04 "No passado".

1.7K 124 20
                                    

[Hogwarts 15 de agosto de 1977 - escritório do diretor.]

Albus Dumbledore era uma pessoa excêntrica, tanto por suas roupas extravagantes e coloridas quanto por seus pensamentos. Só que o que ele mais se orgulhava em sua vida era ser o diretor da escola de magia e bruxaria de Hogwarts. Sabia tudo o que acontecia por lá, conhecia muito bem cada canto daquela escola, bem, talvez não tanto quanto os marotos, mas conhecia muito bem.

A escola estava estranhamente calma

"Deve ser por causa das férias" – Ele supôs corretamente. A verdade, no entanto, é que ele sentia falta das crianças pelos corredores, da agitação, do caos e que a chefe da Grifinória não o escutasse, mas ele era um grande admirador das brincadeiras dos marotos – claro, aquelas que não envolviam ridicularizar outro estudante, mas eles já haviam parado com isso, enfim amadureceram – vez ou outra até se pegava imaginando qual seria a próxima travessura que eles fariam. A verdade é que ele via um imenso potencial naqueles garotos

Ah sim eles possuem grande poder e inteligência – Ele elogiava, até mesmo em Peter ele enxergava potencial.

Esse era outro fato curioso sobre o velho mago – isso era o que ele mais gostava – ser professor, reconhecer o melhor nos estudantes, ele não valorizava seus feitos como os outro faziam, não estava interessado em todo o prestígio e reconhecimento por " ser aquele que derrotou Grindelwald", não, por Merlin, não, por mais que ele reconhecesse que seria necessário usar tal "poder" para deter Voldemort.

Nesse dia em particular Albus estava se sentindo frustrado, acabara de sair de uma reunião com sua organização – a ordem da fênix – e descobrira que fora dos muros da escola, as trevas ganhavam cada vez mais espaço, acreditava que muitos de seus alunos estavam se juntando aos comensais da morte, uns por medo, pressão familiar e outros, bem, por compartilhar a mesma ideologia, essa suposição o assustava

"São apenas crianças" – Ele pensava.

Outra coisa que o estava incomodando era o sentimento de que algo grande e importante estava por vir e esperava que, o quer que isso significasse, fosse capaz de deter Tom Riddle.

Como se atraído por esse pensamento, um clarão tomou conta do escritório do diretor e um casal apareceu caído no chão, junto de seus malões. Seu primeiro instinto foi pensar que eram invasores – o que de certa forma não deixava de ser verdade – ou comensais da morte

"Mas não é possível aparatar em Hogwarts e comensais da morte não estariam tão fracos" – Com esse raciocínio ele logo descartou o pensamento original e se pôs a analisar os jovens.

O garoto era estranhamente semelhante ao seu aluno James Potter, até iguais ele diria, todavia...

" O Sr. Potter não tem todas essas cicatrizes, muito menos essa em formato de raio em sua testa não certamente não é James"

Sabia que aquela cicatriz fora causada por um feitiço – uma maldição – poderoso (a) e mais poderoso o bruxo por ter sobrevivido. Continuando sua vistoria, notou que os adolescentes possuíam várias cicatrizes, cicatrizes de guerra.

"Curioso" – Pensou.

Não passou desapercebido a escrita a força que a garota possuía em seu braço

"Sangue-ruim "

"Certamente não são comensais" – O velho concluiu.

Quanto mais os analisava mais a sensação de que havia falhado com eles crescia dentro do seu peito, não entendia esse sentimento porquê até então essa era a primeira vez que os via.

Decidido a descobrir quem eram, Albus os levitou até a enfermaria da escola –não sem antes enviar um patrono para a Minerva pedindo para que ela o encontrasse na enfermaria. Foi recebido por um grito de horror de madame Pomfrey e um olhar assustado de Minerva.

– Alvo, quem são esses? Merlin, estão tão feridos, parece que acabaram de sair de uma guerra! – Exclamou horrorizada a medi-bruxa – Ande, ande, ande coloque-os nas camas para que eu possa começar a curá-los – Poppy apressou o diretor, se atrapalhando nas palavras por estar muito angustiada com os ferimentos.

– Bom, primeiro não sei quem são eles. Sim eles estão muito feridos, eu sei, espero que possamos ajuda-los – Dumbledore respondeu calmamente. Dito isso colocou o garoto em uma cama e a garota em outra.

A cada diagnóstico a expressão de horror aumentava nos rostos dos três bruxos, e alguma coisa em Poppy lhe dizia que ela já havia curado aquele rapaz diversas vezes – como se ele já estivesse em sua enfermaria antes.

– O garoto foi alvo, inúmeras vezes, da maldição cruciatus, quebrou duas costelas, provavelmente na queda no escritório do diretor, também há desnutrição, fora os incontáveis machucados espalhados por seu corpo, no entanto, os ferimentos não chegam a ser profundos e bem, essa cicatriz em formato de raio, essa eu não consegui curar – Concluiu o diagnóstico do menino, então voltou-se para à garota – Já a garota possuí um braço quebrado, também causado pela queda, algumas cortes e queimaduras espalhados pelo corpo e também há desnutrição – Concluiu. Dito isso fez o casal beber algumas poções, começou a espalhar pomadas e algumas poções pelos ferimentos, também os cobriu com algumas ataduras.

– Isso.. Isso.. Isso é um horror! Eles são apenas jovens – Exclamou uma Minerva horrorizada, gaguejando um pouco até sua voz se firmar – Albus quem você acha que seria capaz de tamanha crueldade? – indagou ainda em estado de choque.

– Não sei quem fora capaz de tamanha monstruosidade – Respondeu o diretor, mas no fundo o velho sentiu, alguma coisa lhe falava – uma espécie de certeza que Tom estava envolvido – Vamos ter que esperar eles acordarem pra saber, e bem, algo me diz que será um longa conversa – Complementou com um pequeno sorriso no rosto.

– Ahhh, não espere que esses dois acordem hoje, o melhor não espere que eles acordem essa semana, com tantos traumas que sofreram eles precisam de tempo para descansar, na verdade, é até melhor assim, o corpo irá se curar enquanto estão desacordados e eu poderei ministrar as poções para a recuperação – Poppy concluiu em tom de que aquilo não estava aberto para discussões e Albus e Minerva apenas assentiram. Madame Pomprey sabia das coisas era melhor concordarem.

NOTAS DA AUTORA

Espero que estejam gostando da história ;)

Deixe aqui em baixo o que você está achando da história, sugestões e opiniões ;)

Construindo meu futuro - HARMIONEWhere stories live. Discover now