capítulo 13

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Durante o jantar não falamos muito, até que Cláudia quebra o silêncio:

Cláudia: meu filho vem me visitar amanhã aqui, ele vai passar alguns dias.

Pogo: que bom, quantos anos ele tem?

Cláudia: 17.

Pogo: vai se dar muito bem com as crianças aqui.

Five: crianças?

Ben: não provoca, Five.

Cláudia: sim, vocês são todos crianças.

Pogo: por que o Klaus não veio comer?

Ben: ele tá meio doente.

Grace: eu mesma fiz os curativos nele.

Pogo: como assim curativos?

Grace: ele levou um tiro no ombro, no mesmo que tinha machucado uns dias atrás.

Cláudia: como alguém leva um tiro sem sair de casa?

- estávamos mexendo em algumas armas da coleção do papai, aí aconteceu esse acidente, desculpe.

Cláudia: amanhã mesmo começamos uma rotina mais pesada, vocês não podem ficar livres por pouco tempo que já fazem besteira!

O clima ficou tenso na mesa, mas logo fomos todos deitar, o dia seguinte seria bem complicado ainda mais com a chegada desse filho da Cláudia. Eu já estava arrumando as cobertas quando sinto cócegas geladas no meu pescoço.

- aii que isso.

Five: calma, só vim trazer essa flor para a dona do meu coração.

- wont, eu não tô acostumada com você assim tão fofinho.

Five: você sabe que é só pra você.

Ele fecha a porta e enlaça minha cintura com os braços, suas pupilas dilatam tanto que dá a impressão que seus olhos são pretos.

Five: me concede uma dança de boa noite?

- com certeza, amoremio.

Começamos a rodopiar e dançar ao som de nossas próprias risadas. Ele me faz sentir como se eu tivesse começado a viver só depois do primeiro beijo. Ele é a minha razão de querer viver.

Five: vou para o meu quarto, tenha uma boa noite e sonhe comigo.

- boa noite, sonhe comigo também.

Carinhosamente ele beija minha testa traçando uma linha até meus lábios, se demorando ali tempo o suficiente para me despertar inúmeras borboletas.

- eu te amo tanto.

Five: não tanto quanto eu.

E some tão rápido quanto tinha aparecido, deixando novamente aquele frio e vazio que a ausência dele me causa. Só havia a flor que ele me deu, uma rosa vermelha recém tirada do jardim com as pétalas cheias de orvalho.

Uɴғᴏʀᴇsᴇᴇɴ || Five Hargreeves Where stories live. Discover now