16- Nossos Reflexos

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Quer que eu lhe dê um motivo para viver?

Quer que eu lhe dê um motivo...

Quer que eu lhe dê...

Paralisação.

Não tão instantânea quanto foi a reação miraculosa e mais rápida que um impulso nervoso não lhe fizer digerir, aceitar ou até mesmo permitir tal contato, tais respirações tão bem sincronizadas que arrepiava o simples pensar de se tornar um uníssono. Mais veloz do que qualquer raio ou fúria interior, Tsunade tirou de si, o contato único daquela mão que lhe acarinhava e lhe exalava o puro desejo de tão compulsivo, tão tremulamente se fez após sua mão praticamente o engalfinhar e lhe segurar o pulso tão firme e certeiro feito um elástico soltando-se da pressão de um corpo.

Três segundos de uma encarada mortal que fizera Madara arrepiar-se docemente feito um gato assustado.

Tsunade: Mas que idiotice está dizendo? – finalmente sentia-se acordando de um pesadelo, onde quase sua mente lhe trai ao sequer requerer a ideia de deixar a cena rolar por mais alguns segundos do silêncio absurdo e muito sensual por sinal.

Madara: Solta o meu pulso por favor!

Tsunade: Já disse para não se mostrar fraco na minha frente!

Madara: Fraco? Acha que eu sou fraco? Olhe para você, como você acha que está viva? Por acaso não foi porque você precisou de mim? Tão bem quanto eu preciso de você?

Tsunade: Que lugar é esse? – neste momento, Tsunade soltara o pulso dele, até então marcado pela sua ira e se dirigia a gola da vestimenta dele com as duas mãos, fazendo-o impulsionar-se para frente, mantendo o contato na linha dos olhos –Como eu vim parar aqui?

Madara: Você adormeceu no caminho, por isso te trouxe até um lugar confortável.

Tsunade: Seu quarto?! – rangeu em fúria, o encarando mais forte.

Madara: Não vejo o por que do alarde, é o melhor local que há por aqui.

Tsunade: Dane-se, eu não quero ficar aqui, esse lugar fede a você!

Madara: Por isso eu achei que talvez o seu cheiro pudesse melhorá-lo.

Tsunade: Eu estou perdendo a paciência!

Madara: Sabe, eu tenho uma curiosidade...me pergunto o que aconteceria se a grande Tsunade perdesse completamente a paciência, e porque não, melhor dizendo...o controle?! – Ela respirou fundo, contou todos os números que deveria e se manteve mortífera a não fazer nada, somente continuar o encarando quieta. – O que foi? Não vai me bater?...Já sei, você não pode demonstrar fraqueza não é? Para você, essa raiva é uma fraqueza...mas não foi você mesma que disse que seria a única a tirar a minha vida?

Tsunade: Você não quer morrer não é Madara? Essa conversa não vai levar a lugar nenhum, se você não quer morrer, não me provoque, até porque, estando aqui, tão próximo de mim como estamos agora, duvido que você queria morrer neste momento.

Madara: Hum, então você vai jogar por este lado?

Tsunade: Já disse...seja fraco e vai morrer pateticamente e mais rápido do que possa respirar.

Madara: Então não me seduza desse jeito. – ela não aguentou em soltar uma risada sarcástica.

Tsunade: Eu pelo menos consigo...vai me acusar de que agora? Sou culpada pela sua fraqueza, pela sua burrice e agora vou ser culpada por mais o quê? Assédio sexual?! – soltou mais uma risada.

𝘑𝘰𝘨𝘢𝘥𝘢 𝘥𝘦 𝘮𝘦𝘴𝘵𝘳𝘦: 𝑂 𝑠𝑒𝑞𝑢𝑒𝑠𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝐺𝑜𝑑𝑎𝑖𝑚𝑒🔥Onde histórias criam vida. Descubra agora