Capítulo 7

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Se passaram duas semanas desde que eu vi Cole e suas irmãs, mas continuávamos nos comunicando através de cartas, todo dia entrego uma carta com algumas moedas para Alex, e além de receber moedas ele também recebe alguns docinhos que recebe de Cole. Ele sempre vai e volta de cavalo, eu lhe emprestei o meu para ele poder fazer isso.

Ele sempre me fazia rir com seus bilhetes, eu amava me comunicar com ele assim.

Agora eu me preparava para ir ao um piquenique com Camila, precisávamos colocar as conversas em dias. Mas no recado que ela me passou, eu senti que havia algo a mais, ela estava aprontando algo. Só indo até lá para descobrir.

Eu vestia uma capa vermelha, um vestido verde e estava com minhas famosas luvas nas mãos. Quando cheguei na sala, Margarida já me esperava com uma cesta e algumas comidas que eu pedi para que ela preparasse, pedi alguns lanches, suco e que colocasse um pano para nos sentarmos e um livro, para caso precisássemos de distração.

― Obrigada. ― digo para ela.

― De nada, minha querida. Divirta-se! ― ela sorri.

Antes de me virar, escuto a voz de meu pai.

― Vai sair? ― diz com uma voz grave.

― Sim, Camila e eu iremos fazer um piquenique. ― digo, esperando que ele não me faça se atrasar.

Ele me olha desconfiado.

― É realmente com a Camila que irá se encontrar? Ou com o dono dos bilhetes que você recebe diariamente? ― ai não!

Começo a ficar nervosa, mas o mesmo havia me feito uma ótima desculpa.

― Com os dois, já que o "dono" dos bilhetes, é a Camila. ― ele continua me olhando desconfiado. ― Até mais, papai. ― me viro.

Agradeço por ele não ter me feito mais perguntas, eu já estava soando de nervosa!

Quando chego no lado de fora, Alex me esperava ao lado de meu cavalo, agradeço e peço para ele segurar a cesta, enquanto monto em Storm (autora: outra referência, amaro?), ele recebeu esse nome pois nasceu em uma noite chuvosa, quase como uma tempestade. Achei que esse nome combinaria com ele. E combinou, ele é tão forte quanto uma tempestade.

― Obrigada, Alex. ― pego minha cesta.

Com dificuldade, consigo colocar Storm para andar. Seguindo a estrada, em dois minutos já chego no desviamento, a estrada principal é a que leva para a vila, já a pequena estrada do lado direito leva até um riacho, que é uma nascente, que depois se encontra com o rio. E o lugar que escolhemos fica dentro da floresta, cheio de árvores, grama, flores, planas e ainda temos o riacho na nossa frente. Sem contar que é bem escondido.

Não demoro mais que cinco minutos para chegar no local, Camila ainda não havia chegado. Atravesso o pequeno riacho e deixo Storm naquele lado, um pouco afastado para dar liberdade a ele mas não tão longe de minha vista. O amarro em uma árvore para que não escape. Aliso sua clina e me viro para voltar ao outro lado, pelas pedras que havia ali, assim não molho meus sapatos.

Quando chego, procuro pelo pano para forrar ali. Quando acho, o estendo e em cada ponta coloco algumas lindas pedras que havia na margem do riacho.

Escuro um barulho, e logo Camila aparece. Mas sem a sua cesta de piquenique.

― Lili! Por favor, me perdoe. ― ela se aproxima de mim. ― Queria ter combinado isso com você por bilhete, mas era muito arriscado!

Eu sabia que havia algo a mais ali.

― O que ouve, Camila? ― pergunto preocupada.

― Eu e Charl... senhor Melton, trocamos algumas cartas. E ele marcou de se encontrar comigo, antes de marcamos esse piquenique! Eu preciso que você finja que eu estive aqui o tempo todo para poder me encontrar com ele, por favor... ― ela implora.

Sr. SprouseOnde as histórias ganham vida. Descobre agora