- CAPÍTULO DEZOITO - Oblivio

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De repente eu lembrei daquele dia, o dia em que faltavam quase uma semana para os exames finais, mas parece que foi ontem...

Estávamos em nosso primeiro ano e todos gostavam do maldito Potter...Ah Potter isso! Potter aquilo! Vocês viram como ele apanhou o pomo? EM POUCO MAIS DE CINCO MINUTOS DE PARTIDA? DEVE TER SIDO UM RECORDE! Mas ninguém falava que ele apanhou com a boca! Que outras coisas eu me pergunto que Potter seria capaz de apanhar com a boca atualmente?

Eu estava de saco cheio, não aguentava mais, por todos os cantos o assunto ia e voltava para Potter, veja bem ele era tudo o que eu queria ser, (sem a parte dos pais mortos e ter sido criado por trouxas obviamente) ..., mas o garoto era conhecido e amado sem esforço algum, e tudo o que eu tinha era o medo, medo pois as pessoas temiam a minha família, mas eu sabia o que sussurravam quando não estava por perto, "a família Malfoy grande seguidora de você-sabe-quem que convenientemente alegou que estava sob influência de feitiços inomináveis quando o Lord das trevas caiu em desgraça" Covardes, mas o medo me servia bem, e se eu não pudesse ter aliados de uma forma, eu teria de outra.

Até que um belo dia a sorte me sorriu e tive a sorte de ler o bilhete do Weasley falando sobre o resgate de um tal dragão no alto da torre de astronomia, seria minha chance de acabar com a farra de Potter, e de quebra da sangue ruim, tudo o que eu tinha a fazer era contar sobre o plano para a velha enrugada professora Minerva, mas claro que sendo quem eu sou os meus planos não dariam certo, veja bem eu já devia saber desde daquele momento que tudo o que eu planejasse estaria fadado ao fracasso...

Acompanhei a movimentação suspeita durante o dia todo, os dois se esgueirando pelos corredores, até que nada... simplesmente sumiram, não os encontrava em canto algum, era quase como se eles conseguissem ficar invisíveis, o que não poderia acontecer mesmo que a sangue ruim sendo quem era, uma sabe tudo, era impossível que dominasse tal magia, mas eu tinha que pôr o plano em prática, me aproximei da torre de astronomia e sabia que seria uma questão de tempo até eles aparecerem não podia perder a oportunidade, até que senti um puxão em minha orelha

-AI!!!!! – A professora Minerva num robe de lã escocesa e rede no cabelo, me segurava pela orelha com aquelas mãos de galinha depenada com uma incrível força.

-Malfoy! Como ousa desrespeitar as regras da escola e a andar pelos corredores tamanha hora da noite? Está detido! – gritou – e são vinte pontos a menos para Sonserina. Perambulando no meio da noite! Como se atreve...

- A senhora não compreende, professora, Harry Potter está vindo aí, vem trazendo um dragão.

-Que absurdo! Como você se atreve a contar tais mentiras? Vamos: vou conversar com o Prof. Snape sobre você Malfoy! E antes que eu me esqueça! Fique você sabendo que vou descontar cinquenta pontos de sua casa!

A professora me levou todo o caminho até as masmorras pela orelha resmungando todo o maldito caminho, Parabéns Malfoy! Deu tudo errado...a velhota só queria uma desculpa para descontar pontos da minha casa e dei o motivo perfeito!

Não estava tão preocupado com o sermão do prof Snape, sabia que ele gostava de mim e, portanto, não ia dar em nada, mas infelizmente não podia estar mais errado, ele ainda me descontou vinte pontos naquela noite e deixou minha punição a cargo da McGonagall.

Embora eu tenha perdido setenta pontos em uma só noite sabia que se dependesse de Snape ganharíamos o dobro apenas por respirarmos, porém o estardalhaço valeu a pena pois no dia seguinte da posição de aluno mais admirado Potter passou para o mais odiado, todas as três casas exceto a minha que já praticavam de bom grado o ódio a Potter se juntaram ao coro ao saber que ele tinha sido responsável por acabar com as chances da Grifinória nos passarem na pontuação para a taça das casas e caindo automaticamente para a quarta posição, era de conhecimento geral pelos sonserinos do ressentimento que os alunos de corvinail e lufa-lufa vinham nutrindo por nós nos últimos sete anos, mas o que eu poderia fazer se o nosso grau de excelência jamais poderia ser alcançado por quem aceita nascidos trouxas como alunos?

A Redenção da SerpenteWhere stories live. Discover now