Palavras aprisionadas

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[Shoyo Horan]

- Adeus, obrigada pela tarde!

Gritei acenando para o grupo(Kirishima, Denki, Mina e Jirou) que se direcionava para seu respectivo dormitório, deixando apenas eu e Bakugou na entrada do predio.         

- Nos vemos mais tarde?
Perguntou ansioso o garoto.    

- Não acha que ficamos grudados o suficiente? Passamos o dia juntos, já é quase noite, vamos acabar enjoando um do outro.
Zombei do Garoto.              

- Idiota. Até parece, nos vemos amanhã então, até depois molho shoyu.
Se virou partindo para dentro do prédio.

- Até Kachan.
Sorri vendo o garoto partir.

- Eu ainda mato o Denki por esse apelido.
Conversou baixo entrando no espaço.

Olhei no relógio de pulso que marcava as exatas 16:40, droga já estava tarde, isto é, hora da bronca por ter saído, bom vou adiantar logo isso.
Fui no caminho de sempre até ouvir do corredor uma voz diferente das de Sam e Near, só podia ser.. Não.

- Onde está a menina? Ela deveria estar na U.A, alguém como ela não pode sair deste prédio assim sem autorização, ela é um teste, é fraca, nem pra tomar conta dela vocês servem, vamos vão logo atrás dela.

Disse o diretor que parecia muito estressado dentro do laboratório.

- Senhor Nezu me desculpe, fui eu quem autorizei ela a ficar um tempo a mais fora da U.A, a garota passa quase todo tempo trancada dentro das salas de aula e este laboratório, precisava conhecer um pouco mais o mundo mesmo que seja por um pequeno tempo, não culpe o Near e nem a ela, eu sou a verdadeira culpada.

Se redimiu Sam como se estivesse errada. Eu avia me esquecido que após a bateria de exames todos os anos, o Sr. Nezu vinha para saber os resultados, droga é culpa minha.

- Não precisa se preucupar Sr. Nezu, eu estou aqui, o rato de laboratório chegou, satisfeito? Não coloque culpa na Sam e no Near, eu que saí sem autorização eles não tem culpa alguma, então não os culpe.

Abri com tudo a porta, dando de cara com os três que conversavam de uma forma alterada, Sr. Nezu por sua vez, veio até minha frente com uma expressão nojenta de raiva.

- Shoy-
- Ah então decidiu aparecer? Vem cá Horan, quem te deu permissão para você sair? Você nunca deu trabalho a ninguém nesse quesito, você sabe que não pode sair daqui assim, ainda mais sem autorização de ninguém.

Nezu, o diretor, disse atropelando as palavras de Sam, se intrometendo .

- Meus colegas me chamaram para dar uma volta, almoçamos e conversamos o que tem demais nisso? Eu não morri, ou seja; Não te dei prejuízo, na sua "pesquisa".

Eu sentia minhas veias correrem o sangue mais rápido. Eu era a única a passar por aquilo, não podia contar o que acontecia e ainda assim não podia ter uma vida como a dos outros.

- É, mas como você disse você é usuária desse teste, você não entende que isso pode salvar a vida de muitas pessoas? O projeto nova Individualidade vai ficar muito famoso após eu provar que dá certo.

Eu sentia a hipocrisia do homem a falar aquelas palavras que pareciam imundas ao meu ver, ele sacrificaria pessoas para fazer com seu "plano" desse certo.

- Se você acha que daria tão certo por quê ninguém te apoiou? por quê
ninguém te ajudou? Tá óbvio, é porquê é errado, é sujo, você colocar a vida de pessoas em risco pra encher seu bolso caso um dia isso desse certo, o que eu aposto que nunca vai dar.

Exclamei com os pulsos cerrados, olhando nós olhos de Nezu a minha frente.

- Shoyo pequena..-
- Sua garota imunda, quem é você pra falar alguma coisa com o seu superior? Se não fosse por mim, você ainda estaria fedendo naquele orfanato nojento, tenha mais respeito a mim, seu superior.
Ofendeu o Homem.

- Se eu tivesse a chance de escolha, mesmo que naquela época, eu aposto que eu teria ficado naquele orfanato "imundo", pelo menos lá, eu não estaria sendo pressionada, e com medo da morte a cada dia que passa.

- Já chega! Se você der mais um piu sobre esse assunto, ao menos para dizer que eu estou errado, eu mando te trancarem aqui nesse laboratório, e pode dar adeus para a "liberdade" que você ainda tem.

Disse ele com uma cara expressa de nojo, era impressionante a cada vez que eu olhava para a cara daquele imprestável quão nojo me dava.

- Não vai ter necessidade disso, eu aposto que a Shoyo já aprendeu a lição, obrigada por vim, vamos dar um jeito de consertar a máquina para vermos os resultados.

Conversou Near com um sorriso assustado nós lábios, logo após se curvou junto a Sam.

- Assim espero, Quando consertarem a máquina me avisem, eu quero ser o primeiro a ver o resultado dos exames.

E logo após saiu de sala.

- Shoyo o que foi aquilo?!
Perguntou Sam me olhando como se eu tivesse cometido um crime.

- Eu só falei a verdade, eu nunca saio da U.A, eu apenas fui perto da vizinhança, ele não podia ter falado daquele jeito com vocês, eu juro que não fiz por mal, eu não tinha a menor ideia que ele vinha hoje no laboratório, foi minha culpa ele ter falado aquilo tudo.
Me justiquei.

- É, mas isso quase custou a única e pequena liberdade que você tem, tenha mais cuidado pequena de uma próxima me avise com antecedência, ok? Não foi sua culpa, você só é uma adolescente, está certa em querer conhecer o mundo, não tem nada de errado nisso.
Passou a mão suavemente por meu rosto.

- Aquele urso, ou melhor rato, é chato demais, nós desculpe Shoyo, não queríamos que passasse por isso.
Disse Near tentando tirar a tensão da situação.

- Tudo bem, a culpa não é de vocês, vocês também são vítimas, são praticamente obrigados a fazerem isso, não guardo raiva alguma de vocês.
Sorri.

- Ah minha pequena.
A mulher veio e me aconchegou com um abraço caloroso.

- Eu também quero.
Near se juntou fazendo com que o abraço ficasse mais apertado.

- Ainda bem que tenho vocês..

𝐃𝐄𝐒𝐓𝐈𝐍𝐎 || 𝘉𝘢𝘬𝘶𝘨𝘰𝘶 𝘒𝘢𝘵𝘴𝘶𝘬𝘪Onde histórias criam vida. Descubra agora