Capítulo 19

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Acordo com o sol em meu rosto, bocejo e me estico na cama. Quando me levanto, percebo que não troquei de vestido, que estranho... Também me lembro de um sonho que eu tive na noite passada, nem quero me lembrar mais do mesmo. Foi horrível.

Observo o quarto, e quando meu olhar para na banheira vejo que a mesma está cheia d'água, me aproximo e verifico a temperatura da mesma, estava ótima. Tiro meu vestido e o coloco em uma cadeira, depois tiro todo o resto. Resolvo lavar meu cabelo hoje, ele precisava disso. Não demoro muito no banho, e quando termino me levanto e me enxugo com uma toalha, depois uso outra em meu cabelo para enxugar melhor (autora: claramente não era assim naquela época, mas a lili nessa fic tem uma vibe meio sofia, sabe?), vou até meu guarda-roupa e escolho um vestido preto. Era como se esse vestido estivesse pedindo para que eu o vestisse.

Quando termino de me arrumar, sorrio enquanto me olho no espelho, meus cabelos estavam soltos mas eles não eram muito rebeldes, graças a invenção do século: o condicionador (autora: agora é com vocês, se quiserem pensar que perdida e essa fic se passam no mesmo universo ou se outra pessoa que criou, hehehehe). Como eu estava presa em casa, não havia motivos para me arrumar mais ainda.

Não estava pronta para o meu casamento, eu iria me casar na próxima semana, dá pra acreditar? Eu só queria sumir. Minha cabeça estava cheia de problemas naquele momento, eu merecia um descanso.

Resolvo sair do quarto, não havia uma pessoa nos corredores nem na sala, quando chego na cozinha, tudo estava silencioso, todos estavam sérios e ao mesmo tempo triste. Fiquei confusa, o que aconteceu? Na sala estavam meu pai, minha mãe, Tess e Chloe, estranhei o motivo de Chloe estar aqui, ela não toma café da manhã connosco, e todos estavam de preto. Quando me viram, ficaram mais estranhos ainda, eu apenas me sentei na cadeira de sempre, me servi um pouco de café e peguei um pão. Eu sentia o olhar de todos em cima se mim, isso me deixou desconfortável.

― Iremos para a casa dos Mendes daqui a pouco. ― falou minha mãe. Iríamos?

Será alguma notícia da Camila?

Me animei, o que deixou as pessoas ainda mais confusas, e eu também.

― Por que está animada? ― meu pai pergunta desconfiado.

― Por que eu não estaria? ― provavelmente eles tem alguma notícia grande sobre a Camila.

Será que a encontraram? Será que o Cole está sabendo? Tenho que lhe enviar uma carta, ou posso ir pessoalmente... mas não, dependendo da notícia, é melhor esperar.

― É a primeira vez que vejo alguém animada para o velório da amiga morta. ― Tess diz, e todos olham com um olhar feio para ela.

Espere, amiga morta?

― Tess! ― minha mãe diz, num meio sussurro, meio grito.

Então meu sonho foi real? Então minha amiga realmente está...?

Eu preciso sair daqui, eu preciso de algo... eu preciso ir ver o Cole, preciso que ele, que me apoiou mais que minha família, que esteve ao meu lado durante todo esse tempo olhe nos meus olhos e diga que é mentira.

Me levanto e saio correndo, escuto novamente a voz de meu pai dizendo "Deixe-a ir."

Saio do casarão, corro sem parar, ignorando todos que estavam me chamando. A vila era um pouco longe de minha casa, eu não me cansei, em nenhum momento parei de correr (autora: parabéns, não consigo ficar um minuto correndo de parar, quem dirá sei lá, mais de 10?), talvez seja o meu desespero para descobrir se isso é real ou não.

Então me lembro de ontem, me lembro de quando me contaram, não, não podia ser real, minha amiga não pode estar morta!

Ela está em algum lugar, eu sinto, tudo isso é um engano, um terrível engano. Ou é só uma brincadeira, por favor, que seja uma terrível brincadeira.

Sr. SprouseOnde as histórias ganham vida. Descobre agora