Angels Forever

Rabbit

Oi amores, voltei! Fiz um capítulo enorme com uma surpresa no final, então leiam! Quero desejar um feliz ano novo cheio de paz e sucesso para vocês e tenho que agradecer quem estiver lendo. Obrigada por lerem!!! ❤️

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Enquanto eu olhava garota dormir, Pensava do pai dela. Hershel era um cara legal, fazia o bem para todos que estavam à sua volta. Se um dia eu pudesse voltar atrás, eu mudaria a forma como as coisas aconteceram. Ninguém merece isso, cara.

Eu queria que o grupo estivesse aqui, queria dizer a Rick que sinto muito, mas não há mais como mudar isso.

A garota estava exausta. Ela havia dormido a manhã toda naquele colchão sujo e empoeirado.

Enquanto ela dormia, rondei pelos arredores da cabana para checar o perímetro. O negócio é não ter nenhum errante para nos surpreender depois, porque esses bichos nojentos podem chegar do nada e te dar um susto do caramba.

Eu não sabia o que falar a Beth. Nem sei se eu falaria algo! A menina é simplesmente tão frágil e talvez minhas palavras vão ofende-la, mas a realidade é que ela precisa crescer. Não sou babá dela, não sou o anjo da guarda dela, embora eu tenha um colete de anjo, eu não sou o salvador dessa garota!

Eu não odeio Beth Greene, mas não morro de amores por ela. Sei lá cara, as vezes eu me confundo. Em um momento Beth age como uma adulta madura e inteligente, em outro, ela age como uma total criança mimada. Isso me irrita profundamente.

Assim que a garota finalmente acordou de seu sono eterno, eu já estava começando a pensar no que iríamos comer. Naquela merda daquela casa que pegou fogo, tinha um monte de suprimentos. Agora que não tínhamos mais nada, teríamos que caçar e tentar a nossa própria sorte; mas acho que Beth deveria ficar na cabana e se proteger.

Eu iria caçar – ou tentar – dependendo da minha sorte. Deixei com a menina uma arma e uma outra faca caso aparecesse um errante nas redondezas. Ela tinha a faquinha dela, mas não sei, cara. Eu fico preocupado deixar ela sozinha, mas é preciso, já que estamos dividindo nossas tarefas, ela precisa cuidar de si mesmo e da cabana.

***

Depois de algumas horas de caminhada, entro em uma floresta fechada e cheia de uma vegetação muito áspera e pegajosa. O dia estava abafado, pelas nuvens escuras que se formavam, fora a umidade e o calor eram muito intensos. Fiquei um tempo andando e pensando que talvez se tivéssemos sorte, iríamos comer hoje. Eu não queria perder as esperanças, mas, se não encontrássemos nada nessa floresta de bosta, não sei se iríamos durar naquela cabana. Teríamos que nos migrar para outro lugar, tentar achar outra casa com suplementos, sei lá. Aquela outra casa era tão boa, não sei como não aproveitamos.

Entre pensamentos, bem distraído, tropeço na merda de uma raiz enorme (que não vi). Sou arremessado com contra o chão, sentindo meu rosto bater contra a lama molhada. Droga!

Xingo a porra da raiz em silêncio, tentando criar coragem para levantar novamente. Assim que abro os olhos, paro pensativo e respiro um pouco, pensando que talvez seria melhor se eu voltasse.

Pera, o que é isso se mexendo? Fico parado e ouço um barulho de galhos. Não devia ser de humano, pelo o que eu podia ouvir, era som de bicho. Por sorte, avisto um coelho cheirando algo no chão, há alguns metros de distância de mim. Agora tenho de ser extremamente discreto. Não posso fazer movimentos bruscos.

Sento no chão com muita cautela, com a crossbow posicionada em meus ombros, miro derrubo o animal que parecia desatento. Logo o acerto com uma flechada na cabeça.