CAPÍTULO SETE.

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Alguns dias haviam se passado e eu já me sentia tão nova, não parecia mais a mesma garota do começo, mas ainda sentia uma necessidade imensa de revirar memórias e ver como minha vida tinha mudado de cabeça pra baixo.

São oito da manhã e estou virada para cima olhando o teto do meu quarto a quase vinte minutos, imóvel. Uma onda de maus bocados toma conta do meu corpo e eu sinto uma necessidade imensa de chorar, eu não sabia o que teria ocasionado aquilo, mas passava em minha cabeça o rosto de Emma, ela estava rindo e correndo por um gramado e eu chorei, chorei tão alto que se tivesse alguém a menos de um raio de distância, me ouviria certamente. Em um desespero repentino me levando de imediato da cama e vou até o banheiro, vejo que o reflexo daquela garota não é o mesmo que eu estava acostumada, era uma garota fraca, uma idiota que só sabe pensar no pior de tudo, uma tremenda estúpida que só pensa no lado ruim das coisas.

Com força extrema e sanidade esgotada, arremesso minha cabeça contra o espelho três vezes, número exato em que o carro rodou naquela rodovia, número exato de vezes em que gritei o nome de cada um lá dentro. Na terceira vez já não tenho mais forças e caio no chão, minha vista fica preta e não consigo mais ouvir ou ver nada, eu estava inconsciente.

- Lea, Lea acorde. Consegue me ouvir?
Vou abrindo meus olhos vagarosamente e com muita dificuldade para me mover.

- Não se mova, você está machucada.
Depois de alguns minutos consigo abrir meus olhos e virar um pouco meu pescoço para o lado, era Edward, ao lado de Sebastian e minha mãe, que segurava minhas mãos.

- Lea pode me contar exatamente o que aconteceu?

- Eu.. Não me lembro.

- Não lembra mesmo ou prefere fazer do jeito difícil?

- Disse minha mãe irritada.

- Senhora, é melhor deixá-la sob nossos cuidados, preciso conversar com ela. - Disse Sebastian.

- Bom... Você não aparenta ter tido nenhuma lesão grave a não ser externa, seu desmaio pode ter sido ocasionado pela força na qual você bateu sua cabeça. Espero que fique bem, Lea. - Diz Edward se retirando.

- O que houve?

- Eu que deveria lhe perguntar isso.
Sebastian parecia decepcionado comigo, estava de pé ao lado da cama, braços cruzados.

- Eu quero te ajudar no mesmo tanto que você quer acabar consigo mesma, Lea. Infelizmente não sei mais como agir.

De imediato essas palavras penetram em mim e me fazem chorar novamente.

- Por favor, não quero que chore.
Sebastian se senta ao meu lado da cama.

- Você precisa me deixar ir.

- Não, eu vou demorar muito ou talvez nunca aceite fazer isso, Lea.

- Sebastian, cai na real, eu não estou bem, e eu não sei se ficarei, não tenho motivos pra ficar.
Sebastian inclina sua cabeça até mim e me beija, leva sua mão até minha barriga e acaricia a mesma em movimentos delicados, com a outra ele segura meu rosto e continua a me beijar, eu cedo a cada toque e movimento, sinto borboletas tomarem conta do meu estômago e meu corpo arrepiar. Sebastian se afasta e me olha.

- Eu posso ser um motivo pra você?

85 ∂ıαs cσм ѵσcє. Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin