𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝟬𝟳

9.2K 819 941
                                    

𝗣𝗢𝗩 𝗠𝗔𝗥𝗖𝗨𝗦

Percebi que S/N estava confusa com tudo que eu estava falando, porém eu não conseguia ficar quieto, é como se as palavras jorrassem pra fora sem que eu tivesse qualquer controle sobre elas.

-Vai me deixar na curiosidade mesmo? - perguntei, olhando pra ela, enquanto batucava os dedos sobre o sofá.

S/N: ...Eu não tenho nojo de saliva. - disse por fim.

Ah, era isso que eu tinha perguntado. Por dois segundos pensei que era sobre ela ter transado com o melhor amigo gay, que coisa não?!

- Ah... - disse tentando parecer feliz com a revelação.

Enquanto isso tentava lembrar porque diabos eu perguntei isso, quer dizer, o que me interessa saber se ela tem nojo de saliva?

-Se você tivesse nojo de saliva, não poderia viver com sua própria boca. - disse, me sentindo um completo idiota depois de escutar as palavras saindo. Mas faz sentindo, quer dizer, ela precisa engolir, certo?

S/N: É, acho que vocė tem razão. - sorriu.

E eu acho que ela só quer ser legal, mas e daí.

-Você quer casar? - perguntei, pro assunto não morrer. - Sabe, eu não quero. - disse, antes que ela tivesse tempo de pensar em uma resposta. - Quem aguenta viver uma vida toda ao lado da mesma pessoa? - questionei, para em seguida responder. - Ninguém, nem os bichos - pensei um pouco. - Bom os patos aguentam, mas quem se importa com os patos afinal? - notei que ela queria rir. - Pode rir. - disse a encarando.

Entao ela parou de segurar e caiu em uma gargalhada, seus olhos chegavam a conter lágrimas e eu não conseguia parar de olhar seu sorriso, o som estridente da gargalhada fez com que eu sentisse vontade de acompanhá-la, porém não o fiz.

Aos poucos ela foi se acalmando, colocou a mão sobre a barriga indicando que não aguentava mais rir e secou os olhos úmidos pelas lágrimas.

S/N: Desculpe - pediu, quando conseguiu, finalmente, cessar a risada. - É que foi muito engraçado o negócio dos patos. - falou segurando a vontade de recomeçar o ataque de riso.

-Tudo bem. - suspirei. - Mesmo eu ainda não ligando para eles. - dei de ombros. - Você pensa em casar?

S/N: No íntimo, toda a mulher pensa. - falou sincera. - Mas não está nas minhas prioridades.

Será que os peixes dormem?! Sei lá, eles estão sempre lá nadando e nadando. Vou comprar um peixe e descobrir isso.

-Ah, claro. - concordei, tentando não deixar transparecer que nem lembro mais do que estávamos falando.

S/N: Você não vai dormir? - questionou, me olhando.

Se os peixes não dormem, eles não devem ter pesadelos. lsso é bom. É também não vou dormir.

-Eu não. - disse em alerta. - Estou muito enérgico para isso.

Levei um choque hoje?! Não consigo me lembrar do que me deixou tão enérgico. Vou perguntar isso para a malta amanhã.

S/N: Notasse. - respondeu divertida.

O que eu ia perguntar a S/N mesmo?

-Você vai dormir? - perguntei, sentindo uma louca vontade de comer.

S/N: Eu não sei. - deu de ombros. - Se não quiser mais minha companhia, eu vou.

-Quer um chocolate? - questionei levantando.

S/N: Claro. - levantou também, me seguindo até a cozinha.

Hm, sombras nos seguem 24 horas por dia e nunca tentamos espantá-las, agora um maloqueiro vem atrás e o povo chama até policia. Vá entender.

-O que eu vim buscar mesmo? - me encostei no balcão.

S/N: Chocolate, não era?- franziu o cenho.

-ISSO! Chocolate. - assenti, tentando memorizar.
-Chocolate, chocolate, chocolate... olha uma mosca aqui, onde está o veneno pra matar?! ... Ah é, os amendoins que eu ia pegar, amendoim, amendoim, amendoim.  - Droga, não achei nenhuma maçã. - disse desolado, sentando no balcão.

S/N: A gente não ia comer chocolate?! - perguntou confusa.

-Você tem uma memória boa. - elogiei - Só que eu esqueci onde ficam. - cocei minha cabeça sem jeito.

S/N: Deve ser no armário. - diz abrindo - Ah, aqui. - sorriu, ficando na ponta dos pés. - Droga - resmungou. - Eu não alcanço.

-Que baixinha - neguei com a cabeça, levantando.

Opa, escureceu tudo. Escuro, escuro, escuro... Claro. Pronto.

Peguei ela pelas pernas e a ergui, S/N conteve o grito de susto, logo esticou a mão, pegando o chocolate, porém acabei cambaleando para trás a levando comigo, antes que nós dois caissemos coloquei a mão sobre a bancada, firmando, enquanto com a outra segurava S/N contra meu corpo. Acabei a abraçando por trás, desajeitadamente, com vergonha demais para deixar que ela me olhasse agora.

S/N: Ops. - disse dando uma risada, baixinho. -por pouco não fomos os dois pro chão.

Se soltou de mim, virando de frente, então mostrou o chocolate em suas mãos.

S/N: Valeu a pena. - sorriu.

Assenti uma vez, logo estávamos sentados na bancada comendo a barra inteira de chocolate.

𝗣𝗢𝗩 𝗦/𝗡

Admito que tive uma noite bem divertida, Marcus fica bem mais solto quando está sob efeito de drogas, gostaria que ele pudesse ser assim sempre, sem usar essas porcarias.

Depois de acabarmos com a barra de chocolate voltamos a sala, ele deitou no sofá e em poucos segundos estava adormecido.

Suspirei, desliguei a televisão e subi as escadas, peguei um cobertor e desci novamente, o tapando, então voltei ao quarto para dormir.

No dia seguinte não consegui acordar com o despertador, já que acabei adormecendo mais tarde, sai da cama meio dia.

S/N: Bom dia, bom dia. - sorri, falando baixinho, já que Marcus continuava dormindo no sofá.

Ellen: Bom dia querida. - me deu um beijo na bochecha.

Max: Dorminhoca. - disse rindo. - Todos lá em Los Angeles dormem assim? - questionou divertida.

Clint: Max! - a repreendeu. - Nós te demos educação, use-a.

Max: Só fiz uma pergunta - disse inocente, e sorri.  - Não são todos que dormir assim, Max. - respondi, sentando na mesa, onde eles estavam conversando.

Ellen: Marcus apagou. - espiou ele no sofá.

Max: Não me admiro. - disse olhando as próprias unhas. - Da forma como chegou ontem.

Clint: Max... - chamou a atenção dela, que rolou os olhos.

Max: Tudo bem, serei muda daqui pra frente. - falou dramática.

Ellen: Hollywood não sabe que atriz está perdendo. - brincou, rindo.

-Onde está Ginny? - perguntei, olhando ao redor.

Ellen: Deixamos ela na casa de uma amiguinha, pela manhã. - sorriu.

Max: Que mania de usar tudo no diminutivo. - bufou. - Sorte dela, não precisa aguentar o senhor prepotente quando acordar. - indicou Marcus com a cabeça.

Clint: Está com a língua afiada hoje. - negou com a cabeça, enquanto folheava o jornal.

Max: Acordei com vontade de botar a boca no mundo. - disse animadamente.

-Nem percebemos. - falei irônica, fazendo todos rirem.

𝘾 𝙊 𝙉 𝙏 𝙄 𝙉 𝙐 𝘼...

A dúvida entre as boas e más ações do Marcus me faz amar ele e odiar ao mesmo tempo😩.

Não esqueçam de votar!!!✨

𝗔𝘁𝗲́ 𝗮𝗼 𝗽𝗿𝗼́𝘅𝗶𝗺𝗼 𝗰𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼, 𝗫𝗢𝗫𝗢.🦩

𝗢 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗰𝗮̂𝗺𝗯𝗶𝗼 - 𝗠𝗮𝗿𝗰𝘂𝘀 𝗕𝗮𝗸𝗲𝗿 & 𝗦/𝗡Onde histórias criam vida. Descubra agora