capítulo 55

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Uma banheira cheia de água cristalina está à nossa espera. O banheiro é grande e de uma anatomia diferente, a pia é no formato de diamante e o vaso sanitário é indescritível pois a forma dele é estranha e intrigante, porém a banheira é normal apenas toda decorada.

five: clima agradável nesse planeta né?

- sim.

five: a sua mão está melhor?

- an?

five: você tinha torcido no vestido aquela vez e eu acabei nem colocando a faixa nela.

- ah, na verdade acho que foi só mal jeito na hora porque depois não senti mais nada.

five: ah que bom, mas e aí? Vamos tomar banho?

- vamos.

Five fecha a porta e retira a camiseta deixando o abdômen magro à mostra, retiro também minha camiseta enquanto ele termina de tirar os sapatos e a roupa ficando de costas pra mim. Ele entra na banheira e coloca sabonete na água enquanto eu termino de me despir. entro na água morna que relaxa minhas pernas cansadas, a banheira é grande o suficiente para caber nós dois bem acomodados.

five: vira de costas que eu vou tirar esse sangue seco de você.

- tá bom.

Me viro e ele cuidadosamente esfrega minhas costas e meus braços com uma esponja macia, a água é tomada por uma superfície de espuma avermelhada. Noto que Five se aproxima do meu pescoço, suspirando profundamente.

Five: é impossível resistir a você.

Me viro para olhar ele que está todo bobinho me observando apaixonado. Five passa uma mecha do meu cabelo para trás da orelha, deixando meu rosto mais visível, noto o desejo nos olhos dele. Claramente Five tem medo de se aproximar de mim por conta do trauma, para deixá-lo mais confortável passo uma mão pela nuca dele sorrindo, ele sorri de volta todo bobo. Nunca haverá nada que me faça mais feliz do que ver ele feliz. Me aproximo colando nossos lábios em um beijo calmo, enquanto ele faz a arte com os lábios, passa uma mão pela minha cintura me encostando na beira da banheira, Five fica por cima de mim me beijando com cada vez mais vontade. Borboletas se remexem inquietas e a sensação de tê-lo só pra mim me preenche. Five separa nossos lábios recuando para trás respirando ofegante enquanto olha o teto.

Five: você é minha e sempre será.

- e você é meu pra sempre bad boy. - ele volta o olhar para mim sorrindo genuinamente.

Terminamos de tomar banho e de nos vestir e vamos até a sala onde fago conversa com um holograma, mas quando nos aproximamos ele desliga o equipamento rapidamente.

five: tá escondendo o que?

Fago: nada, apenas tenho minha vida pessoal.

Five: vida pessoal sei.

- Five, para de implicar com ele. - Five apenas vira a cara como uma criança birrenta.

fago: tá tudo bem s/n, mas e aí, demoram no banho.

- pois é.

Fago: estavam se pegando né, nem me chamaram.

- mas que...

Five: e por que raios iríamos te chamar?

Fago: proposta do trisal ainda está de pé.

Five: denovo essa merda.

- vamos mudar de assunto por favor, vamos focar no fato que eu estou faminta e se eu tentar comer algo vou estar cometendo canibalismo.

fago: eles não comem só humanos tá, se eu sou vegano é porque existe outro tipo de comida.

- faz sentido.

fago: vou pedir pra algum drae trazer frutas para você.

Enquanto Fago manda um empregado que voa de maneira fofa ir buscar comida, Five observa uma bola branca de um aparente vidro.

- Five não...

Antes de eu ter tempo de falar ele derruba propositalmente o objeto no chão espalhando cacos por toda a sala.

Five: ops.

- por que fez isso? - falo baixo para apenas ele ouvir.

Five: câmera.

Fago: um sistema de segurança a menos, Oniar limpe isso logo antes que alguém se machuque. - a criatura fala em outra língua que eu não consigo entender absolutamente nada.

- o que ela fala?

fago: é a língua nativa desse planeta.

- como se chama esse planeta?

Fago: Venice.

- hm, e qualquer um entende o que Oniar fala?

Fago: sim, por que não entenderia?

- sei lá, é só uma dúvida.

Fago: hm tá bom né.

Uɴғᴏʀᴇsᴇᴇɴ || Five Hargreeves Where stories live. Discover now