𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝟭𝟴

8K 646 311
                                    

𝗣𝗢𝗩 𝗦/𝗡

No dia seguinte tive medo de me olhar no espelho, fiz uma lista mental das possíveis formas que pode estar minha cara, tudo bem, no três eu olho.

Um...
Dois...
Três...
MINHA NOSSA!!!

Eu sou um monstro.

Olheiras - ok.
Cabelo palha - ok.
Cara de defunto - ok.
BROTA NO BAILÃO PRO DESESPERO DA MINHA FAMÍLIA.

Decidi tomar um bom banho para ver se melhora alguma coisa, pelo menos o cabelo dá pra salvar.

Desci as escadas rezando para que Ginny não esteja na sala, crianças são sinceras, demais às vezes.

Max: Meu Deus, anotou a placa do caminhão? - disse espantada.

Quem precisa de crianças sinceras quando se tem uma Max em casa?!

-Obrigado, querida. - disse irônico, me arrastando para o lado dela no sofá.

Max: Foi pra uma balada ontem quando eu dormi, né safada? - brincou, rindo

-Quem me dera. - rolei os olhos, bocejando.

Marcus fez mais umas piadas ao meu respeito, porém acabei rindo junto, mau humor não vai me ajudar em nada agora.

Mais tarde escutei alguém correndo no andar de cima, por uns segundos acreditei ser Ginny, porém Ellen desceu as escadas afobada.

Ellen: Gente, comprem alguns remédios para mim, Marcus está vomitando muito. - atropelou as palavras, voltando para cima.

Max: Que porra é pra comprar? - questionou para mim, quando Ellen sumiu de nosso campi de visão.

-Remédio. - disse simplesmente.

Max: Sabe quantos remédios tem em uma farmácia? - me encarou. - Vários, como eu vou saber qual pegar? - dei de ombros. - A sua ajuda me serviu muito S/N Miller. - rolou os olhos e subiu as escadas.

Uns segundos depois voltou, já sabendo o que era pra comprar, fomos e voltamos rápido, subimos, encontrando Marcus deitado com Ellen ao seu lado.

Max: Toma. - jogou a sacola com os remédios, Ellen pegou. - Desintoxicou um pouco, Marcus? - é, Max não perdoa nunca.

Marcus não respondeu, mordisquei meu lábio inferior, com pena dele. Seu rosto está pálido, sem expressão, ele está sem forças.

Ellen: Vou buscar um copo de água para você tomar os remédios filho. - levantou. - Max, fique com seu irmão. - ordenou.

Max: Nem morta. - saiu.

-Eu posso ficar, se quiser. - me ofereci, entrando.

Ellen: Obrigada querida, eu já volto, vou ligar para Clint também. - assenti e sentei na cadeira que Ellen estava, quando ela saiu...

-Você vai ficar bem. - garanti a ele, mesmo que não tenha dito nada.

Marcus: Valeu. - disse com a voz baixa.

...O silêncio se instalou no quarto, acabei não contendo a vontade de perguntar.

-Hm, você gostava do irmão urso? - o encarei. - Ou sei lá...  Ele me encarou, confuso, contive a vontade de rir.

Marcus: Irmão Urso? - fez uma careta. - Não lembro, porquê?

-Nada, nada, esquece. - fiquei quieta.

O silêncio incômodo se instalou no quarto novamente..

- Então... - limpei a garganta. - ... Se lembra de algo ontem? - questionei, o encarando.

𝗢 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗰𝗮̂𝗺𝗯𝗶𝗼 - 𝗠𝗮𝗿𝗰𝘂𝘀 𝗕𝗮𝗸𝗲𝗿 & 𝗦/𝗡Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora