Vestido bordado

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[Shoyo Horan]

- Acabamos por hoje pequena Shoyo, está livre.

Disse Near retirando a agulha de minha veia.

- Daqui a dois dias temos os seus exames, você sabe aquele mesmo procedimento cansativo, é uma enorme bateria de exames, passaremos o dia inteiro aqui dentro, sei que odeia fazê-los mas precisamos saber se está tudo bem com o seu corpo.         

Sam disse olhando em meus olhos.

- Vocês parecem preucupados, estão suspeitando de algo?

Olhei nos olhos dos dois.      

- O quê? haha o que esconderíamos de você? ha ha não há nada.

Sam falou em um tom preucupado como se estivesse escondendo algo.

- Estão suspeitando que eu estou com aquela doença que vocês tanto temem? vocês sabem que eu não tenho medo da verdade.

- O quê? Claro que não ha ha, não teríamos motivos pra isso-

- Sam, uma hora ou outra ela vai ter que descobri, Shoyo não queremos te assustar mas há uma porcentagem de chance que você esteja com essa doença, ela se resume em roer sua individualidade por tantos testes, exames, injeções e tantos outros procedimentos que fizemos em você, essa bactéria pode ter se gerado em você, não tem como extrai-la as  as chances de quem tem esse tipo de doença não passam de 25% de vida, você está apresentando alguns traços dessa doença; Cansaço, desânimo, não conseguir usar a individualidade com precisão e o principal, a perca de tato das mãos, você nós contou que não sente nada quando toca em algo.

- Era só isso?

Perguntei olhando sem expressão nós olhos do homem a minha frente.

- Como assim "Só isso"? Shoyo as porcentagens-

- Vocês sabem que eu estou preparada pra isso a muito tempo, agora se me dão licença, eu tenho um compromisso que não posso adiar, até depois de amanhã, boa noite.

Atravessei a porta, descendo as escadas até o dormitório, meu celular alarmou com a chegada de uma mensagem quando o desbloquei vi as horas em seu relógio e lá estava o horário; 6;30, eu estava praticamente atrasada, subi todos os degraus do prédio entrei na porta do meu quarto, abri a porta do guarda roupa mas não conseguia enxergar uma sequer roupa "decente" para o momento de hoje.

Avistei a caixa meio empoeirada em forma circular, com as mãos eu a retirei do guarda roupa e a coloquei sobre a cama, com cuidado eu abri, ali dentro abrigava um vestido antigo de renda bordada com um babado florido estilo 80, eu não me lembrava muito bem de quem era aquela caixa, mas tinha o pressentimento de quem avia me dado.

Eu estendi o vestido o colando a frente do corpo olhando no espelho da parede, por fim eu o vesti sem remorso algum, pus uma bota de cano meio preta com cadarços esverdeados, passei a mão sobre os cabelos que se movimentavam de uma forma básica pelo seu comprimento muito curto.

Espirrei algumas gotas de perfume sobre o colo e pescoço, e mais uma vez me olhei no espelho. Delicadamente dava dois passos passando as mãos sobre meu reflexo sem sentir o tato do objeto tocado, olhei atentamente minhas mãos elas continuavam as mesmas mas sem tato, sem conseguir sentir nada, eu estava tão concentrada naquilo que mal lembrava do mundo.

- Horan tem um garoto te esperando lá embaixo pediu pra te chamarem.

Uma garota bateu na porta, que certamente o garoto já estava alí.

Peguei um bolsa de colo esverdeada, abri a porta e desci as escadas ainda de dentro do prédio já pode avistar a sombra sinear do garoto de madeixas pontudas louras.

- Uau.

O garoto exclamou ao me aproximar.

- Se brincarem com a minha cara a culpa é sua.

- Meus amigos não são tão idiotas quanto você pensa.

- Bom se é o que você diz, o que me resta é acreditar.

o garoto se curvou e estendeu a mão aberta.

- Aceita me acompanhar até o refeitório, garota do cabelo colorido?

- Acredito que eu saiba o caminho.

afastei sua mão até o seu peito, deixando um riso sair pelo canto da boca.

O garoto adentrou o segundo prédio onde abrigava além das salas de aulas, avia também o refeitório o que me deixava com uma pulga atrás da orelha, a este horário o refeitório já estaria fechado.

- Pra onde está indo? O refeitório já está fechado neste prédio só o que há é salas estádio, arena e o refeitório.

Perguntei selando os dois braços.

- Você não conhece minha família, acho que eles fazem de tudo pra sair perfeito.

- Não tá querendo me dizer que eles roubaram a chave do refeitório? Se tiverem feito isso estamos ferrados se descobrirem.

- Ei, tenta... Aproveitar, quero te provar que quando disse que seria seu amigo eu falei sério, e se esse é o preço, eu vou correr atrás.

- Está bem, então.

O garoto pegou minha mão, e abriu a porta do refeitório, minha primeira visão do espaço eram de alunos da nossa sala, aviam alguns, aqueles eram a família de Katsuki?

- Vocês chegaram! Pensei que tinha se perdido, Kachan.

Disse o amarelado indo em direção de Bakugou.

- Kachan?

Perguntei curiosa.

- Meu Deus então você é a famosa Shoyo, é um prazer imenso te conhecer, desde que me falaram de você fiquei ansiosa pra te ver, meu Deus seu cabelo que babado, Que lindo, que tinta você usa?

A garota rosada se aproximou sorrindo de orelha a orelha.

- E aí chegou Bakugou, vocês até que não demoraram cadê a... Shoyo, é um prazer te conhecer, ficamos sabendo que era namora- AMIGA DO BAKUGOU

Bakugou pisou no pé do garoto de madeixas vermelhas.

- Caraca, você existe mesmo, e eu jurava que era mentira do Kachan, prazer Kaminari Denki, o mais gostoso e engraçado do grupo.

o Amarelado se curvou, o que me fez dar um risada não muito alta.

- Tá sorrindo, é a primeira vez que vejo seu sorriso...

Disse o garoto falando baixo olhando em meus olhos.

- Tô voltando a sentir aqueles sentimentos que eu falei que odiava, é uma pena.

- Tem razão, uma pena ter que deixar a Shoyo teimosa e louca pra trás ha ha.

- Agora eu posso dizer, você é meio louco.

Disse fitando os olhos cintilantes do garoto.

- Olha que conexão, eles são feitos um pro outro que inveja.

Disse a rosada tomando em um só gole um copo inteiro de soda.

- Kirishima ela te deu chance só falta o bote.

Disse Kaminari que foi atingido por um tapa de leve dado em suas costas pelo avermelhado.

- Pikachu cala a boca, enche essa tua boca com comida.

Falou Kirishima

- Tá se sentindo bem?

O garoto Katsuki virou o olhar em minha direção.

- É a primeira vez que eu sinto essa sensação de alegria depois de tanto tempo, então acho que está tudo bem.

𝐃𝐄𝐒𝐓𝐈𝐍𝐎 || 𝘉𝘢𝘬𝘶𝘨𝘰𝘶 𝘒𝘢𝘵𝘴𝘶𝘬𝘪Onde histórias criam vida. Descubra agora