SESSENTA E DOIS: UM FUTURO E DUAS VITÓRIAS

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SABRINA

A torrente pesada de água despenca com força do céu artificial do Inferno nublado e escuro acima da cabeça da garota.

Céu... Pensa Sabrina no quão engraçado é pensar assim, uma vez que estão no Inferno, mas o céu do Inferno é de fato o mesmo que o da terra — em definição bruta, claro. É uma visão das estrelas do universo, a diferença é que são outras estrelas separadas por uma barreira dimensional.

E essas estrelas podem ser vistas bem melhores daqui.

Podendo olhar para cima ver as irradiações energéticas voláteis que emanam luz em todas as direções, percorrendo milhões e milhões de anos luz para tão distante que nem a própria Sabrina consegue calcular. Do Inferno ela finalmente pode dimensionar o não dimensionável, calcular o infinito. Essas estrelas gigantes, cheias de luz e separadas por um fio transparente de corte dimensional nunca serão vistas da terra, pois não estão na Via Láctea.

Aliás, ela consegue ver a Via Láctea aqui.

Sabrina se encontra maravilhada, pois a visão que tem da distante galáxia não pode ser descrita.

Não pode, por quê ela não tem discernimento para nomear as cores que giram na nuvem de astros espirais, a contração colorida da Via Láctea é próxima do que um olho de espectro eletromagnético baixo — um humano — chamaria de azul-esverdeado, com toques sutis de rosa, salmão e um epicentro dourado. Contudo, Sabrina não sabe dizer se é mesmo assim que as coisas são definidas. As cores que conhecera um dia, não são tão aplicáveis por aqui, e ela ainda não teve tempo de estudar todas as tabelas de cores que os anjos e demônios possuem.

Agrat disse que quando as nuvens sessam por completo, é possível ver alguns planetas e estrelas mais próximas com muita nitidez. Então Sabrina aguarda, pois quer saber até onde consegue ficar mais e mais maravilhada.

E por falar em Agrat...

— Como ela está? — indaga a garota, adentrando na caverna onde repousam os membros do pequeno grupo de demônios.

Agrat não morreu assim que entraram no Inferno. De fato, a conexão entre ela e Anja pareceu ter sido cortada pela interferência interdimensional, segundo a própria. Mas ela também pareceu perder muito mais energia assim que pisaram nessas terras infernais, e acabou por desmaiar. Acordou algumas semanas depois, mas está instável, continua a desvanecer-se e acordar a todo o momento; quente e gélida. Desde então, Sabrina tem a alimentando com um pouco de seu próprio poder, assim como os demais demônios.

Não muito, só o suficiente para mantê-la acordada e tentar levantá-la, sem triar muito de suas energias.

— Resistindo, mas está com febre — explica Teinorns, um dos demônios ali. O mais inteligente deles, pelo que Sabrina pôde analisar. Certamente não o mais poderoso, mas sua inteligência compensa. O líder dos Quatro Cavaleiros.  — As febres funcionam diferente com criaturas de energia espiritual elevada. Não podemos fazer nada se não alimentá-la de nossa energia e torcer para melhorar.

Caídos (duologia Trono de Fogo)Onde histórias criam vida. Descubra agora