25 -"Expecto patronum! Parte UM"

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Notas inicias: Esse capítulo foi dividido em duas partes.

[...] porquê em um espaço onde o tempo não seria capaz de alcançar, onde o destino não poderia interferir, começava uma pequena e exclusiva reunião.

Capítulo 24, Construindo meu futuro.


Algumas vezes em nossas vidas, não conseguimos dar o próximo passo. Ficamos com tanto medo de alterar aquilo que é constante, estável e confortável em nossas vidas, que nos escondemos. Escondemo-nos de nossas próprias escolhas, de nossos compromissos e de nossos acordos.

Ficamos protelando e protelando... prorrogando e prorrogando. Tentando com todas as nossas forças, adiar o inevitável.

Tentamos desesperadamente acreditar no impossível.

E era isso o que acontecia com os protagonistas desta história.

Desde que embarcaram nesta aventura ao passado haviam coisas importantíssimas que estavam sendo negligenciadas como:

Voldemort, futuro de merda, horcruxes, acordo com Morte, Merlin e Morgana.

Não necessariamente nessa ordem, mas em resumo era isso o que estava sendo deixado de lado. Jogado para escanteio.

Eles haviam entrado naquela escola com um propósito: Mudar toda a linha temporal. Derrotar Voldemort.

Mas as coisas nem sempre saem como aquilo que planejamos.

E ninguém, ninguém mesmo, poderia julgar nossos protagonistas. Afinal eles eram apenas dois jovens.

Dois jovens, que haviam tido a adolescência e até mesmo a infância roubada devido a uma guerra. Uma guerra que eles não haviam iniciado. Uma guerra que eles não tiveram escolha de não participar.

Afinal, uma guerra não é só o dia em que as varinhas são empunhadas e as maldições são lançadas. Não, de forma alguma.

Uma guerra começa nos pequenos movimentos. Uma guerra é, sobretudo, uma disputa ideológica, política. Uma disputa pelo poder.

Para Harry a guerra foi insana, dilacerante. Injusta.

A guerra havia roubado tudo aquilo que ele mais amava. Havia roubado seus pais, havia roubado Almofadinhas, havia roubado tempo com seu tio Aluado. Havia roubado sua infância perfeita.

Aquilo não era justo!

Ninguém deveria ter o destino selado antes mesmo de nascer.

No entanto, para Hermione, as coisas haviam sido diferentes.

A guerra não havia de fato roubado seus familiares queridos, não de uma forma que ela jamais poderia encontrá-los a não ser nos jardins da memória. Mas a guerra havia roubado sim suas pessoas preferidas no mundo. Ela havia deturpado a personalidade delas a ponto de que, para Hermione, conseguir se lembrar dos dias bons, das memórias felizes, era um esforço épico.

Mas a dor, a perda, não vem só de ver sua família morta.

Não.

Há muitas formas de perder alguém e acreditem Hermione Granger também havia perdido muito para a guerra.

Ela havia perdido dias normais, dias em que tudo o que era necessário era se sentar com seus dois melhores amigos e relaxar, sorrir e brincar.

Ela não havia tido aquilo.

Construindo meu futuro - HARMIONEOnde as histórias ganham vida. Descobre agora