𝘑𝘰𝘨𝘢𝘥𝘢 𝘥𝘦 𝘮𝘦𝘴𝘵𝘳𝘦: 𝑂 𝑠𝑒𝑞𝑢𝑒𝑠𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝐺𝑜𝑑𝑎𝑖𝑚𝑒🔥

12- Devaneios e Respostas

//Desculpem a demora, havia perdido a conta. Prometo que a espera valerá a pena.

O dia estava se tornando tarde, eram plenas três da tarde em um dia úmido pelas nuvens carregadas que se aproximavam de Konoha.

Remexia-se de leve na cama, agora sem o manto negro que lhe escondia o corpo, estava deitada em uma cama de um quarto médio e claro,embora parecesse abandonado à anos,sua cama dava para uma janela da parede, janela esta que permitia uma vista de um pequeno litoral entre os campos de Konoha, podia-se ver ao fundo, um lago se derramar na encosta, dando a sensação de se estar em uma ilha.

Acordava com os cílios a se separarem pela maresia, seus olhos iam de encontro ao teto, revestido com telhas antigas. Recobrava a consciência e erguia seu corpo, se pondo sentada à esbarrar em sua vista, o cenário do outro lado da janela, reconhecendo imediatamente o local que lhe dava uma nostalgia quase que inconsciente, silenciosa, passou a vista no quarto e se deparou com o outro sentado em uma cadeira, de braços cruzados e olhos fixos no céu onde podia ver da janela. Até que ele a notou também.

Tsunade: Aqui é...

Madara: Você se lembra – sorria em uma face estranhamente leve – Aqui é a Floresta, santuário dos Senjus, esta casinha era onde você brincava de se esconder com seus amigos de infância...

Tsunade: Porque me trouxe para cá! Eu não queria ver este lugar nunca mais!

Madara: Dói não é? Todas as suas lembranças de uma família inteira, de amigos, todas cravadas nas lembranças de um simples lugar...depois da morte do primeiro e do segundo, este local ficou proibido e ninguém mais veio, esta floresta pereceu com o tempo...

Tsunade: Aqui também era o seu lar.

Madara: Não, aqui nunca foi o meu lar...

Tsunade: Você se sacrificou e sofreu Madara...eu agora o entendo, não é muito diferente de como estou me sentindo.

Madara: Ainda acho que o que você sofreu não é o suficiente para dizer que sabe como me sinto...qualquer ser humano que me entenda, estará fadado à perdição.

Tsunade: A paz de muitos pelo sacrifício e sofrimento de poucos... – relembrou nostálgica – você me perguntou isso e eu não tinha uma resposta.

Madara: Acha que poderá cessar o meu ódio simplesmente descobrindo a resposta para um pensamento?

Tsunade: Esteja certo de que eu descobrirei essa resposta! – sua determinação era visível e irritante os olhos do Uchiha.

Madara: Está tendo a audácia de se por no meu lugar? Ou pior, acha mesmo que pode me entender?

Tsunade: Era isso o que você queria desde o início...este papo de que não me odeia mas somente sente raiva, não acha que a essa altura isso não é clichê demais? – Madara irritava-se mortalmente a lhe avançar e segurar os dois pulsos e encará-la de frente, sentado na cama.

Madara: O que você está insinuando? – sua voz era assustadora, assim como sua face irritada.

Tsunade: Ora, eu é que pergunto, depois daquela atrocidade que você fez, o assassino frio e cruel que estava praticamente me matando por dentro, literalmente me abraçou e demonstrou uma fraqueza que não é característica de alguém que só sente raiva!

Madara: Não me lembro disso, acho que a tintura afetou o seu cérebro!

Tsunade: Uma noite que tivemos e você já está sentimental assim?! – respondia com ironia, o fazendo rapidamente lhe desferir um tapa á queima roupa, onde a mesma foi parar deitada na cama, fechando os olhos e sorrindo em seguida,onde ao abri-los, o olhou novamente em fúria. – Agora é você quem ficou sem palavras... – ponha a mão de leve no lado da face, ainda marcado pelo vermelho do golpe –Madara, se você realmente quisesse me matar, já poderia ter feito à muito tempo, você teve todas as chances de me destruir mas não o fez...sabe por que disso? Sabe o por que de mesmo eu lhe fazendo provocações baratas você nunca fazer nada? Sabe por que você não me faz sentir dor?........Porque você por mais que tente, nunca consegue me desestabilizar, o que vem de você não é ódio.....porque você me ama...