Capítulo Dez

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No capítulo anterior:

-Eu escolhi o Maven, apenas aceite isso Cal.- finalizo dando as costas e andando com Maven em direção a entrada do palácio, minha barriga dói, devido o furo e sangra muito, sinto minha visão escurecer mas continuo andado, antes de entrar no palácio fico tonta.

-Mare.- ouço a voz suave de Maven me chamando, mas ele parece estar extremamente distante de mim, porém, vejo seus lindos olhos azuis. -Mare?!- sinto sua mão quente em meus rosto e me entrego a escuridão.

~*~

Mare Barrow


Abro os olhos vagarosamente, a primeira coisa que vejo são as paredes brancas desfocadas, não reconheço o ambiente e minha visão ainda está um pouco embaçada, fecho os olhos com força e os abro novamente, olho ao redor erguendo um pouco a cabeça, e vejo uma mulher do meu lado se levantar, no momento que percebeu que eu estou acordada.

-Ela acordou.- escutei a mesma falar com alguém do lado de fora e em seguida passos foram ouvidos no corredor. Maven passou pela porta, trajando um uniforme militar simples preto, os cabelos negros bagunçados e com grandes olheiras no rosto.

-Oi, como está?- Maven perguntou baixo, me olhando nos olhos, sua mão pousou em minha canela tapada pelo lençol fino, um calor confortável irradiou dela.

-Eu estou bem.- respondo sentindo minha garganta seca.

-Quer algo?- o prateado pergunta novamente, ele parece preocupado, diferente e eu não entendo.

-Um pouco de água.- peço e ele enche um copo e me entrega, ficando um pouco mais próximo de mim. -Quanto tempo eu estou aqui?-

-Passou dois dias.- Maven responde, lento e calmo, há algo errado com ele.

-Por que isso tudo?- olho para minha barriga e a aperto, não sinto dor. -Um curador de pele veio aqui, é óbvio.- afirmo sem entender e Maven corrigi sua postura, ficando rígido, pondo os braços atrás do corpo, a típica postura imponente de um rei, o que eu não gosto nenhum pouco, torço o nariz desaprovando, como se ele fosse falar sobre algum assunto burocrático ele começa:

-Bem, Mare, você foi curada por uma curadora de pele sim, mas sua situação foi mais delicada do que o esperado, sem contar que não podia confiar nos curadores prateados daqui, não tenho nenhum de minha confiança, não depois do que aconteceu no nosso casamento.- estremeço a menção de nosso casamento, Maven e eu, estamos casados, agora é pra valer e eu escolhi isso, tomo mais um gole de água e suspiro, eu escolhi Maven. E a maneira fria como ele fala me causa arrepios.

-Como assim situação delicada? Eu me sinto bem.- interrogo, ignorando meus pensamentos sobre o prateado na minha frente, meu atual marido.

-Bem, quando você se feriu, a gente usou os métodos medicinais comum por hora, primeiros socorros, o pessoal da guarda escarlate ajudou no seu socorro, enquanto fazíamos isso Farley foi buscar uma curandeira de confiança.- Maven da cada vez mais mistério, parece temer algo, apesar de sua voz firme, seu olhar vacila ao me encarar e toda aquela enrolação já está me irritando.

-Quem? Seja direto Maven, até agora eu não entendi nada.- indago começando a me estressar.

Maven suspira pesado, como se estivesse farto. Ele anda até a porta e com um acenar de cabeça, Sarah Skonos aparece na porta e eu mal posso acreditar, sorrio instantaneamente.

-Olá Mare.- Sara cumprimenta e eu abro ainda mais o sorriso. Ela fica do lado da minha cama, Maven um pouco mais afastado, recostado na parede.

-Sara! Como você está? E Julian?- pergunto curiosa e animada.

Vermelho No Prata (Mareven)Onde histórias criam vida. Descubra agora