Molotov

134 8 20
                                    

| Pessoal, obrigada a todos os comentários e todo apoio que vcs estão me dando! Seguirei escrevendo ❤️ E esse chap me inspirei em Days Gone, pra quem joga é um jogo que me lembra muito o Daryl ❤️ é isso. Amo vocês |

Daryl's Pov

— Droga! — Eu disse quando senti o barulho de uma pedrinha que entrava entre as rodas traseiras e fazia a moto parar.— Puta merda — Gritei. Isso me fez parar e encostar a moto no meio da estrada. Dei um chute nas pedras que estavam ao meu caminho e me ajoelhei para ver o estrago que tinha feito.

Não tinha como consertar, eu precisava achar peças adequadas para tirar a pedrinha dali.

Sentei no chão com uma faca de luta pequena em mãos, atento, como se estivesse pronto para atacar, qualquer zumbi de merda que aparecesse em meu caminho.

Já fazia mais de uma semana que eu estava na estrada e seguia em direção ao norte. Consegui encontrar no caminho um pouco de gasolina e comida, mas não eram o suficiente.Não é fácil achar suplementos. Viver por aí a mercê da sorte é cansativo. Você procura demais, cara. Você se fode demais.

As nuvens formavam desenhos surrealistas no céu encontravam com o topo de uma grande montanha. Em minha frente, havia um vale pantanoso, com vegetação baixa e úmida. Ouvi o barulho de alguns errantes idiotas vindo em minha direção. Nem nessa merda de estrada eu tenho uma paz, por um segundo que fosse?

Saquei a minha crossbow e acertei o cérebro molengo do zumbi. Ele caiu com o corpo desmembrado para frente e o outro veio se arrastando. Mirei novamente, puxei o gatilho e foi direto para o cérebro de minhoca dele.

Antes existia direitos humanos, agora existe zumbis. Que merda, né?

Não sei o que é pior, viver com medo dos errantes ou com medo do meu futuro. Algo que eu não tinha como mensurar, pegar entre os dedos, pois erra como se escorresse. Pois bem, o futuro parecia incerto. E eu nem sabia se iria sobreviver amanhã.

Mas isso não importava mais. Eu sinto que deixei de ligar para toda essa merda. Passei a não me importar mais com zumbis ou com alguém querendo me matar.

Eu não queria pensar neles. Se eu pensasse, eu iria ficar louco. Eu não queria pensar no fato de que talvez eu estivesse sendo egoísta demais.

Eu detesto me sentir assim, impotente, como se eu não fosse digno do amor e proteção da minha turma, mas algo me dizia que eu precisava tentar me encontrar um pouco.

Eu não queria assumir nada. Não queria estragar a vida de Beth com a minha carranquisse. Eu vivi muito mais que ela e acho que ela pode muito bem seguir sozinha. Eu sei, eu estou machucando ela, mas eu não quero a magoar mais ainda.

Eu faço isso quando começo a ver que talvez posso ser um empecilho na vida de alguém.

Quando a noite caía, eu precisava achar um lugar para ficar. É perigoso demais pelas hordas, você nunca sabia quando essas merdas chegariam e seria muito ruim pra tentar fugir.

Enquanto empurro a moto, avisto entre a mata uma casa construída com galhos. Tinha alguém lá, pois havia uma pequena chaminé instalada acima do telhado de madeira. Ando alguns passos e alguém grita:

— Parado! — Uma garota de coque sai dos galhos e aponta a arma para mim — Largue a besta! — Ela ordena.

No mesmo instante obedeço, deixando minha mochila e besta na grama e levanto meus braços.

— Tem mais alguém com você? — Ela pergunta asperamente e pega a  crossbow e colocar nas costas.

— Não. — Respondo.

Angels ForeverOnde histórias criam vida. Descubra agora