CAPÍTULO DOIS.

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Doutor Sebastian Stan e a srta. Smith tinham vindo até mim na última semana atrás de respostas nas quais determinariam meu futuro, o meu bem estar, de ali em diante dei minha palavra de tentar me ajudar. Sebastian começou uma semana de terapia extensiva comigo, sem medicações, as primeiras duas sessões eu surtei algumas vezes, implorei para que ele parasse. Sempre segurando minha mão, Sebastian era calmo, cauteloso e sabia como se portar diante de cada situação fosse ele complicada ou não. Hoje ele voltará aqui, pediu para que eu separasse uma roupa de academia, eu não entendi ao certo o que ele queria, mas separei um par que havia na minha gaveta, não usado desde que cheguei a Seattle, um top nadador preto com rosa, e a calça no mesmo modelo.

O vesti e me olhei no espelho. Quem era aquela? Sinceramente eu não me reconhecia mais. Antigamente eu frequentava academias, mostrava nas minhas redes sociais o quanto a vida saudável era perfeita e essencial.
Essa Lea não existe mais, não por enquanto.

Enquanto me admirava no espelho com uma das minhas músicas favoritas tocando, ouço o carro de Sebastian chegar, dou uma última olhada para mim e crio coragem para descer. Abro a porta e o vejo, ele estava em uma regata branca e uma bermuda preta, claramente iríamos treinar e isso já me fez desistir de sair da cama.

- Você falou sério mesmo, não é?
Sebastian sorri.

- Entrou na onda, eu gosto disso. - disse ele se aproximando da porta.

- Hoje não vou entrar, vamos treinar aqui no quintal.

- Você escolheu uma garota sem braço esquerdo pra treinar? Que tipo de médico é você?

- Eu disse que seria físico? - Sebastian me olha com olhar de mistério e sorri de canto.

- Qual o sentido de estarmos vestidos assim?

- Você é muito apressada. Venha.

Sebastian me leva até o quintal, lá era um lugar mais abandonado da minha casa, sem muita decoração, apenas a grama e o portão de madeira que a envolvia.

- Aqui está ótimo.

Sebastian estica os braços para cima e se espreguiça.

- Você é estranho. - Digo.

Ele ri.

- E você é abusada.

Rimos.

- Você vou começar com você um treinamento de oitenta e cinco dias. Ele vai requerer muita força de vontade, atenção, cuidado, e carinho a si mesma. Eu vou te testar todos esses dias, você vai enfrentar os seus medos e vai me mostrar que ainda é a mesma Lea de antes. Mas sem choro? Sem cair? Não! Quero que você me mostre sua parte humana, quero de você sinta que pode dominar qualquer coisa. Se no final desses oitenta e cinco dias você não demonstrar resultado algum, precisaremos entrar com medicação. Posso contar com você?

- Uau!... Eu vou precisar de um tempo para pensar.

- Contanto que você não seja arregona... - Riu.

- Eu não sou arregona.

- Então me prove. Faça isso por você.

- E o que mudaria?

- Tudo, Lea.

Ótimo, eu estava lidando com alguém que sabia muito bem como me intimar, eu não gosto de desistir, ainda mais desistir sem tentar, mesmo que minhas forças não estavam em mim naquele momento.

- Então você vai ver, Doutor, que eu não sou uma arregona. - Estendo a mão para Sebastian em posição de cumprimento. Ele sorri enquanto me olhava com um olhar de aprovação e aperta minha mão.

- Eu sabia que você não era uma fracote.

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