dezesseis

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Alguns dias se passaram desde meu matrimônio, e Thomas tem me tratado mal desde minha pequena aproximação, o clima na casa se tornou insuportável sem querer, não conseguíamos ficar no mesmo cômodo sem discutir, eu queria muito saber sobre a investigação sobre meu pai mas ele não me contava o que acabava nas discussões.

— Eu só preciso saber disso!– elevo a voz seguindo ele até o escritório

— E eu já disse que não sei ainda.– ele diz no mesmo tom

— Thomas esse casamento só teve um intuito pra nós dois, você prometeu...

— E eu vou cumprir Melinda!– ele gritou me interrompendo e eu acabei me assustando e me encolhendo, eu não reconhecia mais nós dois, entramos em um acordo tão bem e derrepente isso. — Me desculpe.– ele pede por agir da maneira que fez mas eu sinto meus olhos marejados pela forma que ele gritou e saio correndo de sua casa, pego o primeiro táxi que para e mando ele seguir pro centro.

Depois de despejar algumas lágrimas o táxi para eu o pago e vejo que ele parou em frente o museu, então decidi entrar nele. Precisava organizar meus pensamentos, relaxar, pensar no que eu sentia sobre Thomas pra me sentir assim tão pequena em sua presença. Estava distraída em meus pensamentos até que esbarro em alguém.

— Desculpe senhorita...– a loira diz rápido mas logo me encara e coloca a pior carranca no rosto

— Não sabia que você tem senso crítico cultural.– sorrio e ela sai de perto de mim rápido, ela parecia sorrateira, uma ratinha, olhei pra dentro do salão de onde ela vinha e vi um homem fumando cigarro, ele tem bigode e cabelo grisalho, estreito meus olhos cheirando algo de errado ali.

Fiquei mais uns minutos organizando minhas ideias, poderia ser só coisa da minha cabeça, mas essa garçonete era suspeita pra mim. Pedi outro táxi a frente do museu e dei o endereço da mansão do meu pai, e quando cheguei encontrei Adam na entrada ainda como segurança.

— Melinda! o que faz aqui?– ele pergunta alegre — Como foi a lua de mel?

— Foi ótima.– sorrio sem graça — Escuta Adam, eu preciso muito falar com Sofie, diga a ela que me encontre amanhã no Café.– peço e ele continua sorrindo — Ouviu o que eu disse?

— Eu pedi Juliene em casamento.– o encaro surpresa e espantada ao mesmo tempo.

— E qual foi a resposta dela?– ele sorri largamente

— Ela disse sim.– ele diz feliz mas eu não consigo sorrir ou parabenizá-lo.

— Adam, eu sinto muito.– a verdade é que Adam mal sabia o perigo que estava correndo. — Você sabe de que família ela vem não é?

— Sei perfeitamente Melinda, mas vamos fugir, viver em outro continente...

— Não é tão fácil assim Adam, Juliene é da primeira linhagem de italianos da família dela, é como se fosse um diamante para a família dela e também para máfias rivais, vocês tem o perigo do pai dela te matar ou serem achados por uma família rival, não percebem o risco?– digo exasperada e ele me olha bravo.

— Nós sabemos perfeitamente, mas não vamos ser igual você e William.– ele joga na minha cara bravo

— Eu e William? O que tem haver?– pergunto indignada

— Ele me contou tudo, e que você ficou com medo de fugir com ele por isso se casou com o Shelby, mas que ainda o ama, agora o que você faz pra reprimir o que sente por um homem estando na cama de outro?– solto minha mão em seu rosto em um reflexo, sinto a ardência na minha palma e vejo o desenho de meus cinco dedos no rosto de Adam.

Eu gostei de ter feito isso.

Falling - Thomas ShelbyWhere stories live. Discover now