vinte

8K 730 68
                                    

A PARTIR DAQUI É A SEGUNDA TEMPORADA
RESPIREM
TOMEM UMA ÁGUA
E ME SEGUE
FIQUEM A VONTADE.


Thomas

No enterro de Fred eu mantinha minha cabeça baixa, sabia que minha irmã estava sofrendo e que agora teria que proteger ela e Karl já que ela não queria ficar perto da família, estava sendo teimosa e queria morar em Londres. Depois que consegui matar Billy Kimber meu poder aumentou como eu almejava, mas eu queria mais, queria expandir meus negócios para Londres, queria mais desse gosto, estava cego de raiva também, e meu único alicerce era minha família já que Melinda sumiu, eu não conseguia acha-la, alguém matou Grace também, eu queria destroçar seu corpo mas ela era de uma família importante que veio atrás, e ainda bem que não fui eu que matei a traíra, porque nas minhas mãos ela iria sofrer.

Melinda fazia falta, seu sorriso de menina, seus olhos brilhantes, estava tudo na minha memória e me torturava. Eu deveria ter contado a ela que sabia sobre a herança desde o momento que ela atravessou meu caminho, eu tinha meios de saber e fui atrás, mas escondi porque queria ter ela perto de mim por mais tempo, estava apaixonado e nem percebi.

- Tommy, alguém explodiu meu pub.- Arthur reclama e eu o olho confuso - A polícia está lá.

- Melhor irmos logo.- digo e caminho até meu carro, meus homens nos seguem até o Garisson, e quando chegamos lá estava tudo queimado e destruído. Desço do carro e caminho até o policial.

- A explosão foi as 7 da manhã,não tem nenhuma testemunha e não tinha nenhum policial na área.- o chefe de polícia explica.- Senhor Shelby tem noção de quem possa ter feito isto?

- Eu acho que foi um acidente com gás, acabamos de instalar.- digo pra ele encobrir e coloco algumas libras em sua mão, ele assente e vejo tia Polly caminhar até os escombros.

Ela pega algo no chão e volta até mim com um objeto na mão, assim que coloco os olhos naquilo minha lembrança vai até o dia do casamento, era a aliança que coloquei no dedo de Melinda.

- Eu acho que alguém está tentando te mandar uma mensagem.- tia Polly diz e eu abaixo a cabeça, nervoso acendo um cigarro e trago ele rápido demais.- Algum capanga do Billy pode ter achado ela, ela pode estar viva e sofrendo.

- Ou ela quis fugir sozinha.- digo tentando controlar a raiva.

- Se ela fugiu, porque te atormentar agora?- ela diz levantando a aliança na altura dos meus olhos, pego da sua mão e guardo no meu bolso

- Vamos cuidar da reforma.- digo e por fim dou as costas a ela.

Passei o dia com a mente ocupada, muitos problemas pra resolver e principalmente com os irlandeses, depois do problema com Grace eu queria nunca mais ter que lidar com essa gente. Pela tarde fiquei no escritório até resolver ir falar com o chefe de polícia, eles eram controlados por mim, então fariam um favor.

- Preciso que a área perto dos estábulos da cooperativa fique livre de policiais entre 00h e 4h da manhã.- digo assim que ele se aproxima, não estava vestido de uniforme para passar despercebido.

- Tudo bem, posso saber pra que?- ele pergunta e eu pego o dinheiro e dou na mão dele pra não responder - Seja lá o que for não comece nenhum incêndio, os bombeiros entraram em greve está noite.

- É só isso, pode ir.- ele guarda o dinheiro e fica exitante ao meu lado.

- Eu ouvi alguns rumores, tem uma gangue nova, operada no norte de Londres, um velho amigo nosso estará de volta a cidade, ele acha que os mandados dessa nova gangue está saindo de Birmingham.- ele estava se referindo ao Campbell, ou seja, novos problemas. Mas realmente me importava com a primeira informação, no domínio de Londres teríamos que lidar com mais uma facção?

Pedi para Polly reunir todos, eu sabia que estavam inquietos. Eu não havia pedido a opinião de ninguém sobre a expansão em Londres, eu via a inquietação deles, mas sabia que confiavam em mim. Me atrasei um pouco mas cheguei no momento em que ouvi John e Esme reclamando sobre minha ideia, previsível pois John é o mais inseguro de nós, mas ele estava mais forte, seria esse o poder do amor?

- Disseram que só quem é da família pode falar.- Esme diz sem graça ao me ver

- Nossa empresa acredita nos direitos das mulheres, pode falar esme.- eu digo e vejo Polly se sentar, sem paciência.

- Por estar do lado de fora dos assuntos da família, eu vejo muito mais, tenho parentes daquele lado de Londres, e lá as guerras são muito mais fortes. Ouvi falar sobre grupos diferentes, que lutam por espaço, eles usam mais que armas e bombas, ou usavam, até pouco tempo, uma nova gangue vem crescendo lá, e já dominou metade da cidade, está acabando com tudo, quem quer lutar morre e quem não quer morrer se junta a eles.- ela diz receosa - Eu tenho um filho, abençoado com a beleza da família Shelby, eu quero que John possa vê-lo crescer, eu quero uma casa no campo com a nossa família... Mas Londres é só fumaça e problemas Thomas.

- Thomas?- tia Polly ironiza porque ela soou meu nome

- Obrigado Esme.- agradeço e bebo um gole de whisky - A explosão do pub não teve nada haver com Londres, isso é um problema que eu vou resolver, em segundo a expansão não vai trazer problemas contato que a família fique unida. Depois das primeiras duas semanas 90% das nossas operações lá serão legais os outros 10 estarao em boas mãos.- digo olhando para o Arthur e ele assente - Alguns de vocês já se mostraram contrários sem problemas, qualquer um que não quiser fazer parte do futuro dessa companhia pode se retirar agora. - aponto para a porta olhando para o John - Podem ir criar suas galinhas no campo, mas para aqueles com ambição, a expansão começa amanhã.

Ninguém reclamou ou disse um A, esperei até todos voltarem aos seus trabalhos e fui até o cofre, Polly logicamente me seguiu, uma coisa que sempre acontece é minha tia sentir nossa frustração, eu poderia mostrar estar forte, ela seria a única que saberia o quanto eu estou quebrado.

- Sua mãe me disse: a inteligência dele irá mata-lo.- ela diz depois de uma leve discussão nossa, era cansativo ter que explicar a todos e tirar o medo deles, eu também estava com receio da expansão mas eu sabia que conseguiria. - Foi lindo seu discurso sobre ideias iguais para as mulheres nesta companhia, mas na prática você não escuta, não confia em nós. Ela foi uma mulher Thomas... acho que está na hora de esquecer dela.

- Esquecer quem?- ela desiste de falar ao ver que eu não iria ceder, falar sobre Melinda iria me destruir, e ela sabia disso.

- Vá para Londres se matar com seus capangas.- ela diz quando eu dou lhe as costas.

Falling - Thomas ShelbyWhere stories live. Discover now