God's Menu | TAEJIN

[18] - Reviravoltas

Adivinha quem tava com o capítulo pronto há dias e esqueceu de atualizar? Insira aqui o emoji de palhaço

Pois é, trago o desenrolar da trama do capítulo passado. Com esse, teremos cerca de mais 3 ou 4 capítulos (ainda to vendo o tamanho do próximo pra saber se se encaixa em um só ou vou ter que dividir hehehe)

Enfim, sem muitas delongas, boa leitura <3

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Se fosse possível que o coração de Seokjin simplesmente rasgasse seu peito por conta das batidas desritmadas e desesperadas, provavelmente ele o faria.

Como podia um pedaço de papel com palavras mentirosas e imagens tendenciosas fazer com que o mundo de alguém pudesse desabar em questão de segundos?

Ele leu cada parágrafo absurdo, viu cada mentira contada ali e não soube como agir, apenas ficou petrificado no meio do restaurante enquanto era encarado pelo pai e por um Taehyung tão desesperado quanto a si mesmo. De fato, Woojin não estava brincando quando disse que seria capaz de machucar pessoas inocentes em sua busca por vingança contra o próprio pai. Havia machucado. E muito.

— Senhor Kim, é melhor conversarmos no escritório — Taehyung disse em um sussurro atônito, temendo o que Haneul poderia falar para si, principalmente agora que ele sabia bem o que o proprietário do La Familia significava para seu filho caçula.

Silenciosamente, Haneul assentiu. Seu rosto ainda era pétreo e indecifrável. A única coisa visível em seus olhos era uma grande irritação, que os dois rapazes achavam que era direcionada a eles.

— Vem, Jin — ele sussurrou tomando o jornal da mão do namorado. — Nós precisamos ir.

O mais velho ainda ficou petrificado por alguns momentos, mas acabou por assentir em silêncio, sendo guiado por Taehyung.

Haneul tomou a frente do caminho, seus ombros tensos e seu silêncio matavam Jin por dentro, que ainda estava absorvendo tudo aquilo. Era como se todos aqueles meses em que ele havia conhecido a felicidade genuína, estivessem passando por seus olhos e se desmoronando aos poucos. Sentia que o pai iria gritar consigo, lhe tirar tudo, lhe escorraçar apenas por amar Taehyung e por conta das maldades sem precedentes de um Woojin amargurado. Era como ter tudo nas mãos e depois alguém lhe tomar, deixando simplesmente um escuro na vida, sem chances de recuperar a mínima luz que fosse.

Ao adentrarem o escritório, Taehyung fechou a porta e permaneceu ao lado de Seokjin, que silenciosamente já derramava uma lágrima tímida pelo canto do olho. Ele se preparava para ouvir as piores coisas, para sentir a maior das dores possíveis... seu pai não seria nem um pouco pacífico com aquilo. Não quando seus negócios estavam extremamente ameaçados desse jeito. Por sua culpa.

Haneul se sentou em uma das cadeiras, entrelaçou os dedos e fitou o chão por alguns segundos. Ele estava buscando fôlego, talvez buscando palavras em seu interior, canalizando seus sentimentos bagunçados dentro daquele velho e calejado peito. Com um suspiro longo e o apertar de seus dedos, ele finalmente conseguiu dizer alguma coisa.

— Esse jornal chegou em minhas mãos em casa hoje de manhã — a voz rouca disse quase inaudível. — Quando eu vi essa capa, essas fotos, eu não quis acreditar...

— Pai, eu sei. Eu sei que eu fiz as coisas erradas—

— Eu não quis acreditar que meu filho mais velho fosse capaz disso — cortou Jin imediatamente, causando surpresa no rapaz, que tinha a voz completamente embargada, mas agora os olhos surpresos. — A mãe do Woojin, essa eu sei que é uma cobra capaz de tudo, inclusive envenenar o filho por toda uma vida ao ponto de ele me odiar... mas custa acreditar que meu filho mais velho seja capaz de espalhar mentiras e afetar gente que não tem nada a ver apenas pra me atingir.