onze

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Acordo e demoro a recordar do lugar que estava, e me dou conta que era minha nova casa, novo dia, nova vida e provavelmente novos seguranças. Levanto da cama e faço minhas higienes, me arrumo e saio do quarto indo em direção a cozinho, havia um silêncio misterioso na casa, eu não sabia se Thomas estava dormindo ainda ou já havia saído. Mas de uma coisa eu sabia, estava sozinha, tanto que depois de tomar café da manhã sai na porta da rua para ver se havia mais alguém, algum segurança mas não, eu estava completamente sozinha e achei estranho. Tranquei a casa e atravessei a rua até o sobrado da frente, bati na porta e torci para ser mesmo a casa da Polly e agradeci mentalmente por ver ela abrindo a porta.

— Oh, bom dia.– ela me dá espaço para entrar e eu entro sorrindo sem graça

— Thomas disse que morava a frente, achei que não teria problema em vir aqui.– explico e ela sorri

— Problema nenhum, estava conversando com Ada, ela não pode ir ao casamento ontem mas te apresento sua cunhada.– ela diz enquanto caminhamos até a sala, vejo uma mulher de cabelo curto e com uma barriga mínima mas dava pra perceber a gravidez.

— Como meu irmão feio conseguiu se casar com uma mulher tão bonita?– Ada diz me tirando um sorriso tímido — É um prazer senhora Shelby.

— Achei que estaria cansada uma hora dessas Melinda.– Polly diz e elas riem, mas eu as encaro confusa — Você sabe, pela lua de mel...

— Oh, não...– elas fazem caras espantadas e eu esqueço que eu e Thomas tínhamos que fazer um teatro.

— Vocês não fizeram?– Ada pergunta confusa

— Eu entendo perfeitamente Melinda, o casamento foi forçado e ontem me disse que não foi por amor, e entendo ainda mais Thomas não ter forçado nada pois sei o homem que criei, ele não seria covarde.– Polly diz entendendo e eu sorrio aliviada

— Ele foi muito respeitoso quanto a isso, não se preocupe.– a tranquilizo

— Então por ser filha de Billy Kimber você sabe sobre os negócios sujos da família?– Ada pergunta e a Tia a repreende com o olhar — O que? ela é uma Shelby agora, vai ter que saber pra se proteger.

— Eu sei que as apostas eram ilegais antes de meu pai iniciar a parceria com os Peaky Blinders, mas o resto eu não sei, Thomas e eu não conversamos sobre isso.– digo

— Até porque pra eles isso não é assunto de mulher.– Ada diz nervosa

— Eu sei que você e Thomas vão dar certo e logo teremos outro pequeno Shelby na família.– Polly diz com convicção e eu não discordo, seria maldade estragar a alegria dela, afinal eu e Thomas nunca ficaríamos juntos.

Passei o dia com a Polly, até Thomas me procurar na casa dela, nós fomos pra nossa casa e jantamos em silêncio, ele parecia sério e nervoso.

— Desculpe perguntar...– peço e ele finalmente me olha pela primeira vez no dia — Eu não vou ter seguranças aqui?

— Achei que iria se incomodar.– ele diz e continua mastigando — Estamos em Small Heat, aqui é território dos Peaky Blinders, ninguém é louco de te fazer mal aqui, você é a mulher do chefe afinal.– ele explica e eu sinto um arrepio doido ao ouvir ele falar assim — Polly ficou o dia todo enfiando coisas na sua cabeça?

— Ela disse que logo teremos um herdeiro.– ele me lança um olhar risonho — Ela parecia bem convencida disso.

— A tia Polly acha que é uma bruxa, ela acha que acerta as coisas.– estava um clima bom na mesa então ficamos conversando a noite toda.

Falling - Thomas ShelbyOù les histoires vivent. Découvrez maintenant