4- Jogo de máscaras -Cap🔞

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Frio...

Frio...

Que frio...

Mais frio...

Frio...

Frio demais...

Congelante...

Seus olhos despertaram tão automaticamente que quebrava a fina camada de gelo prendendo os cílios, moviam-se devagar, seu corpo ainda estava completamente derrubado, estava na mesma posição ao qual adormecera, mas desta vez a temperatura do quarto não era mais incrivelmente fria quanto tá última vez que pregara os olhos sem se dar conta, pelo contrário, estava em uma temperatura agradável, ainda que o quarto tinha requisitos de nevasca que literalmente lhe invadira os sentidos em forma de tortura.

O causador de sua condição estava lá, sentado na mesma cadeira, onde passara a perna sob o outro joelho e permanecia a desfrutar de uma taça de vinho que estava em uma mesa o ao lado.

Tsunade notara a presença maligna que fazia seu sangue ferver mesmo que estivesse a quilômetros de distância, a cara feminina, enterrada em uma posição desconfortável e de frente para a parede do canto direito da cama, logo temia por se virar e encarar o tal sujeito.

Madara: Eu já sei que está acordada... *A maldita noção dele, quase fizera seu coração parar em segundos* - E então... dormiu bem, mademoiselle?

Silêncio
E acrescentando
Raiva

Madara: Teve bons sonhos comigo? *Ah, como ele era um galanteador barato*

- Sim, em um deles eu estourava a sua cabeça. *Disse tratando-se de frente e o encarando violentamente*

Ele apenas sorriu e largou a taça em cima da mesa, levantou-se da cadeira, e em uma postura viril, caminhou ritmado até ela.

Sentou-se na cama, bem próximo a linha do quadril dela, onde os olhares de ambos pareciam ferver em um instinto assassino, reprimido apenas pela decência, ou não, da situação.

As mãos livre das luvas dessa vez, passeava desaventurada do joelho ao quadril de Tsunade, parecendo ser um simples carinho.

Parecendo

Madara: Também tive bons sonhos com você... que tal compartilharmos nossos sonhos? Eu lhe mostro ao vivo, o que se passou em meus pensamentos noturnos e você, quem sabe, consiga realizar o mesmo?

- É bem típico da sua parte, ou seria tolice desejar alguém assim do meu estado. *Deu um leve sorriso forçado*

Ele ainda estava lá, sentado ao lado dela, mantendo uma face convicta e ao mesmo tempo fraca, olhava-a intensamente, não deixava nada escapar, o corpo debilitado mas mesmo assim admirável aos olhos masculinos, a pele tão machucada mas tão bela, e os olhos, ah, os olhos...cheios de raiva e confiança.

Madara: Você me odeia? *Perguntava frio e atento a resposta*

- Não acho que sentir raiva seja odiar.

Madara: Mas a raiva é o começo de tudo, eu tenho muita raiva de você, mas eu não conseguiria lhe odiar... mesmo que eu quisesse.

- Aposto como você quis.

Madara: Com certeza, mas me explique, por que eu não consegui?

- Porque seria mais fácil me matar ou me por em uma situação desprezível como essa... afinal, você não precisa odiar mortalmente alguém que está para morrer em suas mãos.

𝘑𝘰𝘨𝘢𝘥𝘢 𝘥𝘦 𝘮𝘦𝘴𝘵𝘳𝘦: 𝑂 𝑠𝑒𝑞𝑢𝑒𝑠𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝐺𝑜𝑑𝑎𝑖𝑚𝑒🔥Where stories live. Discover now