trinta e um

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- Eu preciso voltar, os meninos devem estar preocupados.- Polly diz, seu semblante estava feliz, finalmente ela reencontrou seu filho, ele ficou um pouco confuso de início mas eles vão ter bastante tempo para conversar.

- Não!- digo e deixo transparecer um pouco de desespero, Polly ainda não podia voltar - Fique tranquila e use o tempo que precisar, conversei com Thomas ontem.

- Então ele já sabe sobre você.- ela afirma e eu assinto - Mas como tudo isso aconteceu? Ainda não me contou.

- Aproveite o tempo conhecendo seu filho, e quando for a hora certa nós conversamos tudo bem?- ela assente e eu sorrio, me despeço dela e vou até o carro, meu motorista me leva até uma instalação não muito longe dali, onde Campbell me espera pacientemente.

Quando cheguei vi Adam acertar mais um soco em seu rosto, ele estava acabado e cuspindo sangue, pendurado como uma carne de açougue.

- Espero que tenha usado seu tempo para pensar em uma resposta para mim senhor Campbell. - ele não diz nada, talvez pela idade e por ter apanhado tanto logo ele estaria morto - O que disse ao Thomas Shelby na instalagem onde você estava hospedado?

- Eu não vou te dizer nada, você não vai poupar minha vida sua vadia.- ele diz e Adam acerta outro soco forte nele.

- Chega de tortura-lo com dor física, precisamos de algo mais forte.- digo sorrindo e fico perto de seu rosto - A dor do coração...- sussurro e ele enfim abre os olhos para me olhar - Se não me engano, você e Thomas se encontravam em um triângulo amoroso, ou apenas você, a pequena Grace não sentia nada por um velho como você, e mesmo assim você se sentia obcecado por ela...

- Pare.- ele diz nervoso

- Fiquei sabendo que você se debulhou em lágrimas no velório dela, e família dela ficou sem entender, ela não era apenas sua aprendiz?- dou risada - Ah senhor Campbell, se você soubesse o prazer que foi ver o sangue dela pular a cada bala que atingia o corpo, ela ainda me pediu piedade com os olhos mas eu simplesmente não queria que nada me atrapalhasse no futuro...- vi suas lágrimas saindo ele não teve vergonha em chorar - Esse futuro chegou, e só tem uma pessoa me atrapalhando, você!

- Você é uma cadela VADIA SEM ESCRÚPULOS, COMO PODE MATA-LA.- ele grita tentando se soltar

- Eu quero saber que porra você disse ao Shelby!- grito também e ele não fala mais nada então pego a arma do coldre do Adam - Quer saber você tem razão, iríamos te matar de qualquer jeito.- aponto para a cabeça dele e atiro, o sangue respinga no meu rosto e enquanto seu corpo desfalece eu fico paralisada com a arma na mão. Adam se move ao meu lado e por um reflexo eu aponto a arma pra ele, ele se rende de imediato.

- Ei, sou eu...- ele me lembra e pega a arma lentamente da minha mão - Melinda, está tudo bem? - ele pergunta analisando meu rosto.

- Sim, ahn me desculpe.- saio da sala escura praticamente correndo pra tomar um ar fora do local, respirando fundo, buscando ar.

- Senhorita, está tudo bem?- meu motorista pergunta e eu assinto, ele me oferece um lenço, e eu passo pelo meu rosto tirando os pingos de sangue.

- Melinda, espere.- Adam diz e vem até mim - Descobri uma coisa.- continuo me limpando e ouvindo ele - Sabine sabe sobre Juliene.- paro de me limpar e o encaro assustada - Eu não sei os meios que ele usou pra descobrir, mas um de nossos espiões disse que ele pretende te matar e se ele não conseguir vai ir atrás dos Changretta, a família dela. - suspiro fundo e sinto tudo girando, era tanta coisa.

- Eu vou dar um jeito nisso, ela já sabe?- ele nega e eu respiro fundo - Não diga a ela, até que eu mate toda a linhagem daquele bigodudo. - entro no meu carro e meu motorista me leva pra casa.

Falling - Thomas ShelbyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora