𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝟮𝟵

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𝗣𝗢𝗩 𝗦/𝗡

Acordei na manhã seguinte ainda desnorteada com a noite passada.

As milhares de teorias que eu criei em minha mente quando vi que o metrô não ia para o lado certo, fez com que eu ficasse apavorada.
Saí da cama me arrastando e agradecendo por não ter curso hoje.

Meu dia começou consideravelmente bom, quando lembrei disso, porém assim que pisei fora do quarto, dei de cara com Marcus.

E uma raiva tremenda subiu pelo meu corpo.

Marcus: Ah, bom dia. - disse na maior cara de pau. Ignorei.

Quando fui em direção a sala, ele me puxou pelo braço, voltei com tudo, me chocando contra seu corpo.

Eu já fervia a essa altura, tinha tanta coisa pra falar pra ele, tantos xingamentos... Porém, decidi que não há nada pior que a indiferença.

Então simplesmente esperei até que ele falasse e, na sequência me soltasse.

Marcus: Deixa eu te explicar o que aconteceu ontem... - pediu.

Virei a cara pro lado contrário ao dele e fiquei muda.

Marcus: ... S/N? - chamou, segui sem encara-lo. - Posso falar? - questionou.

Apertei meus lábios com força em uma linha reta. Minha língua coçando para falar um monte pra ele.

Marcus: Hey, tá me ouvindo? - perguntou.

Foi aí que eu explodi.

-Acho que eu esqueci de ouvir. - o encarei, séria. - E também acho que esqueci quem é você. - prossegui, irritada. - Bem como esqueci os bons modos.

Dito isso puxei meu braço com força, me soltando dele e acelerando o passo pra sala.

Não é fácil falar assim com Marcus, ainda mais quando seus olhos causam um efeito tão devastador sobre mim.

Porém cansei de sempre o desculpar, ele tá merecendo um gelo. E se não fizer diferença, pelo menos meu orgulho estará a salvo.

Cheguei na sala e me lembrei que Max está no colégio essa hora, bem como Ginny, Clint e Ellen estão no trabalho. Então estou sozinha.

Com Marcus.

O curso parece uma opção tão agradável agora.

Suspirei, sentei na sala e peguei um livro que me mandaram ler essa semana, para um trabalho, ou algo assim.

Quando cheguei na página 2, Marcus apareceu.

Marcus: Vou ir no clube, quer ir junto? - parou, perto da porta, enquanto falava isso.

Ignorei, virando a página do livro, por mais que ainda não tivesse terminado de ler a anterior.

Só pra mostrar que estou pouco me lixando pra ele.

Quer se atirar da ponte. Ótimo. Aproveita e manda um beijo para os tubarões.

Marcus: Tudo bem. - disse por fim, alongando o 'tudo'. - Obrigado pela resposta. - disse irônico. - E de nada.

Dito isso saiu, batendo a porta. Soltei o livro, fechado, ao meu lado. E respirei fundo.

Foi mais difícil do que eu imaginava.

Fui para cozinha, onde peguei um copo de água e me encostei no balcão, fixei meus olhos na parede e logo perdi o foco, quando os pensamentos invadiram minha mente.

Esse intercâmbio está saindo melhor que a encomenda.

𝗣𝗢𝗩 𝗠𝗔𝗥𝗖𝗨𝗦

𝗢 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗰𝗮̂𝗺𝗯𝗶𝗼 - 𝗠𝗮𝗿𝗰𝘂𝘀 𝗕𝗮𝗸𝗲𝗿 & 𝗦/𝗡Where stories live. Discover now