𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝟲𝟬

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𝗣𝗢𝗩 𝗦/𝗡

O sol acertou meus olhos com uma força indescritível, a luminosidade me ofendia.

Nunca fui uma pessoa matinal, passei a me abrir para isso aqui, por causa de Max e suas caminhadas.

Notei que o espaço estava amplo demais, percebendo que Marcus havia levantando. E não estava em nenhum lugar que eu pudesse olhá-lo.

Levantei e me vesti, para somente depois perceber a rosa ao lado da cama junto ao um bilhete.

"Eu fico sonhando que sempre estará comigo, e você nunca irá. Pararei de respirar se não te vir mais. - Marcus"

Sorri involuntariamente, levando o cartão até os lábios e dando um beijo. Peguei um pedaço de papel e escrevi uma resposta, colocando-a sobre seu travesseiro, na cama que eu acabara de arrumar.

Foi aí que a porta se abriu e eu peguei rapidamente o bilhete, guardando-o no bolso de minha calça. Só quero que ele o leia quando tiver sozinho.

Marcus: Bom dia. – sorriu, caminhando até onde eu estava e, puxando-me pela cintura, selando nossos lábios. – Eu pensei em te trazer um café na cama, mas isso é clichê demais, então tive uma ideia melhor.

-E qual seria essa ideia? – coloquei minhas mãos em seu ombro.

Marcus: Descobrirá logo. – apertou meu nariz, levemente. - Mas que droga. – resmungou.

-O que foi? – questionei sem entender.

Marcus: Perdi de te ver acordar. – disse chateado. – Você fica linda sonolenta.

-Mentiroso. – o empurrei de leve, rindo.

E por um segundo, nós parecíamos um casal. De verdade.

Marcus me levou até uma cafeteria, onde uma mesa já reservada nos aguardava no centro do local. Como uma pessoa ilustre, ele puxou a cadeira para que eu sentasse antes de ir para o seu lugar.

Marcus: Eu sei que isso não é muito badalado, mas eu costumava a vir aqui com meus pais e Max á algum tempo atrás. – sorriu, enquanto recordava.

-Esse lugar é maravilhoso. – falei com sinceridade, colocando minha mão sobre a dela na mesa. – E muito aconchegante também.

Marcus: Não está falando isso só para me agradar, ou está? – questionou, desconfiado.

–Te dou minha palavra que não. – levantei a mão, em um juramento.

Marcus desencanou e pediu um café da manhã completo, que não demorou muito para chegar.

Marcus: Tem algo que eu preciso te contar. – soltou sua xícara sobre a mesa. – Uns amigos vão me levar para uma festa hoje á noite... – me encostei melhor na cadeira. - ... para comemorar minha volta. - explicou. – Eu não queria ir, mas eles não me deram muita escolha, já haviam pagado tudo.

Fiquei muda por um tempo.

Sim, eu tinha um certo receio quanto a ele ir a uma festa um dia depois de sair do centro de reabilitação.

Marcus: Eu sei o que você está pensando.- suspirou. – E eu não vou fazer nada de errado. – me garantiu. – Te dou minha palavra. – imitou o que eu disse antes.

Suspirei, ele está certo. Merece um voto de confiança.

-Tudo bem, aproveite. – sorri. Ou tentei.

Marcus: Eu voltarei o mais cedo que puder para ficar com você. – acariciou minha mão, levemente. – Ainda que te levar no aeroporto não é algo que eu esteja animado para fazer.

𝗢 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗰𝗮̂𝗺𝗯𝗶𝗼 - 𝗠𝗮𝗿𝗰𝘂𝘀 𝗕𝗮𝗸𝗲𝗿 & 𝗦/𝗡Onde histórias criam vida. Descubra agora