[ROMANCE] Achados & Perdidos

9 - [achados]

- Eles terminam juntos? - Susan perguntou a Timmothy, enquanto deslizava o duplo expresso ao garoto. Esperava que Levi e Earl não tivessem feito mais uma aposta idiota dessa vez.

Ele segurou um gemido quando os lábios encontraram o copo. Achou que poderia oficialmente se declarar um viciado em cafeína depois da última semana.

- Quem? - Tim replicou, depois de outro gole.

- A princesa e o guarda. Você e seus amigos terminaram o jogo ontem à noite, certo?

Timmothy assentiu. Ainda sentia a mente enevoada de sono depois de passar a noite inteira acordado. A ficha parecia não ter caído. O projeto dos sonhos deles finalmente havia sido completado. Estava extasiado.

- Eles não ficam juntos. O guarda se sacrifica ao proteger a princesa e morre nos braços dela.

- Nem na rota em que ela se disfarça como camponesa?

Tim negou com a cabeça.

- Ele tenta ganhar tempo para que a princesa fuja, acaba gravemente ferido e é capturado pelos rebeldes. A princesa chega tarde demais para salvá-lo.

- E a dos rebeldes?

A desculpa silenciosa nos olhos de Tim é o suficiente para a colega saiba a resposta. Susan suspirou.

- Nada de final feliz?

- Nada de final feliz. Meus amigos tem um gosto particular por sacrifícios nobres e finais trágicos.

- Nerds.

Timmothy não conteve o riso que saiu de si. Susan também tinha um gosto particular por histórias. Os livros que carregava na bolsa sempre tinha títulos como "A secretária e o chefe" e "O príncipe e a costureira".

- Se serve de consolo, fizemos um final secreto em que os dois ficam juntos. É a rota mais difícil do jogo. Deu muito trabalho convencer meus amigos a fazê-la, mas sabia que você queria ver os dois juntos.

A colega de trabalho sorriu para ele, bagunçando seu cabelo.

- Esse é meu garoto.

- É o mínimo que eu posso fazer pela sua ajuda.

Susan apenas sorriu. Os olhos azuis pareciam cintilar por trás dos óculos. Era o mesmo brilho de quando ela falava da filha. Ah, céus. Um nó se formou na garganta de Timmothy.

- Estou orgulhosa de você, garoto. Sei o quanto você e seus amigos se esforçaram para fazer isso acontecer.

O garoto desviou os olhos quando sentiu a vista embaçar. Susan foi a única pessoa em que pode contar durante todo esse tempo. Seus pais só balançavam a cabeça quando ele falava sobre Sung, a pirata ou os rebeldes. Foi na sala de estar de Susan que eles de reuniam durante o Ensino Médio para discutir o andamento da história, a trilha sonora ou da programação. Nunca poderia dizer obrigado o suficiente a ela.

- Muito obrigado por acreditar, Susan.

- Por nada, garoto - ela disse ao envolver as mãos dele nas dela. - Você pode não ter notado, mas também me ajudou muito nesses anos. Teria sido mil vezes mais difícil criar minha Hanna se você não me cobrisse todas as vezes que precisei.

Ah, céus. Ele estava prestes a chorar feito um bebê alguns minutos antes da hora do rush. Susan apertou as mãos de Tim mais uma vez antes de soltá-la. O garoto limpou as lágrimas rapidamente e respirou fundo.

- Chega de sentimentalismo por hoje - Susan disse, um sorriso de volta ao rosto. - Está chovendo lá fora e você sabe o que isso significa para nós.