𝐋𝐮𝐱𝐮𝐫𝐲 → ᴛᴀᴇᴋᴏᴏᴋ '

Hyung.

Tete cadê você?!

Você não pode ter fugido, de novo não, de novo não! Eu não posso te perder, nunca, nunca, nunca! Sabe o quanto foi difícil te achar? Demorei doze anos p'ra saber que você estava vivo e na cidade vizinha, você nem imagina o quanto eu fiquei feliz né?!

Por quê você está fugindo de mim? Eu não sou do mal... Ou sou? Você acha que eu tenho um defeito de fábrica Jungkook? Eu devo estar quebrado, eu sinto que estou quebrado, quando você fugiu eu me senti despedaçado. Toda vez que eu te machucava, não era eu...

... Era o papai.

Não fiz aquilo com você por querer, mas agora eu estou com medo, eu estou com medo hyung! Se o papai te achar antes de mim você vai acabar apanhando, eu não quero que você se machuque por minha culpa! Não mesmo! Tenho que te proteger do papai!

Você com certeza não está mais na floresta, deve ter voltado para cidade né? Isso! Cidade! Você deve estar passeando pela cidade, eu tenho que te encontrar né? Como se fosse um pega-pega! Vai ser divertido, prometo que quando te achar você vai ganhar um abração de urso, depois podemos brincar de outra coisa né? Antes de qualquer coisa tenho que te levar de volta para casa, a fábrica, nossa casa!

— Fogo, gritos, brinquedos, mamãe, fábrica, papai, quer brincar Tete? Isso! Você merece brincar Tete!— Começo a cantarolar enquanto chegava na cidade, estava tudo estranho. — A mamãe gostava de brinquedos! O papai preferia Jogos e baralhos, que tal brincar comigo?

As casas estavam cheias de brinquedos estranhos, também tinham algumas coisinhas penduradas nos postes de luz. Será que é algum tipo de festival? Espera! É Halloween, como eu me esqueci de um dia tão legal como esse ein?

Será que o Tete topa pedir doces comigo? Tem anos que fizemos isso juntos, espero não estar grandinho demais p'ra isso.

— Somos defeituosos e vamos nós dar bem! Ah não ser que você seja mal criado! Eu não gosto de crianças mal criadas Tete — paro perto de um carro já ficando irritado, ele não está pro aqui. — Você está sendo mal criado TAEHYUNG!

Dou um chute na porta do carro fazendo um barulho alto começar, apenas tampo meus ouvidos com ambas as mãos para abafar o barulho. Esse barulho é ruim, queria estar na minha casa com o Tete...

Espera um pouco...

Casa! O Tete deve estar naquela casa que ele morava né? Junto com aqueles impostores! Eles não são irmãos do Tete de verdade, não posso deixar eles mentirem para o Tete, vou buscar ele e mostrar a verdade!

— Quando te achar eu vou ser menos defeituoso, você vai me concertar né Tete? Sei que vai — falo baixo olhando para os cortes dos meus braços, eles tinham parado de sangrar mas ainda estavam doendo. — Vamos ser iguais!

Não sou um monstro igual ao papai, eu acho que puxei a mamãe, ela era tão linda! Pena que ela se apaixonou pelo monstro, era p'ra ser como A Bela e a Fera, mas acabou daquele jeito. Isso significa que contos de fadas contam mentiras né? Sempre tem um final feliz neles, será que eu vou ter um final feliz? Será que nós vamos ter um final feliz?

— Você vai ter um final feliz Tete! Eu prometo que vai ser feliz — paro na frente da porta de sua antiga casa e toco a campainha com pressa, aqueles impostores devem estar aqui.

Será que ele já chegou? Eu peguei um atalho, então vou fazer uma grande surpresa para o Tete! Assim que a porta é aberta eu vejo aquela menina que diz ser irmã dele, ao me ver ela ficou assustada.

— J-Jun.. Jungkook?!  — Ela praticamente grita fazendo meu rosto criar uma careta, não precisa gritar assim!

— Cadê o Taehyung? — Entro de supetão ignorando completamente a presença dela, logo eu estava na sala observando ao redor.

Que casa sem graça, não têm nem um brinquedo aqui. De repente vejo o outro impostor descendo as escadas com pressa, ele estava confuso — parece que viu um fantasma. Por falar em fantasma, parece que o papai está querendo que eu ache o Tete logo.

— Eu que te pergunto isso! O que você fez meu irmão?! — Sinto um pancada nas costas, coisa que me deu um leve susto. — Seu monstro?!

— Monstro? Eu não sou um monstro, o papai que é! — fecho os punhos enquanto tentava me controlar, eu sentia que estava no meu limite pronto para explodir. — Não, não, não, você não é a irmã do Tete! É só uma impostora!

Sinto novamente a pancada, só que dessa vez mais forte é com um barulho alto. Olho por cima do ombro vendo ela segurando um abajur quebrado totalmente assustada, espera um pouco! Ela quebrou esse abajur em mim?

— Impostora? Do que você está falando seu maluco? — Dessa vez o garoto fala se aproximando em passos lentos, enquanto ela se distanciava.

— Vocês são impostores, vocês não são irmãos dele — retiro lentamente duas adagas do meu coldre na perna é seguro elas firmemente uma em cada mão, meu maxilar estava travado de raiva, eu não vou conseguir mais me controlar. — Eu que sou! Eu sou o irmãozinho dele! O TETE É MEU, SÓ MEU! Vocês são impostores mal criados, merece uma... Punição!

Fogo, gritos, brinquedos, mamãe, fábrica, papai, quer brincar Tete? Isso! Você merece brincar Tete! A mamãe gostava de brinquedos! O papai preferia Jogos e baralhos, que tal brincar comigo? Somos defeituosos e vamos nós dar bem! Ah não ser que você seja mal criado! Eu não gosto de crianças mal criadas e infelizmente os seus irmãos impostores são mal criados!

Eles querem te roubar de mim, não se preocupe em se livrar deles — deixa que eu faço isso! Prometo que vamos brincar juntos e em família, como quando éramos crianças, tipo antes do papai enlouquecer, tipo antes da fábrica pegar fogo, tipo antes de você se esquecer de mim. Vamos ficar juntos, juntinhos, juntos para sempre!

Irmãozinho.