Midinews

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Henry Cavill


Estávamos em pleno Julho, as férias estavam começando mas como Clara precisava trabalhar no museu eu resolvi não tirar minhas férias agora, mesmo eu sendo o dono do jornal. Era até engraçado de se pensar que anos atrás eu trabalhava em um jornal com Jorge, éramos colegas e então meu avô materno faleceu deixando a Midinews para mim e aqui estava eu sendo CEO e chefe do meu sogro. Jorge não pensou duas vezes em ser o rosto do Telejornal e aparecer no horário nobre.
Era um negócio e tanto trabalhar com aquilo, meu avô era brasileiro assim como a minha mãe, um dos motivos do porque meu português é tão bom, mas minha mãe não pisava no Brasil fazia anos e meus irmãos se afastaram desse lado da família, não que houvesse alguém aqui, mamãe era filha única então tínhamos mais contato com nossas raízes inglesas.
Mas Victor Jorge, meu filho, iria ter os dois lados da família, eu faria questão de ele aprender inglês logo cedo mas também o português, Clara já tinha entrado de acordo com aquilo.

Chega a ser estranho ficar pensando na minha família enquanto estou em uma sala de reuniões e tem estagiários tentando se mostrar produtivos, mas na realidade eu queria estar em casa com a minha família. As coisas não andavam muito bem no jornal, principalmente quando o prefeito da cidade resolvia entrar em guerra contra as drogas e entrava de helicóptero em um bairro de cidade com os policiais atirando nas pessoas na rua. Isso ocorreu tem alguns dias mas ainda repercutirá nas mídias, mas alem disso tínhamos uma corrente de outra emissora e os números de acesso estavam caindo.
Eram um caos mas que de acordo com o que ouvi da equipe de marketing e da contabilidade, iríamos sobreviver essa crise.
Assim eu esperava.
Não vim de uma família pobre mas não quero falir o Império que meu avô lutou para construir, fazia tão pouco tempo tinha assumido as coisas e agora tudo ia pelos ares? Não mesmo. Eu passava horas e horas trabalhando para garantir o sucesso do que um dia seria do meu filho, e ainda havia o casamento.

- Merda! - Exclamei em voz alta e os estagiários olharam para mim.

- Merda! - Exclamei em voz alta e os estagiários olharam para mim

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- M-me desculpe senhor.

- Iremos melhorar.

- Por favor não me demite.

Abria um sorriso me levantando da cadeira.

- Não falei com vocês, fiquem tranquilos. A apresentação está ótima é só que lembrei de um assunto com a minha esposa, preciso resolver. - Tento tranquilizar eles e saio indo para minha sala, meu escritório ficava naquele mesmo andar, uma sala enorme com as paredes em madeira e sem janelas para dentro do escritório mas com uma vista linda da cidade.

Me sento na poltrona de couro diante da mesa de mogno e pego meu celular, ligando para a Ana, havíamos ficado bem próximos após tudo que já ocorreu entre nós. Conheci Ana assim que vim morar no Brasil, eu saí com uma mulher linda e acabei descobrindo que ela namorava, e Ana era a mulher sendo traída que nos pegou na cama. Eu quem pedi desculpas a ela mas nunca mais nos falamos até que após a festa de Carnaval da Clara, Ana veio me ligar e começamos a conversar mas novamente não nos falamos para não deixar a Clara incomodada ou a Jéssica, atual da Ana.
O pior foi o que ocorreu depois.
EU me odiava por isso, eu estava bêbado e em uma festa tentando esquecer a Clara que havia me dado um pé na bunda e lá estava a Jéssica pronta para mim, quando vi já estava na cama com ela e o outro rapaz Daniel. Um erro que não cometirei jamais, odiei ferir a Ana novamente e lutava pela nossa possível amizade.

- Ana? - Chamo quando ela atende.

- Há! Oi Cavill, a Clara já te ligou?

- Hoje ainda não, - Me inclinou sobre a mesa, apoiando meus cotovelos, já ficando preocupado. - porque? Aconteceu algo?

- Não, só quis dizer que a Locanda já está reservada, só precisamos definir a banda e podemos escolher as cores.

- As cores serão creme, branco e rosa pastel. - Digo o que eu e Clara havíamos debatido em uma noite.

- Ual! Que decidido. - Podia ouvir sua risada ao fundo, após mais algumas conversas sobre a banda ao qual definimos que será uma banda local e o resto será música eletrônica. Tudo estava de acordo com ela. - Bom, parece que só precisamos resolver suas roupas, esperar o resto ficar pronto e o casamento vai acontecer.

Nesse momento eu abria um sorriso, sem a Ana nada disso estaria ocorrendo.

- Obrigado, Ana. De verdade, por ter me perdoado e por ser tão boa amiga. - Falo sincero.

- Sabe, eu sou a melhor amiga da Clara, faria qualquer coisa por ela.

- E por mim? - Brinco.

- Estou começando a gostar de você, mas não abusa. Case com a a minha amiga e poderemos pensar nisso. - Após uma breve despedida eu desligo o celular.

Aperto o interruptor no telefone fixo encima da mesa e pedia para minha assistente entrar, era uma jovem garota asiática que corre nos saltos segurando as pastas que pedi, ela as joga na mesa e saia apressada, Clara disse que ela agia dessa forma porque me queria. Eu disse a ela para não se preocupar, não havia nenhuma mulher no mundo para mim desde que vi a Clara naquele corredor no Carrefour.
Quando nos conhecemos na festa Natalina, eu jurava que era a bebida me fazendo ver coisas, mas ali estava a mulher que atormentou meus sonhos, usando um moletom do Harry Potter e rindo com um outro homem.
O alívio que senti quando na verdade era o irmão gay dela.

Se a Clara soubesse o quanto eu a amo

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Se a Clara soubesse o quanto eu a amo.
Será que ela sabe? Tenho medo que esses dias tenha afastado ela, estou fervendo de paixão mas ando exausto e ela as vezes também. Só queria uma forma de dizer que ela é. A mulher da minha vida para sempre.
O pedido de noivado não parecia o bastante.
Chamo minha assistente novamente, mas dessa vez pedindo que ela envie flores para o museu da Clara, com um bilhete dizendo que eu a amo.
Isso não é o suficiente mas é o começo, só espero que ela não pense que estou a traindo.

- Senhor Cavill, tem uma ligação internacional na linha 2. - Minha assistente diz e eu atendia a ligação quando ela saia.

- Cavill falando. - Atendo com minha voz profissional, então fico em silêncio por uns instantes, quando a ligação termina eu desligo o telefone e Ponho a mão encima da minha pulseira.

Ano passado a Clara me ganhou uma pulseira de micangas coloridas, era uma coisa brega e nada masculina, mas eu usava como amuleto da sorte desde então, passando meus dedos pelas pedras e pensando na ligação que eu havia acabado de receber.
Meu pai estava doente, era meu irmão Anthony dizendo que nosso pai teve uma parada cardíaca mas estava vivo, eles queriam que eu fosse para Londres.

O Casamento do Chefe do Meu Pai (+16)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora