𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝟱𝟱

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Alô!!!! Então, só para avisar a vocês, para pegarem o lencinho.. O choro vem.🥲

⚠️ IMPORTANTE | Nesse capítulo vai ter algumas partes grandes, então POR FAVOR, leiam na mesma, porque é conteúdo importante mais para a frente, além disso, ajuda nas lágrimas tmb.💕

𝗣𝗢𝗩 𝗦/𝗡

Ainda que eu saiba que essa é a última e a melhor saída, meu coração se apertou ao escutar a conversa vinda do andar de baixo.

Clint enrolou para falar e ao final disse de qualquer jeito, sem sondar, sem o preparar.

Eu sei que está certo porém o jeito como comunicou Marcus não foi o melhor nem de longe e por isso fiquei com medo quando o vi sair sem rumo.

Não pensei duas vezes antes de ir atrás, ainda que não mereça, ele precisa de apoio agora.

O procurei nas ruas mais próximas, nas boates que eu sabia que ele frequentava, no parque e na sorveteria. E nada de o encontrar.

Mas, como sempre dizem, devemos buscar onde não esperemos achar. E foi então que o vi sentado em uma pedra no meio da praia.

O vento batia em seu rosto, ao longe ele parecia sereno, olhando o mar, quando me aproximei, porém, consegui ver a confusão de sentimentos representada pelas lágrimas incontroláveis que caíam pelo seu rosto. Me senti sem chão. Sentei ao seu lado, em silêncio e olhei para o mesmo lugar que ele.

Não demorou muito para que passasse a encarar como ele fazia comigo.

Marcus: Á quanto tempo você sabia? - questionou desviando o olhar para o mar, sem se preocupar em esconder que chorava.

-Eu não sabia. - minha voz não saiu mais alta que um sussurro.

Marcus: Eu não preciso desse tipo de ajuda. - alegou com a voz carregada de mágoa. – A última coisa que irá me fazer bem é ficar vendo as pessoas jogarem na minha cara que sou drogado, dia após dia. - piscou os olhos diversas vezes, por conta das lágrimas. Sua boca está trêmula. - Eu não quero acordar e ter alguém me olhando com pena, me tratando como um idiota. - mordi meus lábios, prendendo o choro. - Eu não quero isso, S/N, eu não quero. - desabou novamente, chorando mais forte.

O puxei para meus braços, ele me abraçou com força, buscando algum tipo de apoio, as lágrimas já desciam por minha bochecha.

Coloquei os dedos em seus cabelos e os apertei, somente para mostrar que estou com ele.

-Tudo vai ficar bem. - sussurrei. - Você vai perceber que no final isso será bom para ti.

Marcus: Mas eu não quero ir. - se afastou, me olhando. - Seus olhos banhados por lágrimas, falavam com dor, com receio e com medo.

-Me escuta... - segurei seu rosto e o fiz me olhar. - ... acredite que se tivesse uma outra maneira eu juro que movia montanhas para que você não fosse... - afirmei. – mas eu sei que no fundo você está ciente de que não há nada mais que possamos fazer. - Ele chorava baixinho. - Não deu certo da maneira que tentamos e eu não quero e não vou deixar que arruine tua vida.

Marcus: A questão é que eu não terei mais vida depois que for internado. - rebateu, respirando fundo. - Vou ficar louco. - colocou as mãos na cabeça.

-Eu te prometo que será por pouco tempo. - segurei suas mãos. - E que você saíra de lá, bem e livre desse vício.

Marcus: E sairei quando você tiver ido embora. - murmurou, olhando nossas mãos unidas.

Abri a boca para responder porém não consegui falar nada. Porque ele está certo.

Marcus: Você não entende que o único motivo pelo qual eu ainda não mandei tudo a merda e desisti de tentar me curar, é você?! – respirei fundo, tentando não voltar a chorar. - Que no momento em que eu não te vir mais, não terei porque seguir lutando contra o vício?! - deixou as lágrimas seguirem caindo. - Que se todos os dias eu acordo com vontade de ser melhor é por você?! - a cada palavra que ele dizia meu coração batia mais forte. - Que não é por mim, ou pelos meus pais, ou por sei lá quem que eu tento ser diferente, é por você, somente. - disse em voz baixa. - É tudo por você S/N. - me olhou. - Porque eu quero ser bom o suficiente para estar ao teu lado, eu quero te orgulhar. - sem controlar voltei a chorar. - Eu quero poder te cuidar, te acolher, te fazer sorrir.... - disse com a voz terna. - ...eu quero afastar teus medos e nunca te decepcionar. - apertei sua mão. - Mas eu faço tudo errado, quanto mais eu tento, mais eu te machuco.

𝗢 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗰𝗮̂𝗺𝗯𝗶𝗼 - 𝗠𝗮𝗿𝗰𝘂𝘀 𝗕𝗮𝗸𝗲𝗿 & 𝗦/𝗡Where stories live. Discover now