinha visto na vida, tenho certeza que se tivesse visto antes, me lembraria.

Ela se afastou rapidamente, saindo de cima de mim em questão de segundos, se revelando, pude notar que havia uma mecha prateada em seu cabelo, as roupas eram simples o que mostrava que ela não era de uma família rica, sua capa preta estava surrada, seu olhar é atento a tudo ao redor, os olhos dela percorrem rapidamente meu corpo.

-ÉRIC! ÉRIC!- Ouço me chamarem, no mesmo instante deduzo ser a guarda, a garota a minha frente me olhou alarmada, as mãos a frente do corpo, na defensiva.

-Você é o príncipe Éric!- ela constata, fico de pé tentando limpar a lama de minha roupa, em vão. Ela pelo contrário não se importa com o quão suja está sua roupa, mas o fato dela ser totalmente preta não mostrava tanta sujeira quanto a minha.

-Bom, não existe monarquia faz anos, então eu não sou o que pode ser chamado de príncipe hoje em dia.- comento descontraído dando de ombros, mas a desconhecida não abaixa a guarda. Dou um passo pra frente e ela dois para trás.

-Fique onde está, não quero problemas. - Ela repreendeu e eu uno as sobrancelhas confuso.

-ÉRIC! ÉRIC!.. - os gritos ficam mais próximos e ela fica assustada.

-Por que você teria problemas...- começo a pergunta mas a mesma me dá as costas entrando mata a dentro, a chuva havia diminuído um pouco. -Espera, qual seu nome? - questiono antes dela ser engolida completamente pela escuridão da noite. A imagem dela jamais sairia da minha cabeça, os cílios longos com pequenas gotículas e a pele branca, os cabelos longos negros e com uma mecha marcante prateada. Noto que seus olhos me sondam antes de responder, analiticos, talvez ponderando se deveria falar ou não seu nome, depois de me olhar dos pés a cabeça, ela umideceu os lábios.

-Evie. - ela responde e em seguida não consigo vê-la em lugar algum mais, como se houvesse sido engolida pelas sombras.

-Senhor Éric, sua mãe está desesperada atrás de você.- um dos guardas aparece atrás de mim.

-Você quase me matou de susto.- comento com falso mau humor, levando a mão ao peito ao me virar para ele.

-O que houve com o senhor? Alguém o atacou?- o guarda pergunta preocupado olhando o estade de minhas roupas.

-Não foi nada, não se preocupe, não vai acontecer comigo o que aconteceu a minha irmã mais velha, afinal eu sei me defender. - reclamo, lembrando que aquela superproteção acontecia por causa da Anny, primogênita da família. Balanço a cabeça em negativa, me encaminhando para casa.

-Sua mãe se preocupa com você, se algo lhe acontecer ela morreria Sr. Éric.- o guarda comenta e eu apenas concordo com a cabeça. Era difícil crescer as sombras do desaparecimento de minha irmã, como se eu tivesse vindo para compensar o buraco que a primogênita deixou.

-Mas isso acontece por Anny ter sumido, porém se não a acharam durante todo esse tempo, não é agora que vão achar.- afirmo, colocando o pensamento para fora, mas eu jamais diria isso na frente de minha mãe, no fundo, todos sabiam que ela ainda tem esperança. -Vou precisar de um novo cavalo, o meu fugiu.- comento andando ao lado do guarda, ele apenas assente com a cabeça.

-Você foi contratado recentemente, eu nunca tinha te visto.- murmuro informal, eu gostava de saber sobre quem trabalhava comigo. -Como se chama?- pergunto.

-Luke, Senhor.- ele informa cordial e eu abano as mãos um pouco exagerado.

-Só Éric, eu sou bem mais novo que você Luke.- explico dando de ombros.

-Se me permite perguntar, o que houve com o senhor? Digo, Éric.- ele questiona e eu olho em direção aonde a garota foi embora.

-Eu caí do cavalo caro Luke.- respondo e minha voz sai mais arrastada que o normal, eu jamais esqueceria aqueles olhos cinzas, jamais esqueceria aquela moça e torço para vê-la novamente, sorrio minimamente.

-E o senhor está feliz por isso?- ele pergunta confuso.

-Bom, se toda vez aparecer uma donzela dos olhos prateados, com certeza sim.- murmuro risonho e me afasto andando em direção ao grupo de guardas parados que estavam em minha procura, para assim voltarmos para casa.






NOTAS DA AUTORA:

OLA PESSOAS, ESPERO QUE GOSTEM DESSA NOVA ETAPA QUE SE INICIA, ESPERO QUE TENHAM GOSTADO DO CAPITILO E DEIXEM AQUI O COMENTÁRIO COM RELAÇÃO AO QUE ESPERAM DESSE NOVO COMEÇO.

PS: Imagino o Éric como o timothee mas sintam-se a vontade para imaginar como quiserem.

Esse capítulo foi escrito e postado faz tempo, eu havia apagado pois não gostaria de continuar com a fanfic mas de repente decidi voltar com a fanfic mostrando o lado adulto que no caso é mare e maven mas também dos filhos deles e de alguns outros personagens, como por exemplo Evie que é filha de ptolemus, e mais pra frente irei explicar como aconteceu.. bj bj e deixe dúvidas e opiniões. Vou atualizar uma vez por semana e o próximo cap está pronto.

Vermelho No Prata (Mareven)حيث تعيش القصص. اكتشف الآن