3° Final alternativo.

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Gritos, sirenes, desespero, sangue, sangue, muito sangue! A noite está fria, os cortes doendo, desespero correndo pelas minhas veias — o barulho das ambulâncias estava abafado

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Gritos, sirenes, desespero, sangue, sangue, muito sangue! A noite está fria, os cortes doendo, desespero correndo pelas minhas veias — o barulho das ambulâncias estava abafado. Eu não sabia o que fazer, não sabia como resolver essa situação. Ele estava sangrando, morrendo na minha frente! Eu não posso fazer nada, eu não consigo fazer nada! Lágrimas quentes desciam pelos meus olhos, molhando meu rosto. Eu não podia deixar ele morrer!

— Alguém chama uma ambulância! — Grito para os policiais, mas por algum motivo eles não estavam me escutando.

Tudo estava ficando embaçado, alguém estava chamando meu nome, era como se eu estivesse desmaiando por uma queda de pressão repentina. Eu sentia alguém segurando meus ombros, de repente tudo ficou preto, mas a voz ficou mais alta do que antes.

— Tete? Tete? TAEHYUNG?! ACORDA PORRA! — meu irmão grita me fazendo dar um pulo da cama. — Teve outro pesadelo comigo? Eu deveria contar p'ra mamãe — o moreno passa a mão pelas minhas bochechas, para limpar as minhas lágrimas.

Outro pesadelo? Sério isso mundo? Eu estou sendo castigado por alguma droga que eu fiz no passado?

— Eu sonhei com aquilo de novo — me sentei na cama suspirando fundo. — Dessa vez você tinha morrido, acho que eu estou ansioso demais p'ra prova da faculdade.

— Fazer faculdade de psicologia tá ferrando seu psicológico, relaxa um pouco! Você vai passar, afinal, meu hyung é inteligente — ele dá um soquinho no meu braço me fazendo sorrir

— Espero que dê certo, eu virei noites estudando — seco meu rosto com as mangas da minha blusa de frio. — Sabe o mais estranho desse sonho?

— Espera um pouco, tem como ficar mais estranho do que os outros sonhos? — ele se joga por cima de mim deitando a cabeça no meu colo.

— Pior que sim! Dessa vez quem te matou foi o Hyung-sik, fora que ele era um polícial — faço uma careta enquanto bagunço seus cabelos negros.

— Espera, o Hyung-sik não é aquele seu professor? — Ele franze seu cenho criando uma careta engraçada, digamos que ele conheça todo mundo do meu ciclo social.

E quando eu digo todo mundo, é todo mundo mesmo!

— Ele mesmo, você tem razão kook — suspiro fundo. — Eu estou muito nervoso com essa prova, tenho medo de reprovar e acabar trabalhando num buteco.

— Já disse que você vai passar e tirar uma bolsa de estudos completa! Caso não consiga, eu te ajudo a pagar sua faculdade — ele sorri p'ra mim animadamente. — Eu comecei um emprego de meio período num estúdio de tatuagens lembra?

— Lembro sim, eu que te arrumei esse trabalho besta — dou um peteleco na testa dele, coisa que fez ele criar um biquinho. — Não se preocupe comigo, você vai se formar no final do ano! Deveria estar economizando p'ra sua faculdade, ou então vai quase se matar p'ra conseguir uma bolsa igual a mim.

Como dizia minha tia, o meu irmão vai do terceirão p'ra vida. Eu já me formei ano passado, consegui um emprego numa gravadora e estou tentando uma vaga na faculdade mais prestigiada da Coreia do Sul.

— Minha formatura tá tão longe, acho que posso ficar rico antes disso acontecer — ele dá de ombros finalmente se levantando da minha cama. — Vamos indo, você prometeu me levar para o colégio antes de ir para sua prova.

— Já, já eu vou, tenho que me arrumar primeiro — me levanto da cama e logo começo a me alongar, minhas costas estão querendo me assassinar. — Me espera lá em baixo, esteja pronto mocinho!

— Pode deixar hyung, eu estou quase pronto — ele saí praticamente saltitando para porta do quarto. — Eu tenho que fazer nosso café ainda, não se apresse.

Apenas sorrio para o garoto que logo sai correndo do meu quarto, ele aprecia um coelho depois de tomar três litros de Coca-Cola.

Espero que esses sonhos acabem depois que eu fazer essa maldita prova, eu estudei tanto sobre síndromes e doenças mentais, que acabei tendo vários pesadelos com relação a isso. Os pesadelos são frequentes e sempre têm relação com meu irmão, acho que eu preciso relaxar um pouco.

— Jungkook, o que você acha de sair p'ra algum lugar de noite? — Grito para o garoto que já deveria estar no andar de baixo, enquanto espero sua resposta tiro meu celular do carregador.

— Bora naquela churrascaria brasileira que abriu? — Ele grita de volta.

— Bora! Deixa que eu pago, vou chamar o Dylan e a irmã dele p'ra virem — ando até meu banheiro.

— Hyung, hyung, hyung — Jungkook aparece na porta do meu quarto tampando os olhos com ambas as mãos, as vezes ele aparece uma criancinha. — Eu posso fazer uma tatuagem?

— Se você não se arrepender depois, pode sim — me apóio no batente da porta do meu banheiro. — Mais alguma coisa?

— Posso por piercing?

— Vai virar bandido agora garoto? — Ergo a sobrancelha fazendo ele rir baixo. — Pode sim, mas você vai ter que cuidar para não infeccionar.

— Obrigado! Só quero mais uma coisinha...

— Pode falar, aproveita que eu estou de bom humor — sorrio para o garoto. — Ah, quase me esqueci, eu estou de roupas... Tira essa mão do rosto.

— Certo, aqui eu meio que fiz um perfil em um site de namoro p'ra você — ele brinca com os próprios dedos rindo de nervoso. — Você tem que desencalhar sabe? Eu marquei com o carinha de nós encontrar na churrascaria hoje, então se arrume! O nome dele é Namjoon.

— Você o que?! Jungkook eu vou te quebrar no meio, seu Imbecíl — jogo meu chinelo no garoto, que desvia numa velocidade impressionante. — É melhor que ele não seja um babaca, ou então eu vou te deserdar da minha família!

— Ele é legal, tá fazendo faculdade de assistência social, tem a sua idade e é inteligente — o moreno começa a tagarelar. — Fora que é bonitão, eu te amo! Não quero que você morra sozinho!

— Qual o problema de morrer solteiro? — ponho a mão na cintura.

— Sei lá, parece meio triste — ele olha para o chão meio aéreo. — Por favor se arrume para o Nam hyung!

— Só porquê eu te amo.

— Eu também te amo.

𝐋𝐮𝐱𝐮𝐫𝐲 → ᴛᴀᴇᴋᴏᴏᴋ ' Where stories live. Discover now