A dupla perfeita

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Abro os olhos, está tudo tão claro... Parece que eu dormi por horas e continuo com sono, porém, não costumo dormir de barriga para cima, que horas são? Pisco várias vezes confusa, onde estou? Só vejo um teto imensamente branco que só me confunde mais. 

Eu não estava prestes a morrer? Aqui é o céu? Não, acho que o céu não seria o lugar ideal para mim... Viro então meu pescoço para o lado e vejo um rapaz loiro usando óculos cochilando sentado em um sofá no canto do quarto. Meu coração dispara na hora, eu conheço esse rapaz! 

— "Ããã... Ããã..."— Tento chamá-lo, mas não consigo dizer e mal consigo me mexer, sai somente um murmurio da garganta, é desesperador.

O rapaz me olha rapidamente e corre em minha direção.

—Joyce! Joyce!

— Ann... dd... — Tento falar novamente, mas estou tão fraca...

— Calma, calma! O médico disse que você não pode fazer o mínimo de esforço. Está tudo bem, você não precisa se preocupar com nada, só em se recuperar. — Ele acaricia minha cabeça e abre um sorriso — Que bom que você acordou, meu bem... Eu estava sofrendo tanto...

Fecho meus olhos curtindo seu carinho e retribuo seu sorriso, ainda bem que ele não me abandonou. Queria saber por quanto tempo estou dormindo e qual fim levou os homens que estavam me perseguindo, mas eu não consigo dizer.

Quando acordo de mais um cochilo — pelo menos acho que cochilei — não vejo mais André e sim meus pais, meu irmão e o médico, estão conversando sobre mim

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Quando acordo de mais um cochilo — pelo menos acho que cochilei — não vejo mais André e sim meus pais, meu irmão e o médico, estão conversando sobre mim.

— Ela irá precisar de muitos cuidados, pois seu cérebro ainda está se recuperando do ferimento.

— Olhem, ela acordou! — Jonatan o interrompe e todos começam a se aproximar.

— Ah minha menina! Você está  bem?

Respondo minha mãe balançando a cabeça, enquanto meu pai segura minha mão e meu irmão me observa com uma cara de bobo. Fico impressionada em saber que, mesmo eu abandonando minha família pela segunda vez, eles nunca seriam capazes de fazer o mesmo. Na realidade, todos são muito amorosos e eu nunca percebi, só retribuí com ingratidão e mais ingratidão.

O médico os orienta com mais algumas coisas e me dá alta, também precisa de algum familiar  para poder alugar uma cadeira de rodas, enquanto isso, só queria saber onde está o meu amor.

Peço uma água para Jon, e assim que ele sai do quarto para comprar, segundos depois André entra no quarto, até parece que ele estava esperando. Ele abre um sorriso tão lindo, que me contagia, segura minhas mãos e beija minha testa.

— Você está bem?

— Sim...

— Ah que bom, parece que você está um pouco mais forte agora.

— Eu vou embora... — Digo bem devagar com uma voz rouca.

— Diga para onde você vai que vou te visitar.

A gatunaWhere stories live. Discover now