Cap. 25 - Pingo No "I"

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Pov Camila Cabello

Nossos grandes planos de casamento teriam que ser colocados em espera até que o bebê nascesse. Montar o quarto, preparar os cães para a chegada do bebê, havia muita coisa acontecendo para me preocupar com a
organização de uma festa gigantesca.

Optamos por não saber o sexo do bebê, embora Lauren ainda estivesse convencida de que era uma menina.

Ela realmente acreditava que o espírito que ela encontrou em seu sonho, ou o que quer que tenha sido essa experiência, era do sexo feminino. Ela atribuiu isso à intuição de mãe.

Todos os itens que compramos para o quarto eram em cinza, branco e verde, embora Lauren pegasse pequenos itens cor-de-rosa quando saía e os colocasse estrategicamente dispostos pelo espaço. Era
essencialmente o quarto de um bebê do sexo feminino.

Minha barriga ganhou um apelido, Lauren a chamava de "bolinha de praia".

No geral, a gravidez foi tranquila até o último mês.

Nós duas estávamos muito estressadas, porque Lucy tinha nos avisado que planejava se mudar para o Colorado com o novo namorado. Ela também decidiu que os cães eram dela, e que tinha o direito de levá-los.
Lauren tentou convencê-la de que ficar na Califórnia era melhor para os Dois Ds porque era o único lar que eles conheceram. Ela não concordou e ameaçou levar a disputa pela custódia aos tribunais. As coisas não
estavam nada boas.

Eu fiquei tão agitada que acabei de repouso devido à pressão alta. E aí, além de se preocupar com os cães sendo levados, Lauren agora tinha que se preocupar com a saúde da esposa e do filho que nem tinha nascido.

De minha parte, eu me preocupava com o estresse que tudo isso impunha ao coração dela.

Os cães eram meu único conforto durante o período de repouso absoluto, já que subiam ao meu lado e me faziam companhia à tarde, quando Lauren tinha que fazer as coisas pelo prédio. Ela nem resistiu à presença
deles na nossa cama porque sabia o conforto que eram para mim. Eles ainda eram proibidos à noite, no entanto.

Eu sabia que ela estava com medo de Lucy vencer a disputa e levá-los embora em breve. O resultado era que os cães estavam ficando mimados.

Um dia, Lauren tinha saído para comprar algumas coisas que eu queria comer. Ela demorou duas horas além do necessário.
Quando finalmente retornou, ouvi a porta da frente fechar e ela dizer:

— Está feito.

— O quê?

— Está feito. Ela vai deixar os cachorros com a gente.

— O quê? Como?

— Fiz um contrato e paguei a ela.

— Você o quê?

— Eu joguei um monte de dinheiro em cima dela, o suficiente para não poder recusar. Eu não deixaria isso continuar nos aborrecendo. Não deixaria que ela os levasse para longe de nós.

— Quanto deu a ela?

— Não se preocupe. Nós temos verba para isso. E eles valem qualquer quantia.

Mais uma vez, Lauren enfrentou a situação e veio em meu socorro. Lágrimas de alívio começaram a correr por meu rosto. Só naquele momento realmente percebi quanto o medo de perder os animais estava prejudicando a minha saúde e o meu bem-estar.

Lauren normalmente não subia na cama conosco, mas naquela tarde ela se espremeu em um canto. Deitada na cama com os Três, senti uma paz imensa. O bebê estava chutando forte. Nossa família estava completa e ninguém podia tirar isso da gente.

CAMREN: Vizinha, Proprietária e Síndica (G!P)Where stories live. Discover now