Pov Camila Cabello
O vapor invadiu a cozinha quando Lauren tirou as duas pizzas do forno. Não deu para não admirar a curva daquela bunda quando ela se abaixou.
Cravando os dentes no lábio inferior, eu disse:
— Isso parece muito bom.
— Espere até provar.
Aposto.
Segura essa sua cabeça, Camila.
Pigarreei.
— Muito confiante em suas habilidades culinárias, hein?
— Pizza é como sexo. É difícil dar errado.
Rindo, eu disse em voz baixa:
— Eu realmente não lembro.
— Tanto tempo assim?
O calor se espalhou por minhas bochechas.
— Eu nem percebi que tinha dito isso em voz alta.
Ela apontou as orelhas.
— Audição supersônica, lembra?
— É isso aí.
— Então faz tempo?
— Bom, um ano, desde o meu rompimento. Não fiquei com ninguém depois dele. E só tive dois homens na minha vida.
— Ao mesmo tempo, imagino?
— Não. — Peguei o guardanapo ao meu lado, amassei e joguei nela. — Aquilo era só um livro, Lauren!
— Não quer mesmo ser vendada enquanto leva um pau na bunda e outro na boca?
— Não, não quero!
— Estou só brincando com você. Se todo mundo levasse a sério as coisas que fantasia para pegar no tranco, eu seria uma trepada bem doente.
— Não quero saber. — Balancei a cabeça e suspirei.
— Por que o suspiro? — ela perguntou ao colocar um prato de pizza na minha frente.
— Você sabe muito sobre mim, Lauren Jauregui.
— Por acidente, sim.
— Ainda assim. — Eu soprei a pizza e pus um pedaço na boca. — Você me deve essa. Eu quero saber umas sujeiras suas. Conta alguma coisa que eu não sei.
— Seu aluguel vai aumentar em janeiro.
Eu estava com a boca cheia.
— Você está falando sério?
— Na verdade, estou. Os impostos sobre propriedade aumentaram muito. Não tenho escolha, vou ter que aumentar cinquenta dólares para todo mundo.
— Que merda. Mas não era esse tipo de informação que eu queria. Talvez a gente possa negociar. — O jeito como falei deu a impressão de que eu estava dando em cima dela. Não era nada disso.
Deus, eu esperava que isso não pegasse mal.
Ela riu e soprou a pizza.
— Sabe o que você é, Camila Cabello? Você é como pizza. Gostosa... mas faz mal para mim em grandes quantidades.
Tentei mudar de assunto, mas a única coisa que consegui falar foi:
— Você acha que sou maluca, não é?
— Não. Eu sei que você não é realmente louca. Quando liguei para o Centro da Juventude para confirmar seu emprego, não conseguia desligar. Eles não paravam de falar sobre como você é maravilhosa com as crianças de lá. Percebi que você era uma boa pessoa. Mesmo quando estava torrando meu saco por causa dos cachorros, nunca pensei que fosse uma pessoa ruim.
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CAMREN: Vizinha, Proprietária e Síndica (G!P)
FanfictionDeprimida pelo término de seu relacionamento, Camila decide contratar um terapeuta para ajudá-la a seguir em frente. Instalada em seu apartamento novo, ela descobre que sua vizinha possui dois cachorros que ficam completamente enlouquecidos pela man...