Cap. 12 - Aí, Mano!

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Pov Camila Cabello

— Não acredito que está realmente levando isso adiante — disse Sofia.

Eu estava juntando em um saco de lixo as coisas que não guardaria enquanto conversava com minha irmã antes de uma de suas apresentações.

— Não é o que eu quero. Aqui me sinto segura, mas é necessário para a minha sanidade.

— Ela não vai cobrar a multa por quebra de contrato de aluguel?

— Não.

— Que bom, porque poderia.

— Ela sabe por que vou me mudar. Lauren não faria isso comigo. Temos sido cordiais uma com a outra desde a noite na cama dela, quando perdi a cabeça. Ela não está satisfeita, mas entende. E sabe que não pode me impedir.

— E o cachorro, como está?

— Drewfus está bem. Tenho ido vê-lo. Ele ainda está se recuperando, mancando, mas vai ficar bem, graças a Deus.

— Que bom. Quando você se muda?

— Em duas semanas. A casa nova ainda não está vazia. Estou arrumando as minhas coisas sem pressa. Papai e mamãe vêm me ajudar com os móveis maiores no dia da mudança.

— Queria poder ir também, mas não vou ter folga no teatro por um bom tempo.

Fiz uma pausa antes de perguntar:

— Acha que estou sendo ridícula?

— Como assim?

— Mudar de casa porque não consigo controlar as minhas emoções. Em um mundo ideal, eu simplesmente aprenderia a lidar com isso, não?

— Bom, o que você sente por ela não parece ser fácil de controlar. Está se afastando de uma situação que seria dolorosa a longo prazo. E está tratando tudo de maneira direta e clara, em vez de inventar desculpas para ir embora. Isso é corajoso. Então, não, não acho que está sendo ridícula. Acho que a ridícula é ela.

Suspirei aliviada.

— Obrigada.

— Mais gente devia tratar os sentimentos com essa honestidade, mesmo que doa. — Ouvi uma voz do outro lado, alguém que chamava Sofia pelo interfone. — Merda. Tenho que ir — ela disse.

— Obrigada por me ouvir, como sempre. Tenho que levar essa tralha toda para a caçamba de lixo lá fora.

— A gente se fala mais tarde, mana.

Quando voltei depois de jogar o lixo, uma voz me fez parar quando eu abria a porta do apartamento.

— Você deve ser a Camila.

Virei e, por uma fração de segundo, pensei ter visto a versão masculina de Lauren. O cara no corredor era a cara dela. Tive que
piscar algumas vezes antes de deduzir que era o irmão.

— Isso. Oi. E você é o Christopher.

Com um sorriso megabrilhante, ele disse:

— Pode me chamar de Chris.

Mas que delícia.
Havia mais deles.

— Chris. — Sorri. — É um prazer.

— O prazer é meu.

Olhando com mais atenção, ele não era exatamente a cara de Lauren. Chris tinha uma beleza de astro de cinema, enquanto Lauren era mais rústica. Mas eram os mesmos olhos verdes e lindos, a mesma pele branca (sem a tatuagem no braço), o mesmo porte e o mesmo sorriso sedutor.

CAMREN: Vizinha, Proprietária e Síndica (G!P)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora